𝑰𝑿 . 𝑰𝒕'𝒔 𝒋𝒖𝒔𝒕 𝒍𝒖𝒏𝒄𝒉.

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SKYLA

Duas semanas.

Já se passaram duas semanas desde que chegamos aqui.

Duas semanas desde aquele dia que eu acordei e minha mala estava pronta, desde o dia que me disseram que me levariam até meus pais, mas que a escolha de ficar ou não era minha... não foi exatamente isso que aconteceu.

Na grande maioria desses dias a única coisa que fiz foi leitura e mais leitura de relatórios antigos, participar de reuniões com Cassian, Azriel, Drakon e Savitor sobre o enorme planejamento de como juntar os Serafins e Illyrianos em um único campo de acampamento sem que eles se matassem e dar o máximo de informação sobre a Devastação para montar os relatórios que Azriel fazia a dias sobre as guerreiras e de como as encaixaria no acampamento.

Estava decidido, a Devastação também lutaria. E precisava urgentemente de outro Líder de Asa.
Alguns nomes foram citados por Drakon, mas sempre reprovados por Savitor - e por mais que a decisão não pertença a ele, Drakon o respeita bastante para descartar todas as opções que não são aprovadas pelo general -. Tanto Azriel como Cassian ficaram surpresos quando descobriram que eu havia saído, mas não perguntaram ou falaram nada.
E nem precisava na realidade, a explicação para isso era bem óbvia.

E mesmo nesse tempo todo em Velaris e também na Casa do Rio – todas as reuniões eram na residência – eu não tive muito contato com Feyre e Rhysand ou então com os gêmeos.  Eles mal estavam na cidade e quando estavam era para falar sobre guerra e guerra e mais guerra.
Meu ciclo de conversa se resumia aos serafins e os dois illyrianos.

Durante esse tempo, totalmente parada e sem fazer muitas coisas além de andar pela cidade e aproveitar as refeições na casa dos Grãos-Senhores-Senhores, as dores nas costas diminuíram, mas não desapareceram. Além do descanso, dou o devido mérito aos tônicos.
Mas por outro lado, os sonhos estavam piorando. Era sempre com eles, Amarantha e Rhysand, e em cada pesadelo ela o torturava cruelmente, de diferentes maneiras e por fim sempre o matava. O matava muitas vezes.
E as minhas madrugadas continuam a mesma: sempre no chão do banheiro colocando as tripas para fora.

Miryam e os serafins saíram com Cassian e Azriel logo cedo, bem antes do alvorecer. Me despedi de meus tios na entrada do prédio com a desculpa de que havia acordado cedo para vê-los partir. Apenas quando o sol nasceu, e quando meus olhos ameaçavam sangrar depois de ler e reler as infinitas folhas de relatórios que havia conseguido com o Mestre-Espião - depois da primeira vez no hall da casa do Grão-Senhor, perdi o medo de falar com Azriel e consegui alguns outros documentos, além de ter construído uma certa "amizade" com o illyriano, e como consequência havia começado à sair algumas vezes com ele pela cidade, apenas conversando e as vezes parando naquela doceria e sempre fazendo o mesmo pedido, sorvete. - eu consegui dormir novamente e dormir até a hora do almoço, quando Asterin apareceu no meu quarto, me expulsou da cama, me ajudou a me arrumar rápido e me deixou na Casa do Rio.
Para onde ela havia ido novamente só os deuses sabem.

Estava em uma das salas da casa, quase desmaiando de sono no sofá, quando a Feyre chegou e me convenceu a ir almoçar com ela e alguns da família.

A Grã-Senhora contou que havia chegado da Cidade Escavada, seja lá o que isso signifique, e me arrastou para ir almoçar com ela. A fome e o sono retiraram minha teimosia, pois não neguei o suficiente e estou agora indo com a Feyre almoçar com Rhysand, Órion e Luke, que já estavam esperando-a no restaurante preferido deles.

[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora