Capitulo 58

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Christopher saiu de casa totalmente apreensivo, apesar de saber que não seria preso, ele não tinha a certeza de como reagiria às perguntas que o fariam. Com Dulce, a situação não era diferente, mesmo tendo dito ao marido que já estava mais calma, era inevitável para ela se sentir assim.

Chegando à delegacia, o loiro foi direto à sala do delegado afirmar o porquê de estar ali e pedir orientação do que deveria fazer, aguardou ali mas logo foi levado por outro policial para começar a falar.

– Bom, senhor Uckermann, precisaremos gravar seu depoimento por que isso servirá de evidência na hora do julgamento da Maite. Não há com o que se preocupar, Belinda entregou nos entregou as provas de que vocês foram realmente ameaçados, isso é apenas uma formalidade. – após ouvir isso, ele sentiu como se pudesse voltar a respirar novamente.

– Certo, policial. Podemos começar.

E assim, Christopher contou tudo que havia acontecido mesmo antes de ter se casado com Dulce, toda a história dos dois, como se casaram, o caso da boate, o quase estupro de Christian com sua amada e o beijo forçado que Maite o dera. Pode sair da delegacia assim que terminou todo seu depoimento, e claro, não deixou de ligar para a esposa na mesma hora, e assim que ela atendeu, percebeu o nervosismo em sua voz.

telefone on

Christopher:
– Oi, amor. Tudo bem?

Dulce:
– Chris, a Maite, me ligou.


Christopher:
– Como assim “ela te ligou?” Dul, eu não deveria ter te deixado sozinha.

Dulce:
– Ela disse que viria atrás de nós quando saísse da cadeia, Chris. Eu estou com medo. – nesse momento ele percebeu  que Dulce chorava muito, a esse ponto, ela já soluçava.


Christopher:
— Como ela te ligou?

Dulce:
Não sei, provavelmente usou a ligação que ela tinha por direito para fazer isso. Não aguento mais, Chris.

Christopher:
– Se acalma, Dul, eu não vou deixar ela fazer nada com a gente.

Dulce:
– Vem logo para casa, amor, por favor.


Christopher:
– Estou indo, pequena, pensa no nosso bebê, por favor, tenta se acalmar, chego logo.

Dulce:
– Vem logo, amor.


Christopher:
– Logo chego, te amo.

telefone off

Alguns longos minutos depois, Christopher chegou em casa, encontrando a esposa encolhida na cama, chorando desesperadamente. Ele tirou sua camisa e se deitou onde ela estava, a abraçando para que ela se acalmasse, mas Dulce chorava desesperadamente.

– Amor, eu estou aqui para te proteger, ela foi presa, ela não vai nos fazer nenhum mal.

– Chris, e se ela colocar as mãos no nosso filho, o que eu faço?

– Ela não vai, amor. – ele disse abraçando-a ainda mais forte.

Quando ela se acalmou, Christopher a olhou e viu os olhos da esposa inchados, ele passou o polegar em sua bochecha para limpar as lágrimas e beijou aquela região com todo amor que poderia transparecer.
Mais tarde, naquele dia, o casal resolveu chamar Poncho e Anahí para darem a notícia da gravidez e explicarem a situação da saúde de Dulce. O casal chegou e se acomodou na sala de estar, enquanto Christopher ia até a cozinha, ligar para Belinda, já que assim que saiu da delegacia, precisava dar a devida atenção à amada, e assim que desligou a chamada, se juntou à eles na sala.

– Agora que meu irmão voltou, vocês podem nos contar por que tanto suspense? O que está acontecendo?

– Eu estou grávida, Annie. – Anahí gritou assim que Dulce completou a frase, ela estava imensamente feliz por compartilhar sua gravidez com a melhor amiga.

– Calma, Anahí, nosso filho, amor.

– Ai, Poncho, ele está bem, não se preocupe, eu estou tão feliz por você, amiga.

– É sobre isso que queremos falar, Annie. – Christopher disse enquanto abraçava Dulce, que estava sentada no sofá.

– Não me assustem, vocês dois!

– Annie, minha gravidez é de extremo risco, tenho chances de não conseguir segurar nosso bebê.

– Meu Deus, Dul! O que houve? – Dulce detalhou para ela tudo que havia acontecido, como imaginou, a amiga não segurou as lágrimas, principalmente quando a ruiva contou sobre as injeções que teria que tomar.

– Annie, Dulce vai precisar parar de trabalhar, mas eu não, por enquanto pelo menos, mas eu preciso que vocês nos ajudem com uma coisa.

– Qualquer coisa, Christopher, estamos aqui pela minha priminha. – Dulce sorriu fraco e Poncho segurou em suas mãos. – estaremos com você, Dul, nosso afilhado vai nascer grande e forte, tenha certeza.

– Dulce precisa tomar as injeções todos os dias mas nem sempre eu estarei em casa, será que vocês podem nos ajudar?

– Ai, Dul, vamos passar o dia todo juntas, já que é assim. Eu senti falta da minha melhor amiga.

– Como assim, Anahí? Você parou de trabalhar?

– Sim! Desde que eu engravidei, resolvi diminuir o ritmo, aquele estúdio só me dá dor de cabeça.

– Bom, assim como o Christopher, eu ainda tenho que trabalhar, então vai ser ótimo vocês duas ficarem juntas aqui.

– Não sabem o peso das costas que me tiram, sério.

– Chris, eu faria qualquer coisa pela Dulce, ela é mais minha irmã do que você?

– Anahí! – Christopher a repreendeu, tirando gargalhadas de todos que estavam ali.

– Tem mais uma coisa, Maite foi presa hoje! – o casal arregalou os olhos na mesma hora, seria cômico se não houvesse a parte ruim. – Pois é, mas ela me ligou e me ameaçou, dizendo que viria atrás de mim e do nosso bebê.

– Eu vou acabar com a raça daquela maldita!

– Anahí, você está grávida também, se acalma. Nosso afilhado não precisa da mãe presa.

– Que ódio que eu estou sentindo, aquela baranga me paga por se meter com você, Dul.

– Annie, acredite, eu estou igual. Mas vamos deixar isso um pouco de lado, certo? Eu não posso me estressar e certamente não quero te ver mal.

Após essa longa conversa, a noite seguiu tranquila para todos que estavam ali. Poncho e Christopher conversaram sobre seus trabalhos, já Anahí e Dulce estavam totalmente imersas no mundo da maternidade, e para elas, era um sonho de infância sendo realizado, já que além de grávidas, elas passariam por isso juntas. Mais tarde, naquela noite, o casal resolveu partir para sua casa, deixando Dulce e Christopher sozinhos. Novamente, o telefone de Dulce tocou, mas dessa vez era Belinda, ela respirou fundo e atendeu, tinha esperanças de que seriam boas notícias.

telefone on

Belinda:
– Boa noite, Dul, desculpa atrapalhar vocês mas eu precisava te contar algo o mais rápido possível.

Dulce:
– Imagina, Bel, o que houve?

Belinda:
– Então...

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora