[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotar

𝑳𝑿𝑿𝑿𝑰𝑽 : 𝑵𝒆𝒂𝒓 𝒕𝒉𝒆 𝒆𝒏𝒅

Todos na mesa estavam em silêncio mórbido.

Ninguém tinha a mínima ideia do porque Feyre havia os convocado exatamente, e do porque a urgência desse almoço era algo tão importante a ponto de fazer Cassian voltar das terras humanas e de Rhysand abandonar todos os afazeres do dia e voltar para casa.

A comida foi posta na mesa.

Vinhos, sucos e todos os tipos de bebidas que se tomaria em um almoço estava diante de cada um, mas ninguém bebeu ou comeu.

Os olhares de todos estavam na fêmea na ponta da mesa que no momento girava uma taça de vinho nas mãos e bebericava o líquido. Todos estavam ansiosos, sabiam qual era o assunto principal, afinal todas as conversas tidas nesses dois meses era apenas sobre uma pessoa. Mas certamente não havia ninguém mais ansioso do que o Grão-Senhor.

Toda ação tem uma consequência e o macho estava provando o gosto amargo de suas escolhas.

Rhysand sentia uma extrema necessidade de ficar junto da filha. Ele sabia dentro que si que tinha mais três filhos que precisavam dele, sabia que muitas vezes os negligenciou colocando Skyla como prioridade e isso certamente os magoa, mas ele não tem ideia sobre o que fazer para consertar a situação.

Órion se recusa a falar com o pai, Luke apenas o cumprimentava nas poucas vezes que vê e Alex estava ocupada demais se preocupando com a irmã para dar atenção ao macho.

Rhysand sabia que havia falhado com os filhos. Ele tinha cometido erros que jurou a muito tempo não cometer. Tinha sobrecarregado Órion com o peso de subir ao trono e exigindo perfeição em algo que nem o próprio Rhys era perfeito, como também exigia um modelo exemplar de comportamento vindo de Luke em sua juventude, algo que nem mesmo Azriel foi capaz de fazer a muito tempo.

Skyla mexia com todos os instintos do macho e todas as vezes que ela era o assunto principal de uma questão, Rhys descontava nos demais filhos, colocando a caçula como extrema prioridade.

Amren estava impaciente, timboreava os dedos várias e várias vezes na madeira polida da mesa e não parava de resmungar.

— Ninguém vai comer? — Feyre perguntou erguendo o olhar para cada um ao seu redor. Ela havia deixado a filha dormindo no quarto, com Nestha de vigia. A sua irmã já sabia sobre o que a reunião na sala de refeição significava, e Feyre sabia que veria novamente o olhar de espanto e dor que viu nos olhos da irmã nos olhos de seus amigos e familiares que agora a cercavam impaciente.

Órion se jogou na cadeira. — Mãe, pelos deuses. Cassian está quase explodindo na cadeira de tão ansioso.

Ela olhou para o amigo de longa data.

Nunca havia o culpado por ter mentido, sabia que não podia contar nem se quisesse, magia o impedia. Mas Cassian se sentia culpado, e era esse sentimento que o fazia arriscar a vida e voar para as terras humanas todas as semanas.