03/05
"O único paraíso para onde serei enviado
Vai ser quando eu estiver sozinho com você"— Sério? Eu nem percebi. — anuncia subindo as mãos para minha cintura, onde deixa uma apertada fraca.
A música acaba aos poucos e o sinto me rodar, inclinando meu corpo, me fazendo dar gargalhadas quando volto à minha postura normal, com os braços enlaçados em seu pescoço e minhas bochechas coradas.
— Eu pensei que ia me deixar cair. — admito ainda sentindo meu coração bater rápido. Ele da um sorriso e coloca gentilmente uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, enquanto me observa em silêncio.
— Cogitei a ideia, mas pensei melhor e acho que você iria se machucar muito. — brinca me fazendo revirar os olhos e me afastar um pouco. — Daqui a pouco eu te mostro um quarto, caso esteja cansada e queira se deitar. — olha as horas, realmente, já está tarde. Mas não quero dormir, nem sair de perto dele... Não agora.
— Ok! Me mostra agora. Só pra saber onde fica mesmo. — explico brincando com uma mecha do meu cabelo. Tentando não manter por muito tempo contato visual com ele. Eu sei que sou idiota por isso, mas não consigo encará-lo e não ficar que nem uma idiota ouvindo o que ele diz.
Josh sai na frente e eu vou o seguindo, ele cumprimenta o segurança e logo pega em minha mão, subindo as escadas, me guiando para um quarto vago. Minha mente está acelerada, não sei o que pensar ou como agir. Só consigo sentir minhas mãos suando e o encará-lo.
Parece descontraído, pensando bem longe daqui.
Ele empurra a porta de um quarto e me dá passagem. Entro e olho brevemente para o lugar... Acho que esse é o seu quarto. Não um quarto qualquer de hóspedes.
— Só um minuto, acho que tenho as chaves dos quartos, minha mãe deixa todos os quartos trancados. — ele diz largando minha mão e caminhando até às gavetas. Abrindo-as e revirando as coisas.
Não sei se estou aliviada ou frustrada... Com o Josh é sempre essa mesma confusão.
— É bonito. — murmuro passando a mão na escrivaninha. Vendo alguns quadros com certificados nas paredes e troféus em uma das estantes. Algumas medalhas penduradas em um pequeno gancho e quadros com algumas fotos dele e da família. — Parece que você é bem talentoso. — passo o indicador no troféu empoeirado, ele da de ombros indiferente e continua procurando as chaves.
— Você vêm? — pergunta já se retirando do quarto. Faço que sim e ando em sua direção. Passando por ele e o observando, um pouco demorado demais. Mas seu olhar segue o meu do mesmo jeito.
Andamos até o fim do corredor e ele destrancou um dos quartos, me dando passagem novamente. Se escorou no batente e cruzou os braços na altura do peito. Me vendo analisar o quarto.
Só estou tentando não cruzar meu olhar com o seu... Porque não sei o que faria. Não quero ter que olhar para o quanto ele está lindo nessa roupa, que ressalta seus músculos e se ajusta perfeitamente ao seu corpo. Antes estávamos rodeados de pessoas, mas agora estamos sozinhos, só nós dois nesse andar.
— Por que me trouxe pra essa festa, Josh? — pergunto finalmente olhando para ele. Vendo que seus olhos azuis estavam bem abaixo da minha cintura. Ele estava olhando pra minha bunda?
— Você fica o dia todo na escola e depois a tarde e noite em casa, achei que quisesse sair um pouco. — fala não me convencendo nem um pouco disso. Leva as mãos na gravata e afrouxa ela, mostrando que minha pergunta o deixou nervoso.
— Passou três meses me ignorando. — cruzo os braços e caminho em sua direção. Ficando em sua frente, tentando não olhar para sua boca que está à centímetros da minha.
Acho que nem ele sabe explicar o por que fez isso, posso sentir sua respiração acelerada. Seu nervosismo toda vez que puxa o colarinho da camisa, em uma tentativa falha de não se sentir sufocado.
— Eu só queria te dar espaço, Any — volta a olhar em meus olhos, enquanto repuxa lentamente o canto da boca... Eu não consigo resistir a isso. — Posso fazer algo pra te recompensar? — pergunta dando um passo à frente. Ficando perto demais para que eu possa raciocinar direito.
— Talvez... Só não sei se você aceitaria. — minha voz sai baixa, enquanto olho para seus lábios e sinto as borboletas no meu estômago... Elas só estavam adormecidas, esperando por algum sinal de que tudo o que sinto é recíproco.
Ele segura meu rosto com uma das mãos e me faz encará-lo. Passa o polegar em meus lábios entre abertos e se aproxima mais.
— Pode pedir qualquer coisa. — sussurra umedecendo os lábios. Sua testa está quase encostando na minha, minhas pernas estão começando a tremer... Não consigo focar em nada com Josh tão perto. Sua boca tão perto e a respiração se misturando com a minha.
— Então me beija. — peço rápido, temendo que ele faça uma careta ou me afaste.
Seus olhos percorrem um caminho breve entre meus olhos e minha boca, ele parece pensar em todos os prós e contras, estou quase infartando.
Josh enrosca os braços na minha cintura, me puxando para mais perto e encostando seus lábios nos meus com delicadeza. Me fazendo abrir a boca timidamente e sentir sua língua se movimentando com a minha.
Suas mãos descem para minha bunda, onde aperta forte me fazendo arfar e morder com leveza seu lábio inferior. Empurra a porta com o pé e leva um das mãos ao colete, desabotoando e o tirando com a minha ajuda.
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𝗶𝗹𝗶́𝗰𝗶𝘁𝗼 | 𝗯𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆 ✓
Fanfiction→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...