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No capítulo anterior . . .

— Ele havia dado um soco no senhor Ming, da Ming Corporation. — eu comentei e a expressão de Yi não poderia ser mais confusa. Era um misto de curiosidade, surpresa e indignação.

Agora . . . 

— E você não soube o por quê disso?

— Não, eu estava conseguindo controlá-lo e tirá-lo de lá, mas o senhor Ming questionou: "É por isso que você está me apressando para ir embora?" — eu repeti as mesmas palavras, imitando a voz dele. — Jay mandou ele calar a boca de uma maneira rude demais para alguém como ele, então o senhor Ming continuou e disse que pensava que eles eram amigos e que ele contaria quando esquecesse alguém, mas Jay não o deixou terminar de falar e o mandou calar a boca novamente.

— Precisamos descobrir sobre isso. — ela disse determinada.

— Depois disso, o senhor Park pediu que eu tirasse ele da sala, porque nem os seguranças estavam fazendo um bom trabalho e quando o senhor Ming disse que era para os funcionários dele, que estavam na sala, guardassem esse nome e o pesquisassem para ele, Jay simplesmente voltou e lhe deu outro soco, ficando por cima dele e distribuindo mais golpes.

— Espera Li-ah, você tem certeza que quer se casar com ele? Porque só por esse relato de hoje, ele parece alguém violento. — ela comentou me olhando nos olhos.

— Não Yi, ele ficou assim hoje. Ele realmente parece lidar com as coisas de um jeito bem leve. Eu só não sei porque ele fica assim quando são assuntos pessoais. — eu comentei pensativa. — e quando eu disse que queria ajudá-lo com esses problemas sem arrumar confusão, ele agradeceu e me beijou, depois disse que as pessoas não oferecem ajuda, apenas mandam ele resolver. — eu contei e Yi desviou o olhar, parecia pensar em algo.

— Ele não deve estar se referindo a empresa, até porque o pai dele é o dono. 

— Talvez sim, quem sabe o pai dele apenas entregava questões empresariais e pedia que ele as resolvesse? — eu questionei e ela balançou a cabeça positivamente.

Ficamos ali pensando em maneiras de ajudá-lo sem invadir o espaço pessoal dele, e a única maneira que eu consegui pensar foi deixá-lo ter a liberdade e a confiança de me contar, porque qualquer outro modo, eu estaria invadindo o espaço dele. Decidimos dormir e parar de pensar nisso, que já estava tarde para uma mulher independente que trabalha domingo, estar acordada.

No dia seguinte, acordei com o barulho do celular anunciando uma nova mensagem, a qual havia sido enviada pelo Jay, que dizia ter conversado com o pai dele e ter dito que queria marcar para irmos ao cartório duas semanas depois. Concordei, já que ele queria adiantar e eu teria que fazer isso de qualquer maneira. Decidi me levantar logo e começar me arrumar para trabalhar.

— Senhorita Huang, aquelas entregas devem ser feitas antes das dez e quarenta. — minha patroa disse assim que entrei no estabelecimento.

Apesar de serem oito e cinco e terem quatro caixas com endereços diferentes e distantes um dos outros, não reclamei... Só teria que aguentar isso por mais duas semanas, ou apenas uma, quem sabe. Não disse uma palavra e saí dali, colocando as entregas seguras e logo dando partida. Aquele foi um daqueles dias que eu não poderia parar pois tinham muitas entregas para pouco tempo e se atrasasse uma, as outras seriam entregues depois do horário estipulado, tanto que tive que pular o café da manhã.

— Essa foi a última. — minha patroa finalmente disse as quatro palavras que eu tanto precisava ouvir. 

— Chefe. — eu chamei me aproximando do balcão que ela estava. — eu não vou poder continuar aqui na próxima semana. — eu disse calma e ela me olhou como se eu tivesse a insultado.

Contract :: Jay ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora