→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...
“Sufoque esse amor até as veias começarem a estremecer Um último suspiro até as lágrimas começarem a secar”
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Não consigo colocar meus pensamentos em ordem. Não sei o que falar, o que pensar, como agir... Não sei mais nem como respirar.
A morena no outro lado da sala parece querer avançar no irmão. Não a julgo, se eu estivesse no lugar dela estaria do mesmo jeito. Eles acham que não estou ouvindo nada, mas infelizmente, sim, eu estou.
Meu peito sobe e desce sem ritmo, meu coração parece crescer aqui dentro, me sufocando lentamente.
Sinto que tudo está por um fio, tudo pode desmoronar a partir do segundo em que sairmos daqui.
Olho para a tatuagem em meu braço e engulo em seco, desviando o olhar para Josh, que resmungava alguma coisa sem levar o olhar para mim.
— Que porra é essa no seu braço? — A garota altera a voz e agarra tão rápido o braço dele que dou um sobressalto. Merda! Eu deveria ter pedido qualquer coisa, ou melhor, nem ter pedido nada.
— E... Saby, por favor! — súplica olhando para mim, sabe que estou ouvindo. E eu ainda não sei que merda ele vai falar dessa vez.
— Por favor me diz que isso sai com água. — Ela lambe o dedo e esfrega o braço dele, que puxa o braço com força. Resmungando que estava doendo. Se não fosse trágico, seria engraçado.
— É uma tatuagem — ele diz por fim, frustrado e desabafando com a irmã.
Eu preciso ir pra casa. Preciso ver minha mãe e dizer que estou viva, já que meu celular está descarregado. Preciso tomar algo que me salve da irresponsabilidade de não ter usado preservativos. Quero apenas tomar um banho e me deitar.
E ao mesmo tempo eu não quero que o perfume de Josh saia da minha pele. Não quero apagar os rastros dele... Um passo a mais e eu acabo caindo em um precipício. Ele me faz ficar desse jeito. Já fiz mais merda em um dia do que em dezenove anos da minha vida.
— Any, podemos conversar? — pergunta Sabina parando em minha frente. Josh continua intacto no mesmo lugar de antes.
— Ham... Sim. — levanto do estofado ficando a sua frente. Abaixando o vestido envergonhada e lhe observando atentamente.
— Desculpas me meter na vida de vocês, essa não foi a intenção. Não estou tentando fazer o... — ela olha para ele, e volta para mim. — Josh se afastar de você. Eu só não quero que vocês dois acabem saindo machucados disso tudo, vai por mim. Eu já passei por uma experiência parecida... E eu acabei saindo destroçada, penso que se alguém tivesse me avisado. Talvez tudo seria diferente. — Ela segura nas minhas mãos, com um sorriso gentil e olhar solidário.
