𝗶𝗹𝗶́𝗰𝗶𝘁𝗼 | 𝗯𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆 ✓

021🥀

“Você sempre estará eternamente marcado na minha pele e no meu coração.”

— É melhor pararmos com isso, antes que façamos algo errado. — sua voz sai baixa, quase não a ouço direito. Meu Deus, pra quê tanta relutância? Já fizemos algo errado, ele não consegue ver isso?

— Sei o momento de parar. — digo rebolando em seu colo, sentindo sua respiração acelerar e ele soltar um gemido baixo, segurando em meu quadril.

— Mas eu não sei, Any, para com isso. Por favor! — pede ofegante em tom de súplica, segurando meu rosto e me fazendo olhá-lo. Posso ver o quanto está lutando contra isso, e o quanto eu estou sendo uma idiota ao tentar fazê-lo transar comigo.

Não digo nada e abro a porta do carro, saindo dele e indo para dentro da minha casa.

— Any? Onde estava? — pergunta minha mãe me fazendo dar um sobressalto e arregalar os olhos.

— Mãe, o que tá fazendo em casa? Não disse que iria sair com a Laura? — questiono forçando um sorriso. Ela está calma demais para quem viu alguma coisa... Então acho que já posso soltar a respiração antes que eu tenha uma crise.

— Sua tia não mudou nada, continua a mesma arrogante, ambiciosa de sempre. — fala olhando atentamente para a tv. — Amanhã é seu aniversário, quer o que de presente? — pergunta entusiasmada olhando para mim.

Merda! Amanhã é meu aniversário. Eu havia esquecido... Não sei como. É muito estranho se sentir assim, parece que nada importa; não quando estou com Josh.

— Eu posso sair com alguns amigos? — pergunto assim que Josh entra e fecha a porta. Andando na direção da minha mãe e beijando seu rosto. Logo se sentando ao lado dela no sofá.

— Que amigos, Any? — ela questiona e vejo Josh segurar uma risada. Reviro os olhos e cruzo os braços na altura do peito. Minha mãe poderia ser menos bem humorada.

— É meu aniversário, mãe. Eu posso ficar um dia longe de casa, não posso? — ela ergue as sobrancelhas. Me analisando calmamente. Seria a primeira vez que eu ficaria um dia longe de casa, em algum lugar que não fosse na casa da Heyoon ou da Sina. — Eu iria para uma festa. — concluo esperando ansiosa pela sua resposta.

— Não acha perigoso? Na maioria das festas adolescentes que nem você são sequestradas e... Melhor eu nem terminar. — anuncia Josh com um meio sorriso. Não acredito que ele está tentando me manter trancada em casa depois de ter me dispensado mais vezes do que posso contar. Meu Deus que homem mais bipolar!

— Eu concordo com o seu tio, é perigoso demais, filha. — resmunga dona Priscila tentando me convencer disso. Vejo o sorriso satisfeito de Josh e respiro fundo. Ele não tem o direito de manipular a minha mãe para que eu não saia de casa. — Josh pode ir com você, não pode? — ela olha para ele, o que faz seu sorriso vitorioso desmanchar no mesmo instante.

— Não acho que seria uma boa ideia, Any precisa conhecer outras pessoas, e a minha presença não facilitaria. — sei que ele só está tentando se manter distante porque perde o controle quando ela comigo.

— Ah, tio... — ele engole em seco — Vem comigo, vai ser legal. — peço com uma voz manhosa, vendo que Josh não está conseguindo nem pensar direito.

— Ok! Mas só porque é seu aniversário. — fala me fazendo sorrir vitoriosa. Eu sei que não deveria ter pedido sua companhia. Mas prometo tentar me controlar. Não vou mais parecer uma qualquer, vou me dar ao respeito... Eu espero.

❖

— Por que faz isso comigo? — a voz de Josh me tira dos meus devaneios, termino de lavar a louça e me viro para ele.

Parece ter acabado de sair do banho, está com a toalha atirada nos ombros, os cabelos molhados e com um cheiro maravilhoso. É impossível desviar o olhar do seu corpo... Meu Deus que abdômen é esse?

Meus olhos ficam presos na descida em "V" da sua cintura. Eu disse que iria me controlar, e é isso o que vou fazer!

— Desculpas, o que disse? — pergunto ao ouvi-lo murmurar alguma coisa. Balanço a cabeça afastando meus pensamentos impuros e o encaro.

— Por que pediu para eu ir junto logo no momento em que estou tentando manter distância de você? — ele da um passo a frente, tento manter meus olhos fixos nos seus. Mas é difícil demais. Seus lábios são uma tentação, igual seu corpo definido que deixaria qualquer uma de quatro.

— Não parece estar tentando se afastar agora, você é bipolar ou o que? — minha voz saí firme, fazendo com que ele me olhe surpreso e deu um sorriso sem mostrar os dentes.

— Eu não sou bipolar, só que você me deixa confuso. Faz com que eu perca o meu senso e moral... Tento me afastar mas parece que me puxa de volta toda vez. — nem sei o que responder, não quero me emocionar e achar que isso foi algum tipo estranho de declaração.

— Isso não é culpa nossa, Josh... — é a única coisa que consigo dizer, porque realmente estou chocada com o que ele disse... Eu deixo ele confuso? Faço com que se esqueça de que isso é errado? Se for isso mesmo... Ah, eu já nem sei mais o que pensar.

— Agora não, mas se continuarmos desse jeito, vai ser; Any. Não quero que daqui alguns anos você olhe para trás e se arrependa de alguma coisa que envolve eu. — sinto tanta sinceridade em suas palavras que por um momento minha garganta se fecha. Ele está certo, eu o quero agora, mas e daqui algum tempo, o que eu vou querer? Talvez eu não me arrependa, por isso vou me sentir um lixo de ser humano.

— Obrigada por pensar em mim em primeiro lugar... Mas eu acho que seria mais fácil você se arrepender do que eu. — seus lábios se formam em um sorriso malicioso, enquanto ele desvia o olhar para esse sorriso não o entregue, e diga o que está pensando.

— Eu vou sair amanhã pela tarde, mas de noite eu volto e te levo na tal festa. — avisa já arrumando sua postura e depositando um beijo no meu rosto, logo subindo as escadas e sumindo da minha visão. Estou sorrindo igual uma idiota, esse é um dos efeitos que Josh Beauchamp causa em mim.

Agora preciso achar uma balada, amigos e roupas. Ótimo!