4 - Questão de honra

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Ao voltar pra casa, Elisa estava se sentindo estranha, mas estava radiante e decidida a contar ao pai sobre João, mas quando viu o pai, toda a sua valentia se foi

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Ao voltar pra casa, Elisa estava se sentindo estranha, mas estava radiante e decidida a contar ao pai sobre João, mas quando viu o pai, toda a sua valentia se foi.

Os dias iam se passando e ao invés de preparar caminho para seu pai aceitar João, Elisa evitava-o de todas as maneiras.

Elisa passou a evitar também a presença de João, não indo mais ás margens do rio, com medo de confrontá-lo.

Naquela manhã, o prefeito estava passando com a caminhonete na frente da escolinha e resolveu bater um dedinho de prosa com o zelador até a hora da aula acabar, assim levaria Elisa de carro pra casa.

João, cansado de esperar em vão por sua amada, resolveu vê-la na escolinha e perguntar o porquê de tamanha indiferença, então chegou e bateu na porta sem ser percebido pelo prefeito.

Elisa ficou emocionadíssima de vê-lo e teve de se conter para não agarrá-lo ali mesmo na frente de seus alunos.

João tomou as mãos de Elisa nas suas e as beijou, e antes que pudessem se falar, João foi surpreendido por um Olivares furioso que tentava lhe agredir.

- O que está fazendo, papai? - Elisa gritou desesperada tentando tirar Olivares de cima de João - solte o rapaz.

- Vou ensinar esse vagabundo a respeitar a filha de um homem de bem. Vou matar esse miserável.

Com um esforço enorme, Elisa conseguiu se meter entre os dois e separá-los. João se manteve impassível, pois não queria maltratar o pai de sua amada. Olivares por sua vez dirigiu sua ira para a filha.

- E tu, que pouca vergonha é essa? É pra isso que vem dar aulas?

- Mas papai, do que está falando?

- Pensa que não vi quando esse miserável te beijou?

- Que é isso pai, ele estava apenas sendo educado e me cumprimentando.

- O que ele faz aqui há essa hora, e bem no meio da aula? Esse canalha não tem nada que xeretar aqui.

Olivares tentou avançar em João novamente, mas Elisa conseguiu segurá-lo. Elisa estava desesperada por ter sido descoberta, mas tinha um raciocínio rápido e não se daria por vencida.

- Se o senhor se acalmar eu explico papai. Este é Jonny, um dos empregados dos Lunas. Ele sempre vem buscar e trazer as crianças da fazenda, e como hoje uma das crianças passou mal, eu pedi que alguém viesse buscá-la, como vê não é nada de mais.

Olivares avançou novamente agarrando João pela camisa

- Você é mesmo inocente, minha filha. Esse canalha é o próprio João Luna, em pessoa. Só não sei o que ele quer aqui, mas vou dar um jeito nisso já.

Novamente Elisa tirou o pai de cima de João que permanecia impassível.

- Oras papai, até parece que um Luna ia se dignar a vir pessoalmente à escolinha... Você é mesmo um Luna?

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