→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...
“Porque aqui estou eu Estou dando tudo o que posso Mas tudo o que você faz é estragar as coisas Sim, estou bem aqui Estou tentando deixar claro Que ter metade de você simplesmente não é o suficiente”
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estou chorando em um bar, depois de beber três cervejas. A que ponto cheguei? Antes nem colocava uma gota de álcool na boca, e agora, graças a Josh eu aprendi a afogar as mágoas.
E agora ele não está aqui para me levar pra casa, muito menos para concordar com as minhas loucuras, como fazer uma tatuagem ou qualquer merda que eu já tenha pensado enquanto estava bêbada.
E nem sei por que estou sorrindo ao lembrar daquele idiota, se na verdade estou furiosa com ele. Querendo vê-lo pior do que eu, mas também me sentiria horrível se ele estivesse mal.
O que estou fazendo da minha vida? Apaixonada pelo tio, iludida achando que isso tem futuro, não indo para a escola por não conseguir prestar atenção em nada, mentindo para minha mãe e enganando a mim mesma.
A verdade sobre tudo isso, é que conhecer Josh fez com que meu mundo inteiro virasse de cabeça para baixo. Passo mais tempo preocupada sobre o que vamos fazer caso minha mãe descubra, do que aproveitando e sendo uma adolescência normal. E isso é desgastante, isso é terrivelmente desgastante. Pois eu sou substituível, sei disso. Sei que no momento em que ele estiver com “necessidades”, vai procurar outra garota para ser mais uma na sua lista.
Não tenho com quem desabafar, a única pessoa para quem eu quero contar... Ela seria capaz de me odiar. Minha mãe poderia sentir nojo de mim, ficar desapontada e nem querer mais olhar na minha cara. E só de pensar nisso, sinto meu coração apertar e as lágrimas começarem novamente.
Okay, já chega disso! Eu não sou a vítima, eu aceitei tudo isso e até hoje há 1 hora atrás eu estava super feliz e também fui a única idiota a estragar tudo. Agora vou ir pra casa, tomar um banho, ficar sóbria e contar tudo pra minha mãe. Tudo o que deveria ter falado há muito tempo.
Peço um Uber e em poucos minutos estou na frente de casa. Me arrependendo por ser tão impulsiva, pois agora aquela coragem toda já passou. Estou tremendo e suando frio, nada decidida ou disposta a enfrentar o mundo.
Vejo a moto vermelha e por um segundo, sinto um alívio e ânimo para entrar por essa porta. Solto o fôlego e giro a maçaneta.
Escuto as conversas vindo da sala de jantar e caminho a passos firmes, confiante e de cabeça erguida. Estou bem, talvez com os olhos vermelhos e um pouco inchados, mas bem.
— Any, não sabe o quanto ficamos preocupados. — Minha mãe me abraça assim que dá um pulo da cadeira.
Retribuo sem jeito e a vejo se afastar. Ela faz uma careta e me olha de cima a baixo.
