𝑳𝑿𝑿𝑰𝑰 . 𝑻𝒉𝒆 𝒄𝒐𝒍𝒅 𝒍𝒐𝒐𝒌

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ALEC


Alec recobrou a consciência e absorveu cada detalhe que conseguiu sem nem mesmo abrir os olhos. Uma leve brisa entrava pela janela próxima e tocava seu rosto, balançando de leve os fios de cabelos que estavam em sua testa, sons de pessoas e conversas soavam longe, isso era informação o suficiente para que ele soubesse que estava em Velaris. Duas respirações leves e tranquilas estavam perto dele.

O macho abriu um olho, com cuidado devido a claridade, e viu que estava em seu antigo quarto da Casa do Rio, ele saiu da casa a alguns anos mas manteve seus móveis ali, como a cama, o guarda-roupa e as poltronas, poltronas essas que estavam ocupadas por duas figuras, uma fêmea e um macho, seus pais.

Lilith estava com as duas pernas jogadas em cima dos braços roliços dos móveis, com a cabeça apoiada contra o encosto, os cabelos castanhos era uma cortina que cobria seu rosto, mas ainda sim ele conseguia ver a boca levemente aberta.

Já Azriel...

Seu pai o encarava.

Ele estava sentado na poltrona junto da parceira, uma perna cruzada sob os joelhos, e os braços cruzados na frente do corpo, seu rosto não demonstrava nada, mas as olheiras vermelhas em baixo dos olhos dizia uma coisa, ele não havia dormido, e... ele tinha chorado?

Alec nunca viu, em situação alguma, o pai derramar uma única lágrima, e se ele estivesse tão mal que tinha feito o pai chorar...

O macho se afundou o máximo que pode no colchão da cama, que era impossivelmente macio, e nos travesseiros de pena, fechando os olhos.

Ele sobrevivera.

Está vivo.

Como se tivesse sido acordada pela consciência dele, Lilith abriu os olhos, ficando totalmente alerta, as unhas de ferros contraíram para fora, ela girou o corpo a procura de qualquer que fosse a ameaça, mas quando viu o filho acordado, as unhas se retraíram e ela se ajeitou na cadeira.

A salvo.

Por um momento ele não conseguiu respirar.

Por um momento...

O travesseiro sob o rosto de Alec havia ficado úmido, molhado.

Alec fechou forte os olhos, tentando acalmar a respiração, e também as lágrimas.

O colchão se moveu, afundou, e pelo peso ela sabia quem agora estava sentado ao seu lado. Uma mão calejada e machucada tocou o rosto do macho, alisando com cuidado cada parte da bochecha dele e então subiu, para o cabelo. Alec estremeceu quando seu pai se abaixou e beijou sua testa, quando fez menção de se afastar, Alec segurou o pulso do pai, o mantendo onde estava.

[✔] 𝑪𝒐𝒓𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑴𝒆𝒅𝒐 𝒆 𝑬𝒔𝒑𝒆𝒓𝒂𝒏ç𝒂 • acotarOnde histórias criam vida. Descubra agora