Capítulo 41

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Belinda


Eu estava extremamente nervosa com todo esse plano mas sei que seria a chance de Dulce conseguir se livrar daquela mulher, então eu não poderia deixar de tentar.

- Bel, vamos?

- Vamos.

- Amiga, sei que está nervosa, mas estaremos com você. Christopher chamou um conhecido dele que é segurança, eles estão conversando e nos esperando lá fora, vai ficar tudo bem.

- Estou um pouquinho nervosa, Dul, mas é inevitável, sei que a Maite é capaz de tudo mas estou confiante, vamos pegar ela de vez, ela vai nos deixar em paz.

- Eu nunca vou conseguir te agradecer o suficiente por me ajudar nisso.

- Dulce, além de minha chefe, somos amigas, é claro que eu faria isso por você! - ela nada respondeu, apenas me abraçou. Logo em seguida, Christopher entrou nos chamando para irmos, antes que o horário de Maite terminasse.

- Bel, esse é o Eduardo, ele é segurança mas vai com você como se fosse seu namorado, ok? - apenas assenti e entramos no carro, esperava que tudo desse certo apenas.

Chegando ao banco, Dulce colocou um gravador em minha bolsa e pediu para que, após eu passasse a porta giratória, deixasse minha bolsa aberta, e assim fiz. Entrei e peguei uma senha para falar com ela, alegando que precisava de um empréstimo, abri minha bolsa e conferi o gravador, aproveitei também para ligar para Dulce.

telefone on

Dulce
"Oi, Bel"

Belinda
"Já entrei, Dul, estou esperando chamar minha senha"

Dulce
"Beleza, estaremos ouvindo tudo, Eduardo está ao seu lado né?"

Belinda
"Sim, não se preocupe."

Dulce
"ok"

Fiquei aguardando até minha hora de ser chamada, parecia uma eternidade. Eduardo viu meu nervosismo e tentou me acalmar a todo momento afinal a gente tinha que demonstrar afeto, já que éramos "namorados".

Nossa vez chegou e fomos em direção à mesa dela. Maite estava sentada em sua mesa concentrada em alguns papéis, ela era linda mas totalmente prepotente, o que estragava toda sua beleza.

Conversamos com ela e observei atentamente seus movimentos, felizmente eu havia estudado sobre linguagem corporal e pude notar o quanto ela estava nervosa, aparentava preocupada com alguma coisa, como se tivesse tensa.

Expliquei a ela que precisava de um empréstimo para financiar uma casa, que mudaria com meu namorado, e ela acreditou. Me mostrou o contrato deles com as condições e posso dizer o quanto ela já me parecia suspeito, primeiro que tentou me induzir a assinar o contrato sem ler, dizendo que não havia com o que eu me preocupar, segundo que ela suava, suas mãos estavam trêmulas e estava visivelmente nervosa, como se precisasse fechar aquele contrato.

Continuei normalmente a conversa e a expliquei que precisaria pensar melhor antes de tomar qualquer decisão, e ela acreditou mas me deu um prazo curtíssimo para resolver, já que eu teria, na teoria, os dois dias do fim de semana, então ela queria minha resposta para segunda.

Sai do banco com toda a documentação em mãos e fui direto para o carro de Dulce com Eduardo, minha cabeça estava um turbilhão, Maite manipulava com muita facilidade, aquilo era baixo demais. Entrei no carro e percebi que o casal estava nervoso, Christopher estava chacoalhando as pernas sem parar, e Dulce torcendo os dedos como sempre fazia.

- Como foi, Bel? - Dulce estava visivelmente ansiosa, estava me preocupando.

- Calma, Dul, você está muito nervosa. - Christopher disse pegando nas mãos dela.

- Maite está visivelmente preocupada com alguma coisa, ela está extremamente nervosa e ansiosa, tentou me pressionar para assinar logo o contrato e não queria que eu lesse ele. Disse que eu teria até segunda para assinar a proposta de empréstimo.

- Como assim ela está "visivelmente preocupada"?

- Lembra quando eu te contei que estava lendo um livro sobre linguagem corporal, logo que entrei para o caderno de Polícia do jornal? - ela assentiu - então, felizmente eu consegui ler muito bem a Maite, ela está desesperada por dinheiro e creio que pelo que ela me dizia, tem algo de errado com esse contrato dela.

- Me deixa ficar com esse contrato, Bel? Quero estudar ele, ler com toda atenção do mundo.

- Claro, Ucker, aqui está. Eu ia pedir para você ler mesmo, ela não está bem, gente.

- Bom, é melhor sairmos daqui, né? - Dulce disse ainda com a voz trêmula.

- Vamos! Amor, você vai tomar um calmante assim que chegarmos.

- Eu estou bem, Chris.

- Dulce, Christopher está certo, amiga. Você está muito nervosa.

- Tudo bem, só vamos para casa, por favor.

Assim seguimos em direção à casa de Dulce e Christopher. Ela parecia estar mais calma, já que Ucker estava tentando acalma-lá o máximo possível com conversas descontraídas. Estava conversando com Eduardo normalmente, ele era muito gente boa e bonito, talvez seria uma boa nos conhecermos melhor, até que vi Christopher com uma expressão preocupada em seu rosto, olhei para trás e estávamos sendo seguidos por Maite, com dois caras no carro. Droga, tudo vai por água baixo agora.

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volteeeeeeeeei! 💙

um capítulo mais curtinho com um pov diferente! votem e comentem

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora