Capítulo 24

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Christopher Uckermann

— Oi, meu bem! — Dulce disse assim que me viu, fui até ela e dei um selinho demorado — Se lembra do Rodrigo?

— É, eu me lembro sim, infelizmente. — Fiz uma cara de poucos amigos e Dulce me encarou brava.

— Bom, Dul... — Ele chamou ela de Dul? Não é possível que ele seja abusado desse jeito — Já vou indo, depois continuamos nossa... conversa. — Ele disse olhando para mim, deu um beijo na bochecha de Dulce e saiu.

Quando virei meu rosto para ela, percebi que estava sorrindo. Aquilo me deixou mais possesso de raiva, fechei o punho e Dulce pareceu perceber que eu estava puto.

— Christopher? O que foi?

— O que foi? O que esse cara estava fazendo aqui? — Eu estava indignado, talvez tenha falado alto demais pois Dulce se levantou e fechou a porta de sua sala.

— Se acalma, Chris. Rodrigo e eu somos amigos ainda, mesmo depois que terminamos, mantivemos a amizade, mas só. Você está com ciúmes?

— Não, Dulce Maria, eu tô puto atoa. Claro que eu estou com ciúmes, esse cara é um imbecil. Já se esqueceu que além de bater na Triana, ele também te traiu. — Percebi que ela estava segurando o riso.

— Sim, eu me lembro muito bem disso, lembro também como alguém ficou tão possesso que encheu ele de porrada. — Ela riu — Chris, não precisa ter ciúmes, eu estou casada com você e gosto disso. — Ela disse se aproximando de mim, colando nossos corpos — Eu seria louca de trocar o que temos pelo Rodrigo, somos amigos mas ele realmente é um idiota, eu não voltaria com ele nem a força.

— Ah, Maria. Você não conseguiria me trocar, e eu não deixaria também. — Ela abriu um largo sorriso e seus olhos brilhavam.

— E por que você está tão confiante assim? — Seu olhar intercalava entre meus olhos e minha boca, me deixando louco. Dulce era extremamente sexy, e sabia disso, além de saber o quanto me afetava, por que eu já estava duro por ela só com essa conversa.

Eu nada respondi, apenas a agarrei com um beijo de tirar o fôlego, meu e dela. Senti Dulce entrelaçar as mãos em meus cabelos e eu levei uma mão na cintura e a outra em seu pescoço. Desci os beijos, vi sua pele se arrepiar e ela soltar um leve gemido, então nos afastei.

— Isso é maldade, Uckermann.

— Eu sei, esse é seu castigo por me deixar com ciúmes, Saviñon. — Dei uma piscadinha para ela.

— Eu nunca te trocaria, besta. Seu ciúme não tem nem fundamento. — Ela riu.

— Tem sim, você é linda e já caiu na conversinha daquele infeliz uma vez.

— Eu estou casada e com uma aliança enorme no dedo com a sua inicial gravada nela.

— Chamaremos isso de cuidar do que é meu. — Ela sorriu e dei um selinho nela.

— Vamos para casa? Aliás, o que você veio fazer aqui?

— Te chamar para irmos para casa mas a donzela não respondeu minha mensagem porque estava ocupada demais. — Ela revirou os olhos.

— Vamos logo.

Saímos do prédio e fomos em direção à nossa casa. Ainda sentia que algo não estava certo, Dulce estava diferente, distraída, totalmente concentrada no celular, e ela não é assim. Conheço minha mulher como ninguém, ela está sempre falante enquanto estávamos no carro, ou cantando o que tivesse tocando no rádio.

Achei que algo estava errado com ela, então mudei o caminho, desviando de nossa casa. Talvez Dulce só estivesse precisando se distrair.

— Chris, esse não é o caminho de casa.

— Eu sei. — Olhei de canto para ela e sorri.

— Então, para onde vamos?

— Surpresa.

— Christopher, da última vez que você me fez uma surpresa, terminamos casados. — Soltei uma gargalhada, ela estava certa.

— Tá, vamos ser menos radicais dessa vez. — Ela sorriu.

Um tempo depois, estacionei o carro e só assim ela saiu do celular.

— Viemos no shopping? Você odeia shopping, Christopher.

— Nós vamos ao cinema, meu bem. — Ela abriu um lindo sorriso.

— Nossa, faz tanto tempo que não venho no cinema.

— Ouvi você falando isso com Annie esses dias. Parei para pensar também e nunca tivemos um primeiro encontro, esse é nosso momento. — Seu rosto se iluminou de uma forma que eu nunca tinha visto e seus olhos brilhavam lindamente.

Descemos do carro, nos abraçamos de lado e seguimos em direção a entrada shopping. Dulce estava incrivelmente feliz com aquele gesto, eu queria ver aquilo mais vezes. Fomos em direção ao cinema e enquanto pagava os ingressos da sessão, senti Dulce apertar minha mão mais forte. Percebi o que ela estava olhando e também fiquei com raiva.

— Oi, Dulcinha. Desfilando com seu pai de chifres. — Não deixei Dulce responder, pois a cortei antes.

— Oi, Perroni. Está procurando a próxima vítima pra agarrar ou a dignidade que ainda não achou? — Meu sangue estava fervendo. — Só para você saber, Dulce não tem par de chifres, Maite. A culpa não é minha e muito menos dela que você é uma louca desequilibrada. Por que não dá atenção para o Christian, já que ele precisa tentar abusar mulheres para ter prazer. Você não tá dando conta, né querida? — Ouvi uma risadinha baixa de minha esposa e saímos andando, ainda abraçados. Ela não ia estragar nossa noite.

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