Capítulo 25

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Dulce Maria

Eu estava tão feliz pelo gesto de Christopher, que nem Maite conseguiu estragar nossa noite. Nem nos meus melhores sonhos eu poderia imaginar que nós estaríamos em um encontro, mesmo estando casada com ele.

Depois que Chris deu aquela resposta atravessada em Maite, nós fomos em direção à nossa sala de cinema. Escolhemos um filme de comédia, já que eu não gostava de terror como ele, e também não queria ver nada romântico.

Sentamos em nossos assentos e pude ver Christopher erguer o apoio de braços e me levar para mais perto dele. Aquilo me fez sorrir largamente, sentia que poderia explodir de felicidade, então ergui meu rosto e dei um beijo em sua boca, pude sentir ele sorrir durante nosso beijo, fazendo meu coração disparar.

Ficamos abraçados durante todo o filme, vez ou outra sentia ele cheirar meu cabelo, e eu me acomodava mais ainda em seus braços, nunca me senti tão bem. Quando a sessão acabou, saímos da sala e resolvi ir ao banheiro, senti alguém me seguindo mas não dei importância. Ergui minha cabeça para olhar o espelho e me assustei quando vi ela atrás de mim.

— O que você quer, Maite? Está obcecada por mim, estou começando achar que você está apaixonada por mim. — Falei num tom de deboche, ela não ia estragar minha noite.

— Não, querida. Só vim te alertar, logo seu maridinho vai cansar de você. Ele pode ter te dito que eu o beijei a força, mas ele retribuiu, fique com o título de corna enquanto eu tiro tudo de você.

— Ai, Perroni. Você é tão ingênua. Acha mesmo que eu vou acreditar em você e não em meu marido? Esqueceu que antes de casarmos, fomos melhores amigos. Maite, querida, eu conheço Christopher com a palma da minha mão, sei quando ele está mentindo. Deveria ser mais esperta, linda. — Sai do banheiro com um sorriso vitorioso, ela realmente não ia me colocar para baixo.

Encontrei Christopher encostado na parede me esperando do lado de fora, nosso olhares se encontraram e ele sorriu largamente. Dei um rápido selinho nele e saímos dali.

— Tá tudo bem?

— Sim, Maite estava no banheiro, acho que ela está me seguindo. Ela tentou me colocar contra você, fazer eu acreditar nela...

— Dul, você não caiu na conversa dela, né?

— Claro que não, Chris! Eu acredito e confio cegamente em você. — Vi ele sorrir, mas senti seus músculos ficaram tensos, não devia ser nada então apenas ignorei.

— Então vamos, nosso encontro ainda não acabou, meu bem. — Não consegui responder nada além de um sorriso sincero.

Fomos em direção à saída e eu já não estava entendendo mais nada, mas confiava nele, sabia que ele não me decepcionaria. Entramos no carro e seguimos por um caminho que eu não estava familiarizada, mas resolvi não falar nada.

Chegamos em um restaurante japonês que eu nunca tinha frequentado. Era extremamente lindo, havia um caminho de flores de cerejeira pelo chão, muito romântico. Vi Christopher falar com um garçom, pois ele havia reservado uma mesa mais escondida para nós. Sentamos e preferimos pedir apenas entradas de início, para conversarmos.

— Chris, você já tinha planejado isso tudo?

— Na verdade, eu fiz a reserva quando você foi ao banheiro, ali que eu tive a ideia. — Sorri largamente, nunca esperaria um gesto romântico desses vindo dele.

— Bom, eu amei tudo isso que você fez.

— Fico feliz que tenha gostado, pequena. Você merece muito mais.

— Nossa, meu marido está tão romântico, o que está acontecendo? — Falei em tom de brincadeira, mas vi seu rosto se fechar, aquilo me deu uma ponta de preocupação.

— Eu preciso te contar uma coisa, Dul. E preciso, acima de tudo, que você me entenda. — Tava bom demais para ser verdade.

– O que foi que você fez, Christopher Von Uckermann? – Eu realmente já estava brava.

– Calma, Dul. O que acha de comermos primeiro e depois conversamos? Sei que está com fome e sei também que sua raiva aumenta de estomago vazio. – Droga, ele estava certo. Suspirei tentando controlar meu ódio. Tarde demais.

– Tá bom, Christopher, faremos assim. Saiba que minha felicidade foi toda embora agora.

– Dulce Maria, sem drama, você só está com fome.

Christopher chamou o garçom novamente e fizemos nosso pedido. Resolvemos pedir um prato para duas pessoas, já que comemos de tudo. Ele tentou me distrair durante todo o jantar e confesso que algumas vezes ele realmente tinha conseguido, Christopher tem muita lábia, foi desse jeito que ele conseguiu transar com o colégio inteiro, ele era um galinha e sentia um medo constante de ser traída. Sei que quando resolvemos casar, fizemos uma promessa de sermos sempre leais e honestos, mas cá estou, sentindo um medo fora do normal do que ele possa me dizer. Ele planejou essa noite só para isso? Não passou de uma farsa? Acho que agora minha raiva aumentou mais ainda.

– Chega de enrolação, Uckermann! O que você está me escondendo? – Vi meu marido suspirar longamente e passar as mãos no cabelo, ele estava nervoso.

– Dul, me promete que não vai ficar brava?

– Christopher, eu já estou brava, vamos, o que aconteceu?

– Eu menti para você. – Arregalei os olhos, como assim ele mentiu para mim?

– O que? O que você fez?

– Eu te disse que queria manter as coisas com Maite e Christian na Justiça mas... – Ele ergueu seu olhar para mim
– eu e Poncho – ele tragou a saliva – queremos encurralar ele. Dul, por favor me entenda, eu to puto com isso, ele tocou em você e aquilo me ferveu o sangue...

– Christopher, eu... – Ele me interrompeu.

– Eu sei, você odeia brigas, mas eu não vou conseguir descansar enquanto não fizer isso. E nós planejávamos nem contar nada para você e Annie, sabemos que vocês não concordariam, mas eu to cego de ódio, Maria. Te contei porque isso estava me consumindo, sei que se fosse ao contrário, eu odiaria que você escondesse algo de mim. – Ai não. – Por favor, Dul, não me odeie, e nem me faça desistir disso, só de lembrar do que aconteceu, meu sangue ferve.

Eu estava totalmente em choque com tudo que Chris tinha me falado. Minha insegurança me dizia que ele havia me traído, eu nunca estive tão enganada em toda minha vida. Ele queria me proteger, se vingar por algo que tinha acontecido comigo, e eu escondendo o mesmo dele, ele iria me matar, puta merda, eu estava fodida.

– Chris... – Segurei em sua mão e olhei fundo em seus olhos.

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votem e comentem bastante que mais tarde eu volto.

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora