Reino de Asas e Redenção - Livro 2

Capitulo 21

Nikolás estava pensando naquilo a algum tempo, e a carta que Holand havia recebido naquela manhã só o fez juntar todos os pontos. Seu pai odiava os flyers, tinha cartas dos reis nebulosos em seu escritório, na noite em que foram se encontrar com H., seu pai apareceu um segundo depois de serem atacados, e ele tinha certeza de que todas as vezes em que achara que algo estava errado no palácio, era porque haviam nebulosos lá. Eles estavam todos juntos no refeitório após o café da manhã. Era a oportunidade perfeita para contar sobre sua decisão.

— Eu vou voltar para Olria. — Disse ele, interrompendo uma conversa entre as garotas.

— Ficou maluco? — Disse Cassandra. — Quer ser morto de vez? Porque se for isso, te recomendo saltar da montanha.

— E o que você vai fazer em Olria, Nikolás? — Perguntou Dália.

— Vou me tornar rei.

— Eu sei que isso é uma coisa necessária — Falou Laís. — e pode ter certeza de que todas nós queremos você como rei, mas porque agora?

— Porque se não for agora, talvez não haja mais um reino para ser governado.

— Do que está falando? — Perguntou Ariela.

— Eu não sei por qual motivo, mas o rei se aliou aos nebulosos e creio que pretende colocar Cortlend no meio dessa guerra.

— O que isso tem a ver com você se tornar rei?

— Cortlend não pode lutar em mais uma guerra, já tivemos grandes perdas na última. Ninguém poderá convencer meu pai a quebrar o acordo que fez com os nebulosos, então só me resta virar rei e quebrar a aliança.

— Não sei se gosto dessa ideia, é perigosa.

— Eu já tomei a minha decisão, vou hoje mesmo.

— Vamos com você. — Disse Laís.

— Não. É menos arriscado se eu for sozinho.

— Lembre-se de como isso começou. Nós seis iriamos te colocar no trono, não será diferente agora. — Falou Ariela.

— Tá, tudo bem, talvez eu precise de vocês para conseguir algumas coisas.

— Viu, somos necessárias.

— ◇ —

A parte mais difícil daquilo tudo já havia sido feita, convencer seu pai a deixa-la ir. Ele tentara dar milhões de motivos para que ela ficasse, até entender de que nada a faria mudar de ideia e ceder.

— Tudo bem, mas preciso que façam mais duas coisas. — Disse Holand.

— O que é? — Perguntou Nikolás.

— Há uma pequena cidade ao lado de Olria chamada Estravika. Lá mora uma garota chamada Zarah, preciso que a tragam para as montanhas quando tiverem matado o rei.

— O que mais?

— Ah, as asas de Ariela estão escondidas em algum lugar do palácio. Encontrem-nas.

— Não sabe em que lugar especificamente?

— Não, não é do me feitio invadir palácios.

— Então como você sabe que estão no palácio?

— Porque é do meu feitio ler as mentes dos soldados que mataram minha esposa e sequestraram minha filha para saber o que fizeram com ela. Coincidentemente eles sabiam para onde o rei as havia levado.

— Se é só isso, então já estamos indo. — Disse Ariela.

— Muito bem, há seis flyers lhes esperando, eles ficaram no chalé até que vocês voltem. Tomem cuidado.