Capítulo 42

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Christopher Uckermann


Dulce estava muito nervosa e eu estava ficando preocupado com ela. Desde muito nova, ela luta com ansiedade, e situações assim só pioravam isso. Resolvemos sair de lá rapidamente para não sermos pegos. Fiquei conversando com minha esposa para distraí-la o máximo possível, ela parecia saber isso e entrou em minhas brincadeiras na mesma hora, estávamos todos descontraídos no carro quando olhei pelo retrovisor e vi Maite nos seguindo, apertei as mãos no volante na mesma hora.

- Christopher? – Belinda percebeu na mesma hora minha feição, ela também já tinha percebido.

- Eu vi, Bel, vou tentar despistar.

- O que foi, amor? – Dulce perguntou já olhando para trás e assim que viu Maite, arregalou os olhos – meu deus Chris, pisa fundo.

Comecei a acelerar mais ainda o carro, tentando cortar todos que estavam na minha frente. Resolvi mudar o caminho e entrar em algumas ruas aleatórias, com esperança que ela ficasse presa em algum semáforo no caminho. Dei mais algumas voltas com o carro mas ela estava persistente em nos seguir, então parei bruscamente o veículo e desci.

- Christopher, aonde você vai? – pude ouvir Dulce gritar e descer do carro.

- Dulce, entra no carro.

- Se você vai enfrentar ela, vai ser comigo do lado, eu não me perdoaria por te colocar em risco com uma pessoa dessas. – suspirei fundo apenas e assenti, sabia que nada a convenceria do contrário.

- Certo, mas fique aqui do meu lado. – coloquei a cabeça para dentro do carro para falar com os dois que estavam lá. – Bel e Du, fiquem aí dentro, se precisarmos de ajuda, eu aviso. – eles apenas concordaram e vi Eduardo abraçar Belinda, o que me agradou muito, conheço os dois e sei que dariam um bom casal.

Maite desceu do carro enquanto isso e permaneceu nos encarando, ela parecia furiosa e lançava um olhar de ódio para Dulce, que não se deixou abalar, felizmente minha mulher era forte mesmo não sabendo, e eu sentia muito orgulho disso nela.

- O que quer, Maite? Não tem o que fazer da vida e prefere nos seguir?

- Calma, amor. – eu disse sussurrando no ouvido de Dulce.

- Vou te responder, Mariazinha. O que você quer mandando essa mulher vir falar comigo? Perdeu totalmente a noção do perigo? Vocês não sabem do que sou capaz de fazer.

- Nós somos sim, querida. E acredite, não sei do que está falando. Essa mulher que está no carro com nós é minha prima, ela apenas pediu que nós fossemos buscá-la naquele lugar, ela está sem carro e está se mudando para a cidade com o namorado. – vi Dulce dar uns passos para frente, dessa vez não a impedi – olha, Maite, meu amor, eu quero que você suma da minha vida, que vá para a puta que pariu junto com Christian, não vou ficar indo atrás de você ou mandar gente ir, para descobrir algo. Já sei que você é suja e mais um pouco, está desesperada por dinheiro, agora para que, hein querida? Fiquei sabendo que você tem diversas empresas em seu nome, ou acha que Christian não me contou? Como se sente vendo que todos que estão à sua volta, te traem? – a esse ponto, Dulce estava frente a frente com a morena, que tinha uma cara de desespero.

- Como você sabe disso? Não é possível que Christian tenha te contado. – ouvi a risada sarcástica de Dulce e resolvi me aproximar delas, caso essa discussão ficasse intensa, pelo menos eu estaria por perto.

- Já disse que ele nos contou, seu império vai cair, aguarde que sua hora vai chegar. Olha só, nem Christian, que mantém um relacionamento estranho e duvidoso com você, hesitou em te virar as costas, viu o que acontece quando somos ruins? – Maite engoliu seco e seus olhos estavam cheios de lágrimas, senti que era meu momento de falar agora.

- Já chega, Perroni, nos deixe em paz, fomos fazer um favor à prima da Dulce, arrume o que fazer, até por que eu e minha esposa permaneceremos extremamente ocupados a noite toda, quem sabe você não arranja alguém para fazer o mesmo. – olhei para minha ruivinha agora, segurei em sua mão e lhe dei um selinho – vamos, amor?

- Vamos, já gastamos tempo demais com gente desnecessária. – ela disse olhando para minha mas logo se virou para a mulher em nossa frente – e você, nos deixe em paz. Te darei o dinheiro que quer até o fim da outra semana. Adeus fofinha.

Voltamos para dentro do carro de mãos dadas. Dulce estava suando frio, acredito que pelo nervosismo que insistia nela, mas apesar de tudo, ela foi incrível e acabou com Maite em pouco tempo.

- Dul, você está bem? – perguntei assim que entramos no veículo.

- Sim, não sabia que precisava falar isso tudo para essa filha da puta até eu falar. Obrigada por não me impedir.

- Eu sabia que iria me arrepender se fizesse isso, além do mais estava ali o tempo todo caso ela tentasse algo.

- Bom, isso deve deixá-la mais longe de nós por enquanto. Vamos embora daqui.

- Gente, vocês se importam de deixar eu e Eduardo em meu apartamento ou um pouco próximo? – Belinda nos perguntou com um certo receio.

- Claro que não, Bel. Te deixamos lá, mas e seu carro?

- Eu fui de uber até a casa de vocês.

- Tudo bem, então vamos.

Fomos conversando algumas coisas banais, o clima no carro já parecia muito mais leve após aquela situação toda, Maite havia seguido o caminho dela e não nos perseguiu mais, todos ficaram tranquilos com isso e agradecemos mentalmente. Deixamos Belinda e Eduardo no lugar combinado e seguimos para nossa casa, resolvi que faria algo especial para Dulce, tudo que ela anda passando não tem sido fácil, e além do mais ela merece. Entramos em nossa casa e ela suspirou exausta, disse que ia tomar um banho e se deitar, então comecei a pensar em como distrair minha pequena e deixá-la bem.

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