Contract :: Jay Park

t h i r t y s i x

No capítulo anterior . . .

É isso, Jay não me ama.

Agora . . .

No dia seguinte, acordei cedo para a consulta e me arrumei rápido. Quando decidi subir ao quarto novamente e chamar Jay, ele já estava descendo as escadas, com seu rotineiro paletó impecávelmente alinhado.

— Já tomou seu café? — ele questionou e eu concordei voltando para a sala.

— Pode tomar o seu, temos tempo. — respondi me sentando no sofá e ele concordou.

Jay caminhou até a cozinha e pude observá-lo. Quem o vê pela primeira vez acredita que ele é alguém rude, sem modos e completamente frio, mas se ele lhe deixar conhecê-lo verdadeiramente, certamente você verá que ele é apenas uma pessoa que foi criada para os negócios por isso não entende muito de bem de relacionamentos afetivos. Assim que ele terminou o café da manhã e escovou os dentes, fomos para a garagem da casa e depois direto para o hospital.

— Acha que vai demorar muito? — perguntei enquanto caminhávamos até a recepção.

— Provavelmente não, mas... — parou de repente.

— Mas o quê, Jay? — questionei o olhando e ele sorriu.

— Talvez você precise fazer outra radiografia. — completou e eu sorri falso.

— Que ótimo! — respondi e olhei a recepcionista.

— Bom dia, nome por favor. — ela pediu ainda olhando o computador.

— Park Li. — respondi enquanto pegava os documentos e ela se levantou rápido.

— Por aqui por favor, senhor e senhora Park. — ela respondeu antes de olhar meu documento e eu olhei Jay perdida.

— Ainda não se acostumou em ser uma Park? — perguntou risonho. — acha que esse hospital se chama Elydium Hospital por quê? — perguntou e então me dei conta do que aconteceu. Esse hospital também é da família de Jay.

— A sua família está em todos os lugares? — perguntei e ele riu pegando em minha mão.

— Ainda falta o setor automobilístico. — respondeu simples e o olhei surpresa, o que o fez rir. — claro que faltam mais alguns. 

— Doutor Ye, o senhor e a senhora Park chegaram. — a recepcionista avisou ao médico que estava no consultório e logo nossa entrada foi permitida.

— Bom dia senhor e senhora Park. — o doutor cumprimentou formalmente. — sentem-se, por favor.

O médico era um senhor por volta de seus cinquenta anos e tinha os cabelos grisalhos bem aparentes, seu avental em um branco límpido, as letras bordadas em vermelho formavam "Doutor Ye" e logo abaixo "hepatologista".

— Como vai, senhora Park? — ele questionou analisando o prontuário trazido de Londres.

— Bem. — respondi simples.

— Ontem ela vomitou mais uma vez, doutor. — Jay interferiu e eu o olhei.

— Entendo. — comentou me olhando pensativo. — tem tomado o remédio direito? — questionou e concordei.

— Um de manhã e outro à noite. — respondi e ele concordou com a cabeça.

— Fora isso, não houve nenhuma outra reação? — ele questionou e neguei. — faremos o seguinte, pedirei que você faça uma radiografia para sabermos como a infecção tem se comportado e, após o resultado, vamos fazer o melhor tratamento.