f o r t y n i n e

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No Capítulo anterior . . .

"— Senhora Park, estávamos à sua espera."

Agora . . .

— Doutor. — o cumprimentei assim que nos aproximamos e Jay fez o mesmo.

— Já deixamos seu quarto preparado e poderá ir para lá agora mesmo. — sorriu e eu concordei agradecendo.

Minha mão foi automaticamente para o braço de Jay, que me olhou notando o quanto eu estava tensa. Foi necessário apenas um sorriso de Jay para que eu entendesse que estava tudo bem, tentei retribuir com o gesto gentil, mas meu sorriso saiu mais falso que nota de três reais.

— Voltaremos quando a senhora tiver se acomodado e iniciaremos os exames pré-operatórios. — o doutor anunciou com um olhar confiante.

— Tudo bem, obrigada doutor. — sorri e ele logo saiu.

— Ótimo, vamos deixar esse lugar confortável. — Jay comentou com um sorriso malandro e então, com um toque na porta do quarto, seguranças começaram entrar.

Cada um trazia consigo algo em seus braços. Os três primeiros traziam duas almofadas cada, as quais três foram colocadas onde eu dormiria e as outras três no sofá cama localizado no canto direito do quarto.

Os dois primeiros saíram e logo voltaram com pequenos vasos decorativos que foram postos na estante sob a televisão.

Um dos moços de terno ajeitou a cortina e, antes que outro deles pudesse estar completamente dentro do quarto, notei que ele carregava o grande urso panda de pelúcia que Jay havia me dado.

— Vocês trouxeram o Doli! — exclamei sorrindo e peguei o mesmo.

— Você colocou o nome dele de Doli?! — questionou com uma cara de julgamento inesquecível.

— Sim, é um nome fofo e é melhor que Senhor Bolão. — comentei e ele desatou a rir.

— Você é horrível com nomes. — afirmou ainda em meio aos risos e eu passei por ele fazendo questão de me esbarrar nele.

— Se quiser nomear um panda, compre o seu. — retruquei e ele concordou vindo até mim.

— Agora sabendo da outra opção de nome, Doli é incrível. — ele comentou ainda sorrindo e apenas me colocou sentada na maca.

— O que foi tudo isso? — perguntei o olhando e ele suspirou antes de pressionar os lábios e colocar uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha.

— Já que você tem que passar por isso, que seja confortável. — deu de ombros e eu sorri fraco.

— Não se preocupe com isso, Jay... Mesmo que você não tivesse trazido nada, olha esse quarto. — comentei olhando ao redor e Jay fez o mesmo. — antes de nos casarmos, dormir em um quarto como esse era só um sonho.

— Eu sei, mas se eu souber que você está confortável, eu vou menos preocupado.

— Mesmo? — perguntei e ele confirmou com a cabeça. — quanto? — questionei rindo de sua expressão e ele fingiu pensar.

— Dois por cento? — respondeu indeciso e eu ri.

— Tudo bem, senhor preocupação, agora preciso colocar a roupa feia do hospital. — anunciei e ele concordou estendendo a mão para que eu me apoiasse ali para descer.

— Consegue sozinha? — Park questionou me olhando caminhar até o banheiro e eu concordei.

Devo admitir que me vestir com aquele incômodo insistente era difícil, mas eu não chamaria Jay. Saí um tempo depois e o notei me olhar assim que abri a porta, que separava o quarto do banheiro, e se levantar vindo até mim, me apoiando e caminhando comigo até a maca.

Contract :: Jay ParkOnde histórias criam vida. Descubra agora