No capítulo anterior. . .
Entramos no elevador e eu fui empurrada para muito perto dele enquanto as pessoas tentavam não perder a vez. O olhei pedindo desculpas e ele me abraçou pelos ombros me puxando ainda mais para perto, liberando alguns centímetros a mais naquele lugar apertado.
Agora . . .
Eu podia ouvir claramente o ritmo dos batimentos cardíacos de Jay, sentir seu perfume amadeirado e, além disso, sentir algo que eu nunca havia sentido. Estar envolta pelos braços dele me faziam sentir que nada poderia me atingir e que eu poderia fazer tudo o que eu quisesse porque havia me tornado imbatível. Finalmente, e talvez infelizmente, saímos dali e fomos caminhando até a entrada, a qual era necessário que atravessássemos uma pequena passarela, e nossos corpos já estavam distantes, muito distantes comparado há poucos minutos.
— Jay? — o chamei.
— Huh? — ele murmurou sem me olhar, mas eu pude notar suas bochechas rosadas.
— Seria demais eu perguntar porque você e o senhor Ming estavam brigando? — eu perguntei andando mais rápido para alcançá-lo.
— Seria. — ele disse ríspido e eu o olhei surpresa da maneira que ele havia falado, acho que ele percebeu, porque parou e me olhou. — você não disse que eu poderia contar quando estivesse pronto? Não estou. — ele respondeu erguendo as sobrancelhas e me olhando.
— Tudo bem. — eu dei de ombros o olhando.
— Não vai ficar curiosa?
— Vou, mas eu já perguntei e você já disse que me conta quando estiver pronto, o que mais eu vou poder fazer? — eu o olhei e ele riu.
— Vamos. — disse pegando na minha mão e me puxando.
O fato dele pegar na minha mão não deveria significar nada, mas minha barriga gelou, meu coração acelerou e meu corpo pareceu estar voando. Depois do pequeno tranco que levei porque eu tinha esquecido de andar, o acompanhei e, sem parar os passos, olhei nossas mãos e depois olhei para ele.
— O que foi? — ele perguntou respirando fundo.
— Nossas mãos. — eu disse apontando para elas e ele se deu conta, pois a expressão que ele fez foi uma das mais engraçadas que eu já vi.
— Se eu soltar, você vai cair de novo. — ele respondeu me fazendo rir e continuamos andando.
Passar o dia com Jay sempre parecia me fazer sentir diferente, minhas ações só eram percebidas por mim depois que haviam sido feitas. Eu não pensava antes de falar sobre alguma coisa e ele sempre parecia agir da maneira que eu, talvez, esperava. Se eu contava alguma piada, ele ria como não ria na empresa.
Se eu contava alguma história tensa, ele tinha as mesmas reações que eu quando fiquei sabendo dessas histórias. Se eu contava algo triste, ele até ficava sem saber o que fazer ou falar. Desde que o conheci, evitei esse tipo de pensamento a todo custo, mas eu acho que, se estar com ele me faz tão bem assim, porque eu deveria me privar de ser e fazer o que quero?
— O que tem na sua agenda essa semana? — ele perguntou me tirando de meus pensamentos.
As sacolas de roupas que ele carregava nos atrapalhavam em uma proximidade, então não havia nenhum contato como quando chegamos.
— Nada de diferente, trabalho apenas. — eu respondi pensando sobre.
— O que acha de começar com a mudança para casa? — ele perguntou e eu o olhei.
— Antes do casamento?! — eu olhei surpresa.
— Não vamos nos casar daqui duas semanas? — ele perguntou olhando para a frente e eu confirmei.
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Contract :: Jay Park
FanfictionO senhor Park precisava de alguém que se casasse com seu filho para que ele assumisse a empresa da família. Huang Li precisava de ajuda financeira para a saúde de sua mãe. Aí estava o início da descoberta de grandes problemas e o seu verdadeiro eu. ...