“Gritando a plenos pulmões por você
Não tenho medo de enfrentar isso
Eu preciso de você mais do que queria”Acordo procurando por Josh, mas estou apenas com uma camiseta dele e os lençóis por cima de mim. Nem vestígios dele.
Não acredito que dormimos com a porta aberta, foi até melhor ele ter saído antes da minha mãe chegar... Ele saiu, não foi?
Calço minhas pantufas e desço as escadas com cautela, sentindo ainda a fraqueza do meu corpo. Sinto vontade de voltar a me deitar. Estou dolorida e com motivos... Mas nem sei onde está o meu "motivo" nessa hora. Só espero que ele não esteja com outra garota ou até mesmo se arrependendo de nós.
Passo pela cozinha e escuto barulhos, o que me faz ir até lá suando frio.
— Sinceramente, estou pronta para isso. Acho que Any irá aceitar e não vai tentar me impedir de nada. — Ouço minha mãe e meu coração já se gela, imaginando que ela já sabe de tudo.
— Mãe!? — A chamo em tom baixo, com minha garganta quase fechada. Ela se vira e vem me abraçar rápido. Dou tapinhas em suas costas e vejo o homem sentado à mesa, quem é ele?
— Any Gabrielly! Não sabe o quanto fiquei preocupada com você nessa madrugada.
— Mas eu estava com o... Cadê o Josh? — questiono correndo meus olhos pela cozinha.
— Estou falando da minha preocupação e você me pergunta onde está o Josh? Que consideração! — Posso ver que ficou brava com isso, então apenas a abraço e murmuro um pedido de desculpas.
— Está tudo bem, mãe. Nós só perdemos a hora — resmungo quando a solto e olho brevemente para o moreno que nos observava com cautela.
Ele deve ser um colega de trabalho de minha mãe, já que aparenta ter a mesma idade que ela.
— O que está fazendo quase sem roupa na frente de estranhos? Isso é do seu tio? — Ela segura na camiseta e faz uma careta. Que merda, Any! Por que não trocou de roupa, sua idiota!
— Vomitei nas minhas roupas e Josh me emprestou uma camiseta confortável — Digo suado frio, eu espero que ela não ache isso estranho demais... Já que meu closet é cheio de roupas confortáveis e até algumas masculinas.
— Falamos disso depois. Vem, quero te apresentar meu namorado — Ela diz olhando para mim, esperando que eu tenha um ataque estérico. Mas apenas concordo com a cabeça e permaneço escondendo meu braço com a tatuagem.
O homem se levanta com um sorriso gentil e encosta sua face na minha, estalando um beijo em cumprimento.
— Sua mãe fala muito de você, digamos que eu já sinto até que te conheço, de tanto que ela fala. — É notável seu nervosismo em cada palavra que ele diz. — Por favor, queira almoçar conosco.
Me sento à mesa e logo vejo Josh passando pela porta da cozinha.
Os cabelos estavam bagunçados, igual a jaqueta de couro com o colarinho levantado. O sorriso tão brilhante que sinto o ar sair dos meus pulmões quando ele olha para mim.
Quero correr até ele e beijá-lo. Na frente da minha mãe e do namorado careta dela. Mostrar que estamos juntos e deixá-los chocados.
— Josh, que bom que chegou. Quero te apresentar o Pablo — Ela diz e ele sorri, enquanto deposita um beijo em seu rosto e vem para o meu lado, no único lugar disponível.
Tranco a respiração ao senti-lo beijar o topo de minha cabeça e se sentar. O alvoroço de borboletas parece me sufocar, Josh nem está olhando para mim e menos assim estou quase morrendo.
Após alguns minutos falando sobre Pablo e o namoro deles, o homem passa o assunto para mim e Josh. O que faz minhas mãos e pernas ficarem trêmulas.
— Sua namorada é linda — Ele diz para Josh, com um sorriso desafiador nos lábios. Ou isso é coisa da minha cabeça, já estou ficando louca de tanto tentar entender a linguagem corporal desses dois.
Josh passa o braço sobre meus ombros e se aproxima mais de mim, devolvendo o sorriso forçado para o homem.
— Any é minha sobrinha, mas eu concordo com você; ela é linda. — Minha mãe me encara como se me perguntasse o que está acontecendo, dou de ombros e a vejo sorrir. Está tão perdida quanto eu... Mas ainda sim, sei que Josh está com ciúmes.
— E aí, o que fizeram ontem? — minha mãe pergunta se inclinando curiosa em nossa direção.
Olho para Josh e engulo em seco, estou infartando. Enquanto ele está bem pleno observando-a com um esboço de sorriso.
— Mana, por favor, sei que o que vou te contar é chocante. Mas acho que você precisa saber disso. — Paro de respirar e suplico com o olhar para que ele não conte sobre nós para ela.
— Josh, não! — digo quase pulando da cadeira.
— Any... — está tão calmo que não parece mesmo que vai contar para a minha mãe que está dormindo com a filha dela. — Sua mãe merece saber.
— Saber do que? — pergunta confusa.
— Nós fizemos uma tatuagem, Priscila — Ele diz, fazendo com que eu solte a respiração e de um suspiro aliviado.
— Vocês o que? — questiona incrédula, se levantando bruscamente da mesa. — Josh como foi tão irresponsável? Onde foi essa tatuagem Any? Eu quero ver! — está furiosa, e isso me dá medo.
Se por uma tatuagem ela está assim... Imagine quando souber que sou perdidamente apaixonada por Josh e que há algumas horas nós tivemos relações sexuais. Irá nos matar.
Mostro a contra gosto meu braço para ela, o braço que tentei esconder durante todo o tempo em que estamos aqui.
Sua expressão furiosa muda para confusa, ela se senta perplexa e olha de mim para Josh.
— O que isso significa, Josh?
— Acabamos bebendo demais, Any estava triste porque nenhuma de suas amigas foi ao evento. Estava falando sobre coisas como ser insignificante, só quis mostrar que ela significa para mim. — Ele sorri como se não estivesse mentindo. Minha mãe não é burra, ela vai perceber, vai nos afastar e nos odiar.
— Tatuou o nome da minha filha e fez ela fazer o mesmo porque ela estava triste? Cadê a sua responsabilidade? Any ainda é uma criança e não deve marcar o corpo dela!
— Me desculpas, não pensei nisso na hora — ele diz cabisbaixo.
— E o que é isso no seu pescoço, Any? O que andou fazendo nessa madrugada? — Posso sentir a raiva exalar de suas palavras. Levo a mão no meu pescoço e cubro os malditos chupões.
— É culpa minha... — Josh se pronuncia, minha respiração acelera e sinto que estou tremendo cada vez mais.
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𝗶𝗹𝗶́𝗰𝗶𝘁𝗼 | 𝗯𝗲𝗮𝘂𝗮𝗻𝘆 ✓
Fanfictie→ 𝗮𝗱𝗮𝗽𝘁𝗮𝘁𝗶𝗼𝗻 | Quando Josh Beauchamp bate na porta dizendo ser da família, tudo muda de maneira brusca na vida dos dois. Any vê toda sua sanidade e moral se esvair ao perceber que seus sentimentos pelo tio são bem mais do que uma simples a...