As espadas batendo uma contra a outra, ela estava vencendo a luta, como sempre, o soldado mensageiro estava com medo de se aproximar, pois o treino era um momento muito importante para a general, e nunca, deveria ser interrompido. Ela investiu mais um golpe preciso contra o guerreiro, derrubando-o.
— Venci. — Disse ela com uma calma e felicidade misturadas.
— Alteza! — Chamou o soldado que aguardava o termino do treino.
— Sim.
— Seu pai... Quero dizer... Sua majestade, o rei, a convocou. Disse que a senhorita deve visita-los no chalé ao pé da montanha.
Ela suspirou.
— Diga ele que estarei lá amanhã.
— É claro alteza.
— O treino acabou. — Disse ela ao soldado caído.
Ela saiu andando em direção as tendas do acampamento. Não estava muito feliz. Ao entrar em sua tenda, viu Kion, que parecia estar esperando por ela.
— Oi, querida.
— Oi, o que está fazendo aqui?
— Ah, queria falar com você. O que acha de voarmos até Silya amanhã, só nós dois? — Perguntou ele.
— Eu adoraria... Mas não posso.
— Por que não?
— Vou passar o final de semana com meus pais no chalé.
A expressão feliz no rosto dele sumiu, dando lugar a uma cara fechada e brava.
— Não gosto que vocês fiquem naquele chalé, é muito perto das terras humanas, e não tem a proteção das montanhas.
— Também não gosto que minha família fique lá, mas não os vejo a seis meses.
— Deixe que eu vá com você, posso proteger a casa.
— Não é necessário, é só um final de semana, e eles terão uma general para protegê-los. E preciso de você aqui para pôr ordem na Tempestade. — Sua tropa de guerra.
— Tudo bem, mas me prometa que no próximo fim de semana iremos para Silya.
— Prometo.
Ariela saiu das montanhas assim que o sol nasceu, e voou até o chalé. Seu pai já a esperava quando ela aterrissou. Ela correu para abraça-lo.
— Filha, que bom te ver!
— Também é bom ver o senhor. Onde está a mamãe, Conan e Luna?
— Ainda estão dormindo.
— As seis da manhã?
— Nem todos acordam junto com o sol, querida.
— Acho que puxei isso de você, então.
— Venha, vamos entrar.
Ela se sentou com seu pai a sala, onde conversaram sobre como andava a tropa de Ariela, e sobre o treinamento dos novos recrutas, até que sua família acordasse. Ela foi recebida com muitos beijos, abraços, e perguntas por eles. Sua mãe, era quem parecia estar mais feliz com a visita da filha. Ela se parecia muito com a mãe, Alana, tinha os mesmos cabelos brancos e olhos azuis de Ariela.
— Como foi a viajem? — Perguntou a mãe.
— Tranquila, os ventos estavam bons.
Ela reparou que Conan olhava para suas adagas embainhadas nas laterais de seu corpo.
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Reino de Asas e Redenção - Livro 2
FantasyA coisa mais importante para os flyers não é o poder, mas sim suas asas, a capacidade de ser levado por e através do vento. As asas é o que os leva de volta ao lar. Um flyer sem suas asas é um flyer morto. Mas ela está viva, e lutará por seu povo. ...