𝑰 . 𝑺𝒉𝒆 𝒊𝒔 𝒄𝒐𝒎𝒊𝒏𝒈 𝒃𝒂𝒄𝒌

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ÓRION ARCHERON

Recebemos a carta de Drakon à praticamente 2 semanas atrás e desde então a minha família virou uma loucura total.

A breve reunião em seu escritório, que aconteceu perto do horário do almoço no dia em que a carta chegou, durou apenas alguns breves minutos dentro do luxuoso cômodo onde ele apenas informou o básico que precisávamos saber, e nos dispensou. Mal o vi durante o restante dos dias que se seguiram, os compromissos e trabalhos me aguardavam e me afogavam até o pescoço e agradeço muito ao Caldeirão por ter eles me distraindo durante esses dias, pois se não fosse eles, as vozes da minha cabeça já teriam me deixado maluco.

Teriam me deixado da mesma forma que Rhysand se encontrava.

Desde que voltei, à duas noites atrás, assisti e observei o fantasma que meu pai passou a ser.
Durante esses dois dias eu apenas o via e assistia andando pela casa de um lado para o outro, sempre perdidos em seus próprios pensamentos ou trancado dentro do escritório, e segundo todos com quem eu falei, esse era o estado que o Grã-Senhor se encontrava desde a chegada da carta.

A única pessoa que conseguia fazer ele sair desse estado era a Feyre, minha mamãe, e nas horas vagas, a sua parceira, sua igual.
Ela também estava e está ansiosa, mais do que admitiria. Eu sei e todos nós sabemos o quanto que ela aguardava por esse momento e o quanto esperou durante anos e anos.

A culpa, o arrependimento e talvez, a vergonha pelo que aconteceu, consumiu o Rhys e a Feyre durante muito tempo.

Principalmente quando a Queda das Estrelas se aproximava.

Um dia que antes era tão importante e alegre para todos... Ainda comemoramos, ainda festejamos e bebemos durante essa noite, mas não é mais a mesma coisa.

Observei enquanto estavam todos reunidos na sala da Casa dos Ventos.
Em breve Drakon e sua comitiva chegariam.

Meu tio Cass tentava quebrar a tensão, vez ou outra, fazendo umas piadinhas sem graças aqui e outras ali, mas pela inquietação em seus olhos eu sabia que ele estava tentando mais acalmar a si mesmo, do que os outros presentes na sala.
Em contrapartida, tio Azriel apenas estava no canto dele, sendo o Azriel de sempre, com o rosto sério e calmo enrolado nas sombras e escondido no canto da sala. Já a Amren estava quase pulando no pescoço do Cass para fazê-lo calar a boca, eternamente, se fosse preciso.
E tia Morrigan, sentada no sofá batia o pé no chão impaciente e observei enquanto a fêmea ruía as unhas, o melhor, o que restava delas, pois desde que chegou naquela casa, a inquietação tomou conta da loira e ela parecia que estava à beira de ter um ataque a qualquer momento.

Meu pai e mãe estavam sentados, juntos, de mãos dadas em outro sofá. Ambos quietos, sérios e mortalmente calados, não precisava ser um daemati e invadir suas mentes para saber que eles conversando pelo laço de parceria.

[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora