Elisa estava adorando a vida no internato. Às cinco e meia da manhã todas as freiras se levantavam e se aprontavam, pois às seis horas, se reuniam na igreja ao lado para rezar a primeira missa do dia.
Depois iam para a cozinha preparar o café da manhã enquanto uma delas acordava as meninas que dormiam no internato.
O desjejum era servido ás sete e trinta da manhã, para as freiras e para as meninas.
Beatriz, a menina que encontrou Elisa caída no portão do colégio era uma espécie de mascote das irmãs.
Abandonada nas portas do colégio quando era recém-nascida, foi criada pelas irmãs e era a única órfã que estudava junto com as outras.
Era simples e destituída de vaidades, e apesar de ter a liberdade de ser como as outras, preferia ficar sempre junto das irmãs, e já estava decidida a ser freira assim que alcançasse a idade.
Beatriz tinha verdadeira adoração por Elisa e a promessa de que em breve teriam um bebezinho a enchia de expectativa e ternura, então aonde Elisa ia lá estava Beatriz.
O colégio era composto por quatro edifícios, que se colocavam um de frente para o outro, formando um grande retângulo. No meio era o pátio do colégio.
No primeiro prédio ficava a administração da escola, com uma aconchegante sala de recepção para os pais, a sala da diretoria, onde a madre ficava, e a secretaria, onde trabalhavam pessoas que não eram freiras.
O prédio ao lado era o dormitório das meninas, onde, além de seus quartos, tinha também os demais aposentos, todos muito luxuosos, pois abrigavam as filhas de pessoas da mais alta classe.
O terceiro prédio era onde ficavam as salas de aula, os ateliês, a cozinha, o auditório e demais dependências do colégio em si e o quarto prédio era o lar das irmãs, onde após as aulas se recolhiam para claustro.
A madre ofereceu um aposento no prédio das meninas, mas Elisa preferiu ficar com as irmãs.
Ela também convenceu a madre a lhe deixar usar um traje de noviça, para se misturar às outras irmãs, de modo que as alunas não desconfiaram de sua gravidez, e pensaram que ela era apenas uma irmã gordinha.
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As meninas da primeira à quarta série tinham aulas na parte da manhã, enquanto as meninas maiores freqüentavam os ateliês onde aprendiam diversos cursos, como pintura, bordado, tricô, crochê, tapeçaria, corte e costura, e até culinária.
À tarde eram as meninas do ginásio que tinham aulas e as meninas menores cursos diversos, de acordo com o dia da semana, na segunda-feira, aulas de música, na terça-feira de artes, na quarta-feira ginástica e na quinta-feira brincavam no playground do colégio.
A sexta-feira era o dia mais esperado da semana porque era o dia em que seus pais viriam buscá-las para o fim de semana em casa. As irmãs sempre faziam uma grande festa de despedida, onde elas podiam escolher o tema que quisessem.
Ainda na parte da noite eram lecionado cursos de colegial técnico em magistério, enfermagem, administração de empresa e secretariado para as meninas que ainda quisessem continuar seus estudos no colégio.
Mas já não era em regime de internato e nem eram ministrado pelas irmãs, de maneira que as meninas já saiam do colégio, possuidoras de uma profissão, além da melhor educação que o dinheiro podia comprar.
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A quarta série era a pior turma, e a irmã Caridade, que dava aulas pra elas, já era idosa e estava ficando doente dos nervos.
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O RELICÁRIO
Chick-Lit"Uma pequena joia que presenciou uma linda história de amor. Uma rixa de família, que acabou em tragédia ao melhor estilo Romeu e Julieta. Isabela é o fruto de um grande amor, mas foi lançada sozinha no mundo e agora, só o pequeno relicário, herdado...
