Prometido ao Imperador || Minsung

※ 026 ※

"Vejam! A nova Imperatriz!"
"Boas novas ao reino!"
"Seja bem-vinda!"
"Que seu futuro primogênito seja bastante abençoado e traga esperanças à capital!"
"O futuro do reino depende do seu amor com o príncipe!"
"Vejam! É a carruagem da Imperatriz!"

Essas e outras 'boas novas' eram ditas ao ômega por soldados e cidadãos que acompanhavam o percusso da carruagem pela cidade e em direção ao Palácio Principal ㅡ esta era, talvez, uma das tradições mais antigas dentro de uma cerimônia de casamento imperial e era preciso fazê-la até que a última pessoa presente desejasse felicidade aos noivos, para que então seguissem direto ao centro do reino.

Somente quando chegou ao seu destino e sentiu a realidade nua e cruel diante de si, o ômega se sentiu acuado e um tanto inseguro para prosseguir, sem contar o fato de que também seus passos estavam tão lentos quanto os de uma lesma; como se seu corpo também estivesse tão do contra quanto sua mente.

Mas por que seu coração parecia agir diferente?

Por que quando sua mente gritava para fugir, seu coração pedia para ficar?

Onde seu coração enxergava coisas boas naquela situação, quando na verdade não havia nada?

Jisung pensava e repensava as mesmas perguntas silenciosamente. 

Sua mente também fez questão de lembrá-lo das felicitações e dos presentes enviados ao seu casamento por todas aquelas simples pessoas e que tiraram um momento do seu tempo para esbanjar um sorriso ou prosperidade em direção à uma carruagem que carregava um completo estranho de seu reino. 

Aquilo ali, sim, resumia muito mais que mil palavras. Aquelas pessoas, que por mais simples que fossem, ainda demonstravam sentimentos verdadeiros.

Aquilo era o verdadeiro significado de lar para o ômega.

Jisung, que até alguns dias atrás pertencia a classe mais pobre de sua antiga vila e que sempre fora bastante sincero quanto suas vontades e seus desejos, também sempre participou dessas 'felicitações' organizadas nas ruas pelos pais sempre que ocorria algum casamento, e claro, em nenhum momento ele desejou o pior para o casal de noivos, pelo contrário, as vezes até por mais que não os conhecesse tão bem ou até nunca tivesse ouvido falar em seus nomes, ainda desejava que fossem felizes a sua maneira e que tivessem uma vida de paz e prosperidade.

Agora, ele esperava que o mesmo acontecesse consigo...mesmo que fosse um casamento sem amor ou destinado pelos deuses, ele esperava que pelo menos fosse um pouco feliz e tivesse a vida sossegada.

Pensar em momentos assim provoca uma sensação incapaz no pobre coração do rapaz...

E por debaixo do grande véu vermelho, uma lágrima fina escorria pelo seu belo rosto até finalmente cair no chão. 

Ele estava atravessando aquele pátio, mas se segurando em seu último fio de esperança.

A dor no peito era inevitável. A sensação de falta de ar, acrescida da agonia, mesmo sem estar correndo era péssimo e parecia que o ar havia se tornado em questões de segundos algo bem rarefeito e impossível de se chegar aos seus pulmões.

Erguendo a cabeça, a primeira coisa que seus olhos conseguiram captar foi a grandiosa construção elevada ao longe e onde algumas partes brilhavam por conta do finos raios solares.