2 - A gata borralheira

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Os dois entraram abraçados como verdadeiros pai e filha, mas a animação acabou quando encontraram, sentada no sofá da sala com um olhar de poucos amigos, dona Clara, que não estava gostando nada dessa amizade dos dois

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Os dois entraram abraçados como verdadeiros pai e filha, mas a animação acabou quando encontraram, sentada no sofá da sala com um olhar de poucos amigos, dona Clara, que não estava gostando nada dessa amizade dos dois.

– Podemos conversar?

– Tem que ser agora? – Lucas tentou escapar – A festa acabou muito tarde e estou cansado.

– Tem que ser agora – Clara foi taxativa – Por favor. Isabela! Dê-nos licença.

– Por que a menina tem que subir assim sem mais nem menos? Deixe-a ficar!

Percebendo que a sua presença ali estava sendo demais, Isabela resolveu subir.

– Não se preocupe padrinho, eu já ia mesmo subir. Estou exausta e amanhã será um longo dia.

Clara, despeitada retrucou.

– Que bom que pensa assim. Amanhã o dia será longo mesmo, vamos colocar essa casa em ordem e espero que acorde cedo.

– Como quiser dona Clara!

Isabela aproximou-se dela e beijou-lhe as faces. Clara foi pega de surpresa com a solicitude de Isabela e ficou sem saber como reagir. Com um brilho no olhar, Isabela agradeceu.

– Muito obrigada! Esta foi a melhor noite da minha vida e devo isso tudo a senhora. Espero um dia poder retribuir tudo o que está fazendo por mim.

Enquanto Clara olhava, atordoada, Isabela subiu correndo as escadas e foi para seu quarto.

§§§

Isabela acordou às seis da manhã e foi direto para a cozinha.

A cozinheira estava acabando de acordar e surpreendeu-se ao ver a menina ali de pé tão cedo.

– O que faz aqui uma hora dessas, menina? Quer me matar de susto?

Isabela sorriu tímida.

– Vim ver se posso ajudar em alguma coisa. Dona Clara recomendou que eu acordasse bem cedo para começar os afazeres.

– Cedo... Não de madrugada – Justina retrucou – Você acordou com as galinhas!

– É que no colégio estamos acostumadas a acordar cedo, por isso, quando ela falou cedo, pensei que fosse essa hora. A propósito, sou Isabela ao seu dispor. Estou aqui pro que ordenar.

Justina tornou a medir a menina de cima a baixo e chegou à conclusão que gostava dela.

– Muito prazer eu sou Justina, a cozinheira. Sente-se aí, vou preparar alguma coisa pra você comer. Mas não se apresente assim pra mais ninguém. O pessoal daqui gosta de explorar os novos empregados, se você falar assim, vão te arrancar o couro.

– Acontece que estou meio deslocada aqui. Não conheço ninguém, nem sei como funciona a rotina da casa. Pensei que dona Clara ia me mostrar tudo ontem, mas ela inventou a tal festa, se bem que não tenho do que reclamar foi tudo tão maravilhoso! Sinto-me como um peixe fora d'água. Estou acostumada com a rotina do colégio... Lá sim, eu pegava no pesado, mas sem reclamar, já estava acostumada.

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