24º Capítulo

776 55 8
                                    

Acordei porque o meu telefone não parava de tocar mas ignorei e tentei continuar a dormir. Quando ia voltar a adormecer a campainha tocou. Irritada levantei da cama mas tive cuidado para não acordar o Dean. Peguei no telefone e vi que eram duas da manhã. Quem é que estava a bater à porta à aquela hora?! Quando o meu cérebro processou bem a informação é que fiquei com receio de ver quem era. Saí do quarto e fechei a porta com cuidado para não acordar o Dean. Olhei para ver quem é que tanto ligou para mim e dirigi-me logo para a porta, confirmando a pessoa pelo olho mágico da porta.

Assim que abri a porta fui pega pelo rosto e os meus lábios foram envolvidos num beijo com saudades e carência. Levei dois segundos antes de corresponder e passei as minhas mãos pelo seu pescoço, puxando-o mais para mim. As suas mãos desceram até a minha cintura e empurraram-me para dentro, fechando a porta com o pé devagar. Os nossos lábios mexiam-se num ritmo lento e apreciei o sabor de whisky que ele tinha, tornando-se viciante. A sua língua quente aquecia-me toda e as suas mãos passeavam pelo meu corpo. Os lábios macios acariciavam os meus com vontade e saudades, conseguia sentir o quanto ele sentiu vontade de fazer aquilo. Não sabia que estava com saudades até estar ali nos braços dele e com os seus lábios nos meus. 

— Desculpa, eu não aguentei ficar longe. Não consegui controlar-me. — o Matt disse afastando os seus lábios dos meus e largou o meu corpo, fazendo um vazio passar por mim e instalar-se na minha pele. 

— Não vai. — peguei na sua mão, fazendo-o parar e olhar para mim — Por favor. 

— Deus! Eu não consigo ficar longe de ti, Ella! — ele disse gritando baixo, passando a mão pelo cabelo. — Não aguento ficar longe de ti, amor, não aguento. — os seus olhos encararam os meus e eu fiquei arrepiada. Ele parecia ter bebido bastante mas não estava com aquele cheiro forte de álcool. 

— Eu não pedi-te para afastares-te de mim. Eu só queria o meu espaço físico, onde eu tenho controle e posso chamar de meu canto e do Dean. — aproximei-me dele tirando as suas mãos do cabelo — Mas em nenhum momento disse que queria que te afastasses de mim. — sorri para tentar acalmar o seu olhar.

— Então posso vir sempre que quiser? — ele perguntou com os olhos a brilharem.

— Claro que sim.

— Obrigada. — ele abraçou-me pondo a sua cabeça no meu pescoço.

— Não agradece, só tenta vir em horários melhores, pode ser? — perguntei rindo.

— Sim, sim, sim. — ele afastou-se o suficiente para olhar para mim — Deves estar cheia de sono.

— Estou, acredita. — sorri afagando a sua bochecha com a minha mão.

— Então vou fazer-te companhia até adormeceres e depois vou-me embora, pode ser?

— Sim, só não faças barulho para não acordar o Dean.

— Ele está a dormir contigo?

— Sim.

— Está bem.

Andamos pelo corredor e entramos para o quarto. Verifiquei que o pequeno estava a dormir e deitei-me ao seu lado, dando espaço para o Matt ao meu lado. Ele deitou-se e tapou-nos. Puxei o Dean para os meus braços depois do Matt puxar-me para os seus. Fechei os olhos e relaxei o corpo, sentindo a respiração Matt no meu pescoço, fazendo-me carinho.

(...)

Não sei quanto tempo passou-se mas quando acordei o Matt já tinha ido embora então levantei-me da cama e olhei para as horas. Ainda tinha um bom tempo para fazer o pequeno-almoço e só depois acordar o Dean.

EllaOnde histórias criam vida. Descubra agora