16º Capítulo

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Quando chegamos ao apartamento do Chris, ele preferiu parar o carro na garagem, para que eu conhecesse e só depois fomos para a entrada do edifício, ao invés de subirmos logo pelo elevador. Analisamos a entrada que era simples e moderna, nada muito chamativo e tudo bem organizado. Tinha apenas um balcão à entrada com dois senhores velhinhos por trás e dois seguranças jovens e altos na porta principal. O Chris apresentou-me aos senhores, Joseph e Phillip, como estava escrito no pequeno crachá do uniforme. Subimos as pequenas escadas antes do elevador e voltamos a entrar só que agora seguimos até ao décimo sexto andar, um andar antes do último.

Saímos do elevador e os meus olhos ficaram curiosos com as cores do corredor. O roxo do chão e das paredes fazia contraste com os quadros verde-lima que enfeitavam as paredes. O corredor só tinha duas portas, uma do lado direito e outra do lado esquerdo. O Chris pegou a chave de casa e abriu a porta do lado direito. O loiro entrou e deu-me passagem para entrar, só depois é que acendeu as luzes. 

Os meus olhos foram abençoados com a vista daquela sala. A janela grande ao fundo deixava o branco da sala mais iluminado. O sofá grande e cinzento fazia costas à cozinha americana simples. A sala tinha tons de cinzento com alguns objectos pretos e brancos, igual à cozinha americana, com um balcão alto de mármore preto brilhante com algumas cadeiras altas encostadas. 

Ao lado do balcão brilhante ficava o corredor e quatro portas. As portas estavam pintadas em branco, em contraste com o corredor que era pintado de preto. Abri a primeira porta e encontrei uma casa de banho pequena, clássica e toda branca. Abri a que estava à frente da casa de banho e encontrei um quarto simples, que estava vazio. Passei pelo corredor até as últimas duas portas. Abri primeiro a do lado direito, encontrando um quarto com mobília castanha escura e as paredes azuis com um armário de parede grande e uma porta, que eu descobri que dava acesso à uma casa de banho simples como a primeira mas mais espaçosa. Virei para voltar para o segundo quarto enquanto o loiro estava apenas a observar-me. Abri a última porta, na parede que fechava o corredor.

O quarto acolheu-me com a cor preta e azul marinho. Os móveis eram pretos com uma cama de casal no centro, duas bancas de cada lado, uma armário enorme ao fundo, que era tapado pela parede onde a cama estava encostada. Passei primeiro pela porta da casa de banho, e fui surpresa por uma casa de banho moderna em tons de azul escuro do chão às paredes, era tudo igual às outras, tirando o imenso espelho que estava numa das paredes e o chuveiro grande que parecia mais interessante que as banheiras das outras. Saí da casa de banho e examinei com mais detalhe o armário camuflado. No lado da parede da cama tinha um espelho grande, do chão ao tecto e as luzes estavam à volta dele. À frente dele ficava um armário grande e vazio, com algumas gavetas em baixo. Continuei a andar e saí do quarto, voltando para a cozinha para depois passar pela pequena porta de vidro que dava para uma varanda vasta, com uma mesinha de ferro e um pequeno jardim com apenas uma planta. Que solitária.

— Gostaste? — abracei o meu corpo quando passou um vento gelado pelos meus braços descobertos. Amaldiçoei-me por ter deixado o casaco no carro.

— Amei. — sorri para a visão que tinha da cidade — Podemos falar sobre a renda? — disse enquanto o loiro sentava na cadeira de ferro. Juntei-me à ele.

— Sabes que não te vou cobrar muito porque vais estar a fazer-me um favor. — ele encostou-se na cadeira — Eu tenho que pagar alguém para limpar e manter a casa minimamente movimentada. Se tu estiveres aqui vai ser perfeito para mim. 

Continuamos a acordar sobre o que eu devia pagar e em menos de cinco minutos concordamos com o preço final. Estava muito bom por mim e notei que Chris não queria fazer aquilo mas concordou que eu pagaria o que normalmente pagaria pelo apartamento. Depois disso ficamos um tempo em silêncio. 

EllaOnde histórias criam vida. Descubra agora