RHYSAND
Drakon fechou a porta negra da cela, o ecoar da fechadura quebrou algo dentro do Grão-Senhor e também do príncipe alado.
Sangue, muito sangue.
Havia muito sangue naquele corredor.
O escudo de som caiu sobre os três, o Grão-Senhor, o príncipe e o general que esperava carrancudo na parede oposta a porta.
— Quantos? — Drakon perguntou diretamente para o general, com medo de ouvir a resposta, mesmo observando a quantidade de sangue que tinha espalhado pelas paredes e pelo chão.
— 24. — Os olhos de Cassian ficaram nublados, sem vida, e a voz dele foi quase inexistente quando continuou. — Um capataz e vinte e três guardas. — O general terminou de explicar.
Os olhos de Rhysand varreram novamente o corredor.
Ele sabia que o rastro do sangue se estendia até mais alguns metros a frente.
Isso fora um ataque de fúria, um massacre, uma tentativa de sair daquela prisão.
Mas não havia como ela escapar, não com vida.
Todos os guardas tinham ordens especificas de a impedirem de chegar até os portões da prisão subterrânea e adentrar dentro da Cidade Escavada.
Não poderiam matá-la, os guardas e sentinelas, não poderiam matá-la, e Cassian foi muito específico sobre o que aconteceria caso algum deles ousassem. Mas o general apenas deu uma ordem, eles poderiam usar todas as forças para impedi-la, mas quando Cassian chegou após o alarme ser soado, e a ver a sua sobrinha arrancar a coluna de um soldado, apenas com uma faca mal amolada e com as próprias mãos, ele realmente soube o quão mortal ela poderia ser.
— Como ela conseguiu uma faca? — Rhysand se virou para o general, exigindo uma resposta. Uma que ele não poderia dar.
— Eu não sei. — Cassian não abaixou a cabeça nem um centímetro sequer quando falou a sua derrota.
— "Eu não sei", não é resposta. — Rhysand deu um passo a frente, Drakon se colocou no meio dos dois.
O príncipe chamou em aviso. — Rhysand, já chega...
— Ela matou 24 dos meus melhores guardas, com apenas a porra de uma faca...
— Acredite, estou bastante ciente disso. — Novamente, Cassian não ergueu a voz como também não perdeu a postura. — e digo novamente, eu não faço a mínima ideia de como ela conseguiu o objeto. A única coisa que eu sei é que já estamos estendendo isso por muito tempo, apenas porque você está com medo de contar a verdade a Feyre.
O general não ergueu a voz, mas havia um pequeno brilho de ameaça nos olhos do macho, como também na postura, uma postura de quem, naquele momento, sabendo o que seria melhor para a sua família e amigos, estava bastante inclinado, a passar por cima da ordem de seu Grão-Senhor e contar o que já deveria ter contado a muito tempo para a Feyre.
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[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotar
FanfictionAnos após a guerra contra Hybern, os Grãos-Senhores da poderosa Corte Noturna tiveram os gêmeos Órion e Luke e quase um século depois, no mesmo momento que Amarantha ressurge, num encontro aterrorizante com todos os Grãos-Senhores, vem a notícia de...