Capitulo 30

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Quando Ravena abriu os olhos, ela não estava mais cercada de árvores, e também não parecia morta. Não havia mais uma flecha cravada em seu estomago, alguém a havia curado, mas ela estava presa a uma cama.

— Onde é que eu estou?

— Na montanha de treinamento. — respondeu o flyer moreno de olhos castanhos que lhe era muito familiar. — Eu encontrei você próximo ao chalé real e te trouxe pra cá. Você foi atingida por uma flecha, o que aconteceu?

— Eu desobedeci a rainha e ela mandou minha irmã me matar.

— Mentirosa.

— Por que eu mentiria sobre isso?

— Eu encontrei isso no seu bolso — disse ele segurando Lerithy. —, de acordo com minhas fontes você é uma espiã, e estamos em uma guerra, você só pode estar aqui para ver nossos pontos fracos.

— Se isso fosse verdade, você foi muito burro em me trazer pra cá ao invés de me deixar morrer.

— Ao contrário, você agora é nossa prisioneira, vai nos contar tudo sobre os nebulosos.

— Por que raios eu cogitei vir pra cá? Eu preferiria que você tivesse me deixado morrer, mas já que eu estou viva, vamos aos fatos: eu posso até falar algumas coisas sobre Karayan e Valkiria, mas eu nunca entregaria informações para vocês machucarem gente inocente, não adianta me torturar ou me ameaçar. E você não deveria ter mexido nos meus bolsos, faça o favor de me devolver o que pegou.

— Onde você não entendeu que você é uma prisioneira e não pode ter pertences de valor como isso? Além do mais, isso é uma relíquia flyer, deveria estar em Silya.

— Acho que você não estudou história quando era criança. Lerithy foi criada por um nebulosos, portanto, não pertence a vocês.

— Os objetos mágicos foram criados por nossos fundadores e foram roubados por vocês.

— Que seja, eu não vou discutir com gente burra que não aceita estar errado.

— E quem é você pra falar de não aceitar estar errado?

— Ravena Levirat, muito prazer. E você quem é?

— General Kion Quirien.

— Ah, então você é o famoso Kion. Que deprimente ter alguém tão burro no comando do exército. E como é ser trocado por um humano?

— Cala a boca, antes que eu perca a paciência com você. Eu vou dar um tempo pra você pensar sobre o que os nebulosos estão tramando, mais tarde eu volto.

— Calma ai, nervosinho. Você se parece muito com... O Karayan.

— Eu por acaso pareço um rei tirano que mata pessoas por prazer?

— Você fala como se flyers fossem incapazes de fazer o mal a alguém, e ele não é tirano, muito menos mata pessoas por diversão. Diferente de um certo povo territorialista e rancoroso.

— É isso que você acha de nós?

— Se a carapuça serve.

— Eu vou sair daqui antes que eu te mate.

— Além de tudo se ofendem fácil.

Kion bateu a porta ao sair do pequeno quarto úmido e mofado. Cheiro de comida sendo preparada entrava pelas frestas da porta e Ravena percebeu que estava com fome. Seria aquilo algum tipo de tortura? 

Reino de Asas e Redenção - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora