Capítulo 63

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Dulce Maria


Após longas dez horas de viagem, finalmente aterrissamos em Veneza. Sempre foi meu sonho conhecer a Itália, mas nunca imaginei que o homem que eu amava me traria até aqui em uma lua de mel. Assim que saímos do aeroporto com nossas malas, já havia um carro nos esperando na porta, para nos levar ao hotel, que não era muito longe dali, segundo Christopher.

Chegamos, fizemos nosso check in e subimos. Christopher havia reservado o quarto mais caro do hotel, eu não via necessidade alguma disso, só de estar ali, com ele, tudo já valia. Assim que adentramos, pude notar o porquê de tantos mistérios da parte dele. A suíte era enorme, havia uma sala com uma enorme televisão ali e quando entrei no quarto vi luzes amarelas penduradas no teto, alguns girassóis em cima cama, formando um coração, e no centro dele, uma caixinha de veludo.

— Chris, o que é isso tudo? — só quando me virei percebi que ele estava encostado no batente da porta, com os olhos cheios de lágrimas, e a esse ponto, eu não estava diferente. Ele veio em minha direção, pegou a caixinha que estava em cima da cama e se aproximou de mim, segurou minha mão e me olhou no fundo dos olhos.

— Dul, durante muito tempo, eu tentei evitar esse sentimento que crescia dentro de mim, mas a verdade, é que ele existe desde que nos conhecemos. Lembra como eu ficava irritado com seus namorados? Isso não era atoa, eu sabia que nenhum deles servia para você, pode parecer egoísmo, mas eu sei que eu fui feito para você, assim como você foi feita para mim. — eu já chorava muito e sentia minhas mãos tremendo de nervoso. — Hoje, Dul, eu quero que você saiba todo o amor que eu sinto por você, ele é do tipo mais puro e intocável que você possa imaginar. — ele pegou na minha mão esquerda e abriu a pequena caixinha, que continha um anel dentro. — aceita se casar comigo de novo? Um ano depois do nosso primeiro casamento, e dessa vez, aqui na Itália?

— Christopher, você vai acabar comigo, é claro que eu aceito, meu amor. Eu te amo tanto, Chris.

— Eu te amo, pequena. — ele colocou fino anel de diamante em meu dedo, beijou aquela região e logo beijou meus lábios, um beijo apaixonado que me fez gemer em sua boca, Christopher me fazia perder a cabeça rapidamente, independente de quantas vezes nós nos beijassemos.

Ele abriu um champanhe e ali celebramos nosso amor, olhando a vista de Veneza da janela do nosso quarto. Eu me sentia finalmente completa, como se nada pudesse me tirar a paz.

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos andar pelas ruas da cidade. Além de querer ver tudo, eu estava muito animada para experimentar os mais diversos tipos de comida ali, já que a italiana era a melhor.

— Chris, você disse que íamos nos casar aqui, certo?

— Sim, pequena.

— Como? E quando?

— Eu trouxe um lindo vestido para você, não se preocupe com tradições de que "noivo não podem ver o vestido da noiva", eu não vi, quem me ajudou a escolher e guardar ele foi Anahí. E, nós vamos nos casar nessa capela. — Christopher e entramos no lugar e eu sorri emocionada, o lugar era lindo, e já estava decorado para um casamento.

— Que lugar lindo, amor. E quando?

— Bom você perguntar, temos duas horas até nosso casamento. — Arregalei meus olhos e o fitei.

— Christopher, você é maluco? Por que não me contou? Vamos ter que voltar ao hotel para nos arrumarmos.

— Nada disso, meu amor. Enquanto você tomava banho mais cedo, eu pedi para trazerem nossas coisas para cá. Então, sei que nossa família e muito importante para nós dois, por isso, eles irão assistir tudo simultaneamente, mesmo que a ideia inicial fosse apenas nós dois, mas Anahí me mataria se perdesse isso. — eu estava maravilhada com tudo que ele havia planejado, não podia acreditar em tudo isso que estava acontecendo, parecia um sonho.

— Você é o melhor marido que existe, Chris. Obrigada por isso, eu amo você. — ele sorriu e grudou nossos lábios em um beijo apaixonado.

— Você é o amor da minha vida, Dul, não se esqueça nunca. Agora vamos, precisamos nos casar de novo, mulher.

Entramos na capela e fomos em direção à umas salas no fundo. Christopher havia realmente pensado em tudo, já que ali tinha  uma maquiadora e uma cabelereira para me auxiliar, fui até a mala que estava ali e peguei o vestido de seda, branco cintilante, de alças finas, extremamente delicado, sabia que aquilo havia sido obra de Anahí, não poderia deixar de agradece-la depois. Pedi uma maquiagem leve em meu rosto e meus cabelos vermelhos soltos em ondas, e logo, eu estava pronta.

Senti minhas mãos tremerem ao entrar naquela capela, eu segurava um único girassol, e caminhava lentamente. Christopher me esperava no altar com um sorriso bobo e lágrimas em seu rosto, isso foi o suficiente para eu chorar também. A cerimônia ocorreu tranquila, tirando a emoção que nós sentíamos. Meus pais, Alexandra, Anahí e Poncho estavam assistindo tudo pela câmera, e eu podia ver minha mãe e minha melhor amiga chorarem bastante.

Ao fim da cerimônia, nós saímos da capela é fomos almoçar, vestidos naqueles trajes mesmo, eu estava tão feliz, que só ele me importava. Comemos e logo voltamos para o hotel, passamos na recepção para pegar nossas coisas que ficaram na capela (até isso ele pensou, eu fiquei impressionada), e subimos.

Assim que entramos, Christopher capturou minha boca num beijo sedento, parecia que fazia anos que não nos tocávamos, mesmo sendo clichê. Ele me pressionou na parede e desceu os beijos por meu pescoço. Tirei suas roupas rapidamente e logo estávamos os dois nus, nos beijando loucamente. Estávamos com tanto fogo, que não tinha condições de chegarmos na cama, então Christopher me colocou em cima da mesa e penetrou em mim, me arrancando um gemido alto, enquanto eu levava minha cabeça para trás. Ele falava algumas palavras sujas em meu ouvido, e eu arranhava suas costas e marcava seu corpo com chupões. Senti meu ventre revirar e levei o polegar em meu clitóris, fazendo uma leve pressão ali, me atingindo com um orgasmo arrebatador, e logo em seguida, senti meu marido se derramar dentro de mim.

— Uau, Chris, isso foi incrível, se eu não estivesse cansada por causa da sua filha aqui, nós com certeza repetiriamos isso. — eu disse a ele enquanto ainda estávamos conectados e abraçados. Ele riu e deu um beijo em minha testa.

— Você é a melhor. — ele se abaixou e ficou na altura da minha barriga. — Oi, amor do papai, divide um pouco da energia da mamãe comigo.

— Chris, ela chutou, amor! Fala com ela, meu bem! — ele colocou a mão carinhosamente em meu ventre e continuou a falar.

— A mamãe e o papai já ama muito você, minha princesa. Mal podemos esperar para te pegar no colo e brincamos com você. — Christopher olhava para minha barriga com tanta ternura e tanto amor, que em pouco tempo, eu estava em lágrimas já, ultimamente tudo me deixava emocionada. — O que foi, Dul?

— O jeito que você fala com ela, com tanto amor, foi inevitável não chorar, eu amo muito vocês! — ele se levantou e me deu um beijo.

— Bom, nós te amamos, mamãe. — disse com voz de bebê, me fazendo rir. — Agora vamos, eu vou dar um banho em você.

Christopher me pegou no colo e fomos para o banheiro. Tomamos um banho totalmente sem malícia, nossa pequena se agitava em minha barriga cada vez que ouvia a voz do pai, aquilo me encheu de alegria. Logo, saímos dali e deitamos para descansar, aquele sim era o começo de nossas vidas.

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora