Dulce Maria
O horário de almoço chegou e Anahí já estava me esperando no térreo do edifício. Fomos caminhando até o primeiro restaurante de fast food que tinha ali naquela avenida, eu estava morrendo de vontade e sabia que Annie não recusava também.Assim que chegamos, fizemos nosso pedido e sentamos numa mesa. Começamos a conversar sobre assuntos banais, Anahí me contava de um jeito empolgado sobre sua primeira consulta na obstetra, seus olhos brilhavam com isso, e eu estava incrivelmente feliz por minha melhor amiga.
— Por que você e o Christopher não foram lá em casa ontem, Dul? — suspirei longamente, não queria retomar esse assunto mas Anahí não sabia de nada, eu mandei uma mensagem a ela ontem dizendo que não passaria em sua casa e não respondi mais nada.
— Nós brigamos, feio dessa vez.
— Mas por que? Vocês estavam no maior amor naquele chalé.
— Realmente estávamos, mas Christopher agiu pelas minhas costas, ele pagou a Maite sem me avisar nada, além disso ele jogou na minha cara que nosso casamento não foi por amor e sim para ele me ajudar nesse rolo todo. — Anahí estava de olhos arregalados e levemente estática, acredito eu que nem ela mesma esperava aquilo de seu irmão.
— Meu irmão é um idiota mesmo, puta merda. Dul, você sabe que ele não quis dizer isso, né?
— Sim, nos acertamos já, mas não deixei de ficar magoada com isso, eu o amo tanto que dói em mim, não esperava isso dele.
— Sei como é, mas isso vai passar. Christopher te ama, nunca o vi assim com ninguém.
— Rodrigo me disse a mesma coisa.
— O que? O Rodrigo? Dulce Maria, você foi se encontrar com ele? Perdeu o juízo?
— Calma, Herrera, não fui me encontrar com ele, eu estava em um parque no Brooklin e ele veio falar comigo, se desculpar, acabei desabafando sobre isso e ele me ajudou a deixar o orgulho de lado, depois fui até a casa dos meus pais e eles me aconselharam o mesmo.
— Certo, Uckermann, e agora está tudo bem entre vocês?
— Sim. Anahí, você sabe que eu não sou uma "Uckermann", não peguei o sobrenome do Chris.
— Mas devia, vocês são estranhos, são casados, não fizeram lua de mel e nem o sobrenome compartilham.
— Eu nunca parei para pensar nisso, mas acredito que, apesar de não termos falado sobre, seria mais fácil na hora do divórcio, já que nosso casamento realmente não foi por amor.
— Dulce, deixa disso. Eu duvido que você e Christopher vão se separar, vocês nasceram um para o outro.
— Não sei não, Annie. — aquela conversa me machucada muito então resolvi mudar de assunto — O que está me preocupando nesse momento é o fato de que Christopher pagou Maite, a polícia ia prendê-la essa semana, estou com medo de ele se dar mal de alguma forma por causa disso, querendo ou não a polícia vai descobrir, e se ele parecer como cúmplice dela?
— Isso não vai acontecer, você se esqueceu que meu irmão é advogado, ele não faria algo que o incriminasse. Fica tranquila, Dul, ele é esperto, vai ficar tudo bem.
— Tomara que fique. — suspirei longamente e terminamos de comer em silêncio.
No caminho de volta, Annie começou a falar sobre os preparativos para o chá de bebê, ela descobriria o sexo em breve, e queria revelar de uma maneira especial para os mais próximos. Ela estava totalmente empolgada com a chegada de seu filho, e eu também, afinal serei a madrinha e isso é quase ser uma segunda mãe para a criança.
Nos despedimos e voltei para meu trabalho, estava completamente atolada de coisas para fazer, me esforçava para me concentrar mas não estava fácil. Algum tempo depois, comecei a sentir uma tontura muito forte e uma dor de cabeça sem igual, então pedi a Angel um remédio para dor, não conseguiria fazer nada desse jeito.
— Dulce, você está pálida. Tem certeza que é só dor de cabeça? — Angel disse assim que entrou em minha sala.
— Estou bem, obrigada pelo remédio. — sorri meio fraco para ela.
— Se precisar de mim, me fale. Quer que eu avise o Christopher?
— Não precisa, logo vai passar, se você o avisar, ele vai fazer uma tempestade em copo d'água.
— Mas se você não melhorar, vou avisá-lo, Dul. Assim você pode ir para casa e descansar.
— Eu te aviso se piorar, obrigada, Angie. — assim ela assentiu e saiu da minha sala.
Tomei aquele remédio e tentei me concentrar nas matérias que precisava de aprovação. O mal estar estava cada vez pior, talvez aquele lanche que eu havia comido na hora do almoço, não tenha sido muito bem aceito pelo meu corpo. Sai correndo e fui para meu banheiro colocar tudo para fora, não estava mais aguentando segurar aquilo. Senti uma mão em minhas costas, e logo segurando meu cabelo, enquanto estava debruçada no vaso sanitário.
— O que você tem, pequena? — Olhei para trás e vi Christopher me olhando preocupado.
— Deve ter sido algo que eu comi, minha cabeça está doendo muito. O que você está fazendo aqui? A Angel te avisou que eu estava mal?
— Não, eu vim conversar com você, senti saudades, tive um tempinho livre e resolvi subir aqui. Ela deveria ter me avisado.
— Eu pedi a ela não te avisar, não queria te preocupar, eu estou bem. — me levantei do chão e senti uma fraqueza na mesma hora.
— Não deveria ter feito isso, Dul, você mal está parando em pé. Vamos para casa, vou cuidar de você.
— Eu não posso ir para casa, Chris, estou cheia de trabalho.
— Você não vai ficar aqui, Dulce Maria, não seja teimosa. Deveríamos ir para o hospital, na verdade.
— Então vamos, mas eu vou levar algumas coisas para fazer no escritório de casa.
— Só após descansar, vamos.
Enxaguei minha boca, peguei minhas coisas e saí do escritório com Christopher. Pedi a Angel para cancelar meus compromissos do dia e a dispensei, eu realmente não estava bem, talvez toda aquela situação com Maite estivesse realmente piorando minha saúde, eu me sentia fraca mas não deixaria isso transparecer para ninguém.
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Te Daría Todo
Fanfiction+18 | Finalizada | Melhores amigos desde a infância, Dulce Maria sempre foi apaixonada em segredo por Christopher Uckermann. Ele, vendo o desespero financeiro da amiga com seu famoso jornal, se propõe a casar com ela para unir seus interesses. Como...