Capítulo 28

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Dulce Maria


Christopher andava tão amoroso e atencioso comigo, que eu até me sentia mal. Precisava conversar com Annie sobre isso, não sei o que fazer ainda mas não posso magoar meu homem.

Estava trabalhando normalmente quando meu celular tocou, era ele querendo que eu fosse até sua sala. Achei muito estranho já que durante o dia apenas nos falamos por mensagem, para não atrapalhar o outro. Chris me pediu para ir até sua sala e não exitei em ir, afinal deveria ser realmente importante. Chegando lá, tomei um banho de água fria quando vi Christian sentado em sua frente, entrei em estado de choque até que Christopher veio em minha direção e pegou
em minha mão. Sentei em sua cadeira e ele me virou em sua direção, respirei fundo até ele começar a falar.

— Dul, Christian veio pedir para que eu tirasse o processo contra ele. — Pisquei várias vezes indignada, e vi Christopher suspirar. — Ele disse que tem provas contra Maite que podem te ajudar.

— Que? — Arregalei os olhos e vi Christian começar a falar, então me virei para ele.

— Dulce, me perdoa pelo que te fiz, eu tava cego pela Maite, eu gosto dela mas ela é obcecada por você e por Christopher, isso me incomoda muito, eu tô cansado de ser o pau mandado dela, além de tudo aquele dia eu tinha bebido muito, não estava consciente, sei que não é justificativa, mas me perdoa?

— Pequena... — Voltei meu olhar para Christopher — Você não precisa tomar uma decisão agora, sei que isso não foi fácil para você, pensa com calma e...

— Chega! — Levantei e bati as mãos na mesa em minha frente — Você quase acaba com a minha vida e quer que eu te perdoe, Christian?Ainda acha mesmo que eu vou ser capaz de confiar em você depois daquilo?

— Eu sei que errei, Dulce. Mas você pode confiar em mim!

— O que você acha disso, Christopher?

— Não sei, Dul. Sinceramente, acho que você tem que decidir o que quer fazer. — Ele se levantou e segurou meu rosto com as duas mãos — Mas, saiba que, independente do que for eu estou aqui pra você, estou do seu lado para tudo, ta bom? — Assenti e Christopher me deu um selinho demorado nos lábios.

Essa não era uma decisão fácil para mim, afinal, nunca tinha sentido tanto medo na minha vida como aquele dia, e isso tudo foi causado por Christian e Maite, eu queria que eles me pagassem e sofressem, como eu sofri quando vi ela agarrar meu marido, ou quando ele tentou abusar de mim.

— Eu vou pensar, Christian. Isso não é fácil, eu não confio em você e tudo que você e aquela víbora fizeram me deixou muito mal de verdade.

— Não te culpo, Dulce. Vim pedir na paz para Christopher retirar o processo justamente por que estou cansado na Maite mandar e desmandar em mim, com esse processo, vou ter que parar de praticar direito e não quero isso, não tenho mais o que fazer.

— E como eu vou fazer para confiar em você?

— Eu disse à Christopher que daria algumas provas antes e vou cumprir minha palavra.

— Não sei não, Christian. Vou pensar porque sinceramente essa é uma decisão muito difícil. — Respirei fundo — Pode me deixar sozinha com meu marido, por favor?

— Claro, já vou indo. Por favor pensa bem! — Assenti e o vi sair da sala.

— Chris, o que eu faço? Sei que isso pode ser bom mas ele me deixou muito mal aquele dia, você sabe, você viu como eu fiquei.

— Eu sei, Dul. Por isso te pedi para vir aqui para decidir isso, não cabe a mim. Podemos esperar ele nos entregar algum documento, talvez uma prova que não tenhamos visto ainda, aí decidimos o que fazemos. Mas, não quero que faça nada que te deixe desconfortável, pequena, se não está bem com isso, não retiramos o processo.

— Eu vou pensar, preciso ir, preciso de um tempo sozinha para pensar em tudo isso. Posso usar o carro? Você pode ir embora de uber? — Vi ele respirar fundo e passar as mãos no cabelo.

— Tudo bem, mas por favor não faça nenhuma besteira, eu morreria se soubesse que algo acontecesse com você. — Apenas assenti, peguei a chave do carro e sai da sala dele.

Subi até minha sala para pegar minha bolsa e pedi para Angie cancelar todos os meus compromissos do dia, eu não voltaria ali hoje de jeito nenhum. Resolvi que não podia mais esperar para colocar meu plano com Annie em ação, então peguei meu celular e lhe enviei uma mensagem:

Dulce:
Annie, tem que ser hoje.

Annie:
Mas por que, Dul?


Dulce:
Me encontra no nosso lugar de sempre em 10 minutos, de hoje não pode passar!

Desci até o estacionamento e segui até um mirante. Annie e eu usávamos esse lugar como um ponto de fuga nosso, ninguém sabia que vinhamos aqui quando queremos fugir, e como é pouco frequentado, batizamos ele como "nosso". Eu tremia tanto durante o trajeto que foi necessário tomar um calmante, para tentar ficar bem, espero que nada saia errado.

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