→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...
"Perdendo amigos e perseguindo o sono Todo mundo está preocupado comigo Com problemas, eles dizem que estou com problemas"
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Meus olhos e meu corpo estão doloridos. Meu estômago ainda revirado e a sonolência presente.
Com muito esforço, abro os olhos. As paredes machucam minha visão. Parece que fiquei séculos com os olhos fechados.
Sinto minha boca seca e procuro por alguém no quarto de hospital. Suspiro aliviada ao ver Josh dormindo na poltrona ao lado. Mas o que ele tá fazendo aqui? O que eu estou fazendo aqui?
Olho para os lado e vejo as flores e alguns balões coloridos. Eles acham que sou uma criança? Aposto que foi os amigos da minha mãe que deixaram isso aqui.
- Josh - Minha garganta está seca, falar faz ela doer. - Josh! - reforço mais alto. Vendo ele dar um pulo e abrir os olhos.
- Ah, graças a Deus! - Levanta, caminhando até a cama e segurando em minha mão.
- Quantas horas estou dormindo? Por que tô aqui? - pergunto, sentindo ele entrelaçar nossos dedos e se aproximar mais.
- Faz três dias que está desacordada. Você foi drogada, seu organismo estava fraco e era remédio demais. - Ele fala e sinto meu corpo gelar. Se eu fui drogada, então...
- Alguém tocou em mim? - pergunto em tom baixo, sentindo meus olhos embaçados por conta das lágrimas.
- A doutora disse que quer conversar pessoalmente com você. - Josh olha para baixo, sei que algo não está certo... Sinto isso. - Any, eu...
- O horário de visitas acabou, pode voltar mais tarde? - pergunta a médica, interrompendo Josh e abrindo um sorriso amplo ao me ver acordada. - Como está se sentindo? - Ela vêm até mim e anota alguma coisa na prancheta.
- Como se um caminhão tivesse me atropelado, mas bem... Eu acho. - Olho para Josh, que já está em pé pronto para ir embora. - Não vai sumir, né? - Meu sorriso é triste. Não quero que ele vá embora, não aguentaria mais um dia sem ter Josh comigo.
- Vou estar lá fora te esperando, eu prometo. - Ele aperta minha mão em um gesto de carinho e logo sai do quarto. Posso sentir as lágrimas molhar meu rosto, sei que isso não foi totalmente verdade, mas sim algo para me tranquilizar no momento.
A médica caminha até a porta e fecha a mesma, voltando para mim e se sentando na ponta da minha cama. Prendendo seus cabelos loiros em um coque e pegando alguns papéis em uma pasta rosa.
- Eu sou amiga da sua mãe há bastante tempo. Ela me fala muito sobre você, e o quanto você parece uma criança. Diz que se orgulha pela sua ingenuidade e carisma. Aonde quero chegar, Any. É que eu quis falar primeiro com você, você é a minha paciente e merece saber primeiro. - Essa conversa está me assustando.
