f i f t y t h r e e

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No capítulo anterior...

"— Vai me deixar na rodoviária, por favor. — Pedi e ele me olhou triste."

Agora...

— Li, você não precisa ir desse jeito... 

— Eu prefiro Jay... Prolongar isso só me faria mal. — respondi simples e ele negou.

— Vai te fazer mal ir assim, logo que sai do hospital. Eu vou com você. 

— Se você for, eu vou querer que fique comigo, será que você pode facilitar e me deixar fazer as coisas como sempre fiz, sozinha? — pedi sentindo meus olhos lacrimejarem e ele negou.

— Não porque eu não quero te deixar sozinha, eu não quero que você corra riscos quando ainda está tão vulnerável! 

— Se esse é o caso, posso pedir que Yi vá comigo já que o fim de semana está perto. — Dei de ombros e ele suspirou.

[...]

— Senhora Park, os exames mostraram uma melhora surpreendente e poderá ir para casa, mas evite esforço ou estresse... Os remédios dão sono e, devido a ocorrência durante a cirurgia, a senhora pode se sentir fraca, então respeite os limites do corpo, certo? — o doutor informou e sorriu feliz quando concordei.

— Obrigada pelo seu trabalho, doutor. — Agradeci e o mesmo saiu feliz depois de uma breve referência.

— Você vai mesmo? — Jay questionou baixo e eu concordei com um aceno. O mesmo suspirou e se levantou, se aproximando de mim calmamente. — Então me prometa que vai, mas que fará o possível para levar Yi junto e que, ao menor sinal de qualquer coisa fora do comum, você vai me ligar o mais rápido que puder.

— Vou tentar. — Respondi desviando o olhar e o voltando para a mala sob a maca, mas não durou muito tempo, tive de retornar o olhar a Jay depois de seu protesto.

— Não é "tentar" Li, é fazer! Estou pedindo que vá para que fique segura, não para me afastar de sua vida! — sua voz firme ecoou e eu pude notar uma veia saltar de seu pescoço.

— Tudo bem, Jay, eu farei. — Respondi e ele me virou calmamente pelo ombro.

— Por favor, eu sei que eu posso estar agindo de maneira estranha, mas eu quero que entenda que tudo o que estou fazendo agora é para que você possa estar segura. Assim que resolver tudo, eu vou te buscar, eu prometo que vou resolver isso o mais rápido possível. — A voz de Jay saiu tão calma que foi como se ele tivesse acabado de tomar anestesia.

Concordei com a cabeça e apenas continuei meu trabalho. Jay já havia feito questão de dizer que passaríamos na casa de Yi para pedir que ela fosse comigo. Em parte, eu entendo a preocupação dele, eu estaria indo para longe com uma saúde frágil e mal podia endireitar as costas direito, ficaria longe e não daria certeza de poder voltar conforme o previsto. No entanto, eu nunca havia tido a oportunidade de ter uma segunda opção, então essa situação não era de todo mal.

No caminho para a casa de Yi, Jay apertava tanto as mãos no volante que parecia que o coitado tinha cometido algum erro. Suspirei e o olhei, o mesmo estava com o pensamento tão distante que nem parecia estar sequer prestando atenção na rua. Abaixei a cabeça tentando entender o que deveria fazer.

—  Jay. — O chamei e ele pareceu ter voltado à Terra. — Podemos fazer algo?

— Como o que? — perguntou desacelerando o carro e dividindo sua atenção entre mim e a rodovia.

— Quero falar com seu pai e depois vamos para casa, podemos assistir algo e comer alguma coisa. O que acha? — questionei e Jay me olhou com um sorriso e concordou, logo indicando com o pisca alerta e mudando o trajeto.

Contract :: Jay ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora