→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...
"Nós pertencemos um ao outro E você sabe disso, Acho que sou alérgica a todas as outras pessoas"
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Eu não consigo fazer as palavras sair, não dá, não consigo simplesmente encará-lo nos olhos e dizer que estou grávida. Josh sempre me surpreende, e não é no bom sentido. O que ele iria dizer? Que eu fiz isso de propósito para me aproveitar do dinheiro da sua família adotiva? Ridículo! Mas não é impossível.
Termino de me vestir e entro em desespero. Merda, isso realmente não pode estar acontecendo... Ou pode, para uma grávida é totalmente normal começar a aparecer a barriga. Mas eu não quero que apareça, não agora. Estou só com uma camiseta do Josh que vai até os meios das minhas coxas, e minha barriga já começa a marcar.
Ou talvez eu esteja sendo paranóica, já que ninguém percebeu... Eu acho. Pelo menos está crescendo devagar, mas o tempo está passando rápido. O meu tempo cada vez se esgota mais. Tenho certeza que Sabina já sabe, principalmente por causa das suas indiretas bem diretas.
Saio do banheiro e pra minha má sorte, Josh está no quarto novamente. Agora é a hora, se eu não contar agora eu não conto mais.
Tento não prender a respiração só porque ele está a poucos centímetros, sentado na ponta da cama, virado de costas para mim e provavelmente mexendo no celular.
Paro em sua frente, vendo ele levantar o olhar pra mim e abrir um sorriso. Ficando de pé, passando as mãos nos fios loiros e abrindo a boca. Não sei qual de nós dois está prestes a ter uma crise de nervos, mas ele está bem perto também.
— Pensei que a Saby tivesse proibido você de ficar no mesmo lugar que eu — digo, revirando os olhos pela atitude infantil da minha amiga.
— Ela fez isso, mas sabe que eu nunca sigo as regras; então nem tentou mais relutar. — Ele sorri e se aproxima mais. Merda, Josh! Não faz eu perder o foco, porque o fôlego eu já perdi com esse maldito sorriso perfeito.
— Minha mãe me mandou mensagem, o Lucca não está mais em estado tão grave. — Mudo de assunto, me virando e olhando para os troféus na estante. Qualquer coisa que me faça não ter contato visual com ele está ótimo.
— Nossa, que ótima notícia! — exclamou ficando atrás de mim, com as mãos nos bolsos da calça e o olhar no meu rosto. — Como ela está reagindo?
— Bem, só que ninguém pode tocar no seu nome ou no assunto. — Me viro novamente para ele.
— Eu estava falando do acidente do Lucca, não sobre nós — diz, olhando brevemente para o chão com um sorriso divertido.
