35 - A redenção de Maria

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Quando Mariana se apresentou como representante do colégio sagrado coração, ninguém estranhou que ela estivesse acompanhada de uma freira, então as duas subiram tranquilamente até o escritório, mas apenas Mariana entrou

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Quando Mariana se apresentou como representante do colégio sagrado coração, ninguém estranhou que ela estivesse acompanhada de uma freira, então as duas subiram tranquilamente até o escritório, mas apenas Mariana entrou. Isabela ficou do lado de fora, com uma escuta, pra saber o que o tal homem ia falar da sua querida amiga.

Agora que Mariana saiu, estava na hora de colocar seu plano em ação. Isabela nunca viu aquele homem na vida, mas Maria lhe contava tantos detalhes, que Isabela já o conhecia de todos os ângulos.

Agora era a hora: evocou a personalidade da amiga sobre si... seu jeito de andar, de falar, e até de olhar... e daria uma lição naquele canalha.

Assim que abriu a porta, Wellington se surpreendeu. Isabela levantou os olhos pra ele e exclamou surpresa:

– Olá, a quanto tempo! Não se lembra mais de mim? Pensei que os mais de três anos nos quais abusou da minha inocência, fossem ao menos marcar sua memória...

Wellington se afastou, assustado.

– Vick!? Não pode ser!! Você está morta!! Eu fui até seu túmulo pra conferir!! Impossível!! Você não é a Vick!! Que brincadeira de mal gosto é essa???

Isabela se aproximou até deixá-lo acuado num canto da parede, então tirou o véu e a touca, soltando seus cabelos, ficando ainda mais parecida com a amiga.

– Vamos lá, skywalker, faça um teste... pode me perguntar qualquer coisa... posso garantir que ainda lembro tudo com riqueza de detalhes... no pós vida não tem outras memórias pra nos fazer esquecer!

Ao ouvir o apelido, Wellington estremeceu de pavor. Apenas Vick sabia do seu apelido, numa época em que ele era louco por guerra nas estrelas, mas tinha vergonha de dizer a todos sobre seu hobby e virar alvo de chacota.

Ele encarou a mulher à sua frente, e tocou em seu rosto. Ela era real, ou melhor, ela era palpável... embora realidade fosse bem ambígua se tratando de uma pessoa que morreu.

Ou será que a morte dela foi uma encenação? Olhando para ela, agora tinha a certeza de que era sua Vick, mas por que ela amadureceu? E por que estava vestindo aquele hábito?

– Já chega dessa brincadeira! – Wellington tentou ser taxativo, mas sua voz saiu trêmula  – meu apelido é algo fácil de descobrir. Quero ver falar algo que só nós dois sabemos!

Isabela ficou constrangida, mas respirou fundo, guardando seus pudores, e encarnou novamente a amiga Maria.

Ela sorriu agora, com os olhos cheios de lascívia, aproximou-se de Wellington de um modo sedutor, e colocando o dedo indicador na cintura da calça dele, puxou de leve, fazendo menção de desnudá-lo.

– Tem razão... algo que só eu sei: seu pequeno sabre de luz faz uma curva pra esquerda, e a cabeça nunca sai totalmente do prepúcio... uma fimose mal cuidada, com certeza... espero que já tenha corrigido isso depois de tantos anos. Ah, e você tem uma pinta... do tamanho de uma moeda de cinco centavos, do lado direito da virilha... a pinta tem a pele mais grossa, o que dá destaque a ela... você adorava quando eu beijava ela, antes de... você sabe!

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