RHYSAND
Ele reconheceu os pares de asas que passou rasgando o céu e depois despencou no meio do caos. E apenas a ideia de elas estarem juntas novamente fez com que seu coração galopasse dentro de seu peito.
A lembrança da tarefa final, da humana quebrada no chão do salão do trono e do som de seu pescoço se quebrando ecoou em sua memória.
Pavor tomou conta de Rhysand.
Ele sabia que sua parceira estava tomada pela fúria, conseguia sentir pelo laço, mesmo com ela bloqueando seu acesso a ele, Rhys podia sentir. O sentimento era de tal maneira que conseguia atravessar os muros mentais. Feyre era poderosa, fora treinada para ser mortal, porém Amarantha era mais velha, mais experiente, e tinha muita técnica dentro dos campos de batalhas, não era a toa que ela fora enviada pelo antigo rei de Hybern para Prythian a séculos e conseguiu escravizar praticamente todo o território.
Ele não podia perde-la, não podia.
Aquela besta primitiva que habitava nas camadas mais profundas de seu ser, se libertou. Pelos, asas e garras cresceram sob si e Rhysand disparou no meio dos dois exércitos. Pelos olhos da fera, de relance, ele conseguiu ver que não fora apenas ele quem havia libertado o lado primitivo, Helion, Tarquin e Thesan também disparavam entre as fileiras na forma bestial além de um lobo gigante que está agora destroçando qualquer valg burro que se coloque em sua frente.
Estava na reta final, os brutamontes, dos dois lados, já haviam caído, e agora apenas os verdadeiros guerreiros e guerreiras estavam lutando para decidir de quem seria a vitória. A Cavalaria disparava lanças, flechas e tudo que tivesse ao seu alcance para derrubar a maior quantidade de criaturas que conseguissem, os Serafins lutavam no chão, Nestha havia incinerado a legião de morcegos medonhos, e os illyrianos lutavam juntos com os exércitos das cortes e das nações estrangeiras.
Rhysand continuou disparando por entre os corpos, desviando dos valgs e tentando acha-las, mas elas sumiram de sua visão, e ele não as via mais. Gritar pelo laço não era uma opção, muito menos tentar chegar até o lugar através desse, ele estava totalmente bloqueado, impenetrável. Era como se Feyre não quisesse ser achada.
A batalha, a falta de notícias de como seus irmãos e família estava, a inacessibilidade a sua parceira e o desespero de perder, mais uma vez, alguém que fosse importante para o Grão-Senhor, o fez girar sobre os calcanhares e que seus olhos varressem todo o local.
A chuva tinha parado, mas o solo estava extremamente lamacento, além de corpos de feéricos e criaturas perversas espalhados pelo chão. Os gritos dos soldados, o choque das espadas, os gemidos dos feridos, o fedor do sangue, a morte pairando sobre toda a batalha era a única coisa que Rhysand conseguia sentir, ouvir e presenciar.
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[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotar
FanfictionAnos após a guerra contra Hybern, os Grãos-Senhores da poderosa Corte Noturna tiveram os gêmeos Órion e Luke e quase um século depois, no mesmo momento que Amarantha ressurge, num encontro aterrorizante com todos os Grãos-Senhores, vem a notícia de...