Capitulo 35

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Rei Nikolás,

Meu povo tem se preparado a anos para uma possível guerra contra os nebulosos, no entanto, nosso número de soldados é muito menor do que o deles, e é por isso que lhe peço uma aliança entre Cortlend e os flyers.

Agora que seu pai morreu, Valkiria e Karayan declararam guerra com os humanos também, e creio que você tenha cérebro o suficiente para perceber que tem muito mais chances de vitória se lutar ao lado do meu povo.

Tudo o que preciso são de mais pessoas, e em troca darei todas as armas que meu povo possuí, que eu posso te garantir, são muito melhores do que as armas ao alcance de humanos. Tenho tentado contatar reinos vizinhos, mas não recebi resposta alguma. Caso você aceite minha proposta, gostaria da sua ajuda para traze-los para nosso lado.

Mande lembranças a minha filha, diga a ela para não voltar para as montanhas ainda, temos sido alvo de muitos ataques, ela está mais segura entre vocês.
                                                                                                                     Rei Holand
 
Nikolás havia entrado no salão de baile depois de toda a confusão com os nebulosos e entregado a carta a Ariela.

—Isso parece ter sido uma declaração de guerra — disse Nikolás analisando o salão coberto de sangue.

—Você vai aceitar a proposta?

—Ainda não vejo as vantagens disso.

—É simples. Ariela, ao que o seu pai se refere quando diz sobre as armas flyers serem melhores que as humanas? — perguntou Laís.

—Temos armas de todos os tipos feitas com magia, sem contar escudos e outros objetos de proteção. Poderiam ser distribuídos a um exército humanos sem nenhum prejuízo para os flyers, são relativamente fáceis e rápidos de se produzir.

—Ótimo, eu escutei reclamações de cidadãos de cidades vizinhas a Olria, dizendo que pessoas estranhas estavam matando por ai. Por estranhas podemos entender que se tratavam de pessoas com asas negras governados por uma rainha maluca.

—Por que não nos contou isso?

— Eu não sabia do que se tratava antes, agora está bem claro. E parando bem pra pensar, eles não tem nada a perder travando uma guerra contra nós, só a ganhar. Mas nós temos muito a perder.

— Eu ainda tenho que pensar melhor nisso. Quanto convencer os outros reinos, não vai ser fácil, e eu não vou me meter nessa.

—E por que não?

—Eles não tem nada a ver com isso, e eles não gostam de Cortlend, eles odeiam Cortlend.

—Deixa eu adivinhar. Isso tem a ver com o seu pai. — disse Ariela.

—É obvio que sim. Meu pai declarou guerra contra um deles por motivos nada éticos e preconceituosos.

— E que qual motivo é esse?

—O mesmo pelo qual ele mandou matar a Holly e odiava a Cassandra. Os reis que governam o reino são gays.

— E quanto aos outros reinos?  

—Se aliaram aos dois reis contra Cortlend, e a economia deles quebrou, além deles terem perdido muitos soldados, não dá para travarem uma nova guerra.

— Ok, nesse caso, não tem o que fazer. — disse Laís.

—Vocês tem algum compromisso para amanhã? —perguntou Ariela.

—Eu sou desculpada, querida. —respondeu Laís.

—Agora eu tenho muito trabalho a fazer.

—Na verdade, você vai poder discutir esse assunto pessoalmente com o rei Holand. Vamos para as montanhas.

—O quê? Você não leu a carta, ele está falando pra você não ir. —disse Laís.

—Eu não estou nem ai para o que está escrito na carta, e posso ver nos seus olhos que você também não.

—Você sabe que eu gosto de correr um pouco de perigo.

— Ótimo, então está decidido.

—Você não me perguntou, mas eu concordo em ir com vocês.

—Todo mundo já sabia disso, Nikolás, ela nem precisou perguntar.

Reino de Asas e Redenção - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora