Capítulo 60

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Christopher Uckermann


Três meses depois...

Após a prisão e a morte da Maite, posso dizer que eu e Dulce estamos cada dia melhor. A um mês atrás, Dulce teve alta do seu repouso absoluto e quis voltar a trabalhar, já que o jornal dela era falado em todos os lugares, e já era considerado um grande êxito do ano por ter desmascarado a Perroni, mas mesmo assim, ainda tinha que ter as injeções aplicadas diariamente em seu braço, algo que era doloroso para nós dois mas sabíamos que seria um esforço necessário e que mais tarde, compensaria.

Hoje temos uma consulta na obstetra e tentaríamos descobrir novamente o sexo do nosso bebê, já que dá última vez ele não colaborou. Apesar de Dulce ter absoluta certeza de que é uma menina, nós queremos ter a certeza para fazermos uma surpresa à nossos amigos. Aliás, minha irmã já está no sexto mês de gestação, e a um mês atrás, descobrimos que ela daria a luz à um menino e que se chamaria Victor, em homenagem à nosso pai.

Chegamos ao consultório e percebi que minha esposa estava nervosa, seus dedos se contorciam e suas pernas tremiam. Dulce estava com pouco mais de quatro meses de gravidez, sua barriga era quase imperceptível e só era possível perceber quando ela usava roupas bem justas.

— Chris, eu estou tão ansiosa.

— Eu também estou, amor, mas se acalma ou vai acabar com todos seus dedos. — eu disse segurando uma de suas mãos.

Aguardamos mais alguns minutos ali na recepção até que fomos chamados para a sala da médica. Eu gostaria muito de dizer que estava tranquilo, mas a verdade era que meu coração estava quase saindo pela boca, mesmo que eu não pudesse transparecer isso. Entramos no consultório e Dulce já foi direto trocar de roupa, e assim que ela voltou, já se deitou na maca para começar os procedimentos.

— Bom, Dulce, você está tomando as vitaminas que eu te receitei?

— Todas elas, doutora. Até mudei a minha alimentação.

— Muito bem, e está mais calma? Sem passar tanto estresse?

— Estou, depois do que aconteceu, parece que um peso foi tirado das nossas costas. — segurei uma de suas mãos e depositei um beijo ali, em forma de apoio, ela me olhou e sorriu lindamente.

— Bom, então vamos começar o exame, o papai parece estar bem ansioso para isso.

— Não tem ideia de como, doutora. — assim, a médica começou a passar o gel na barriga de Dulce e a imagem foi se formando na pequena tela

— Parabéns, vocês serão pais de uma linda menininha.

— Uma menininha, Chris. — Dulce falou em lágrimas e eu não pude conter minha emoção, acabei chorando junto a ela, lhe dei um beijo na testa e acareciei seu rosto.

— Ela está bem, doutora? — Eu realmente me preocupava com a saúde das duas.

— Completamente saudável, não se preocupem. Dulce, eu vou te pedir para continuar com as injeções apenas por precaução, mas veremos se em duas semanas já podemos acabar com isso. Já pode voltar com sua vida normal, sem restrições, só não pare com as vitaminas.

— Tudo bem, doutora! Não sabe o quanto me alivia isso.

— Eu imagino, mas vocês se cuidam e isso é o mais importante. Continue com a alimentação boa também, não tem problema de vez em quando deslizar, mas como você teve uma anemia muito forte, todos os nutrientes são necessários para que ela nasça grande e forte.

— Pode deixar que eu vou fazê-la comer de tudo sempre.

— Isso mesmo, Christopher! Dulce precisa do apoio de todos, mesmo que a nenê esteja bem, ela ainda precisa de cuidados.

Ficamos ali ouvindo mais algumas recomendações da médica mas eu mal conseguia me concentrar. Ser pai já era algo que me deixava extremamente feliz, mas ser pai de uma menina era meu maior sonho, ainda mais da mulher que eu amo. Fiquei observando minha bebê pela tela e via Dulce conversando atentamente com a doutora, até que ela se levantou para colocar suas roupas novamente, a consulta havia terminado.

— Doutora, agora que Dulce não está aqui, preciso perguntar uma coisinha.

— Claro, Christopher, do que se trata?

— Dulce pode viajar? Quer dizer, fazer longas viagens? Estou planejando mas preciso da liberação dela antes, a saúde delas vêm em primeiro lugar.

— Pode, sem problemas, é até melhor que seja nesse período, Dulce está muito bem e a filha de vocês está super saudável, não vejo o por quê de não liberar.

— Obrigado, doutora.

Logo, Dulce saiu do banheiro e nós fomos em direção ao shopping. Minha esposa estava animada com a notícia e eu não estava atrás, então resolvemos comprar algumas coisas do enxoval dela, já que o quarto estava apenas pintado, mas sem nenhum móvel.

Entramos em uma loja de bebês e posso dizer que ficamos facinados com cada detalhe ali. Tínhamos combinado de comprar apenas os móveis do quartinho, mas em cada canto que eu batia o olho, tinha alguma coisa que eu precisava levar, isso incluía roupinhas, brinquedos, sapatinhos, etc, e por fim, resolvemos levar os móveis em tonalidade branca, já que as paredes eram cinza claro, o enxoval nas cores rosa e lilás, algumas roupas e alguns brinquedos.

Quando terminamos as compras, levamos as sacolas para o carro e fomos em direção à praça de alimentação, já que Dulce estava reclamando de fome e vontade de comer fast food, e eu com toda certeza, faria o que ela queria. Fiz nossos pedidos, peguei nosso almoço e sentei em frente à ela, que já tinha começado a comer.

— Dul, quando você quer contar à nossa família sobre o sexo?

— Podemos fazer um chá revelação, o que acha? Aproveitamos e convidamos Annie e Poncho oficialmente para serem os padrinhos.

— Eu acho perfeito, já tem ideia de nome para ela?

— Já, alguns, mas são tantas opções que me deixam confusa.

— Confesso que eu também, mas nós podemos decidir entre alguns, e quando vermos o rostinho dela, escolhemos. — Dulce abriu um lindo sorriso e vi seus olhos brilharem, senti meu coração perder uma batida nesse momento, eu era extremamente apaixonado pela minha mulher.

— Chris, que ideia incrível. Quando chegarmos em casa, nós podemos ver nossas opções de nome.

— Claro que sim, pequena.

Terminamos nossas refeições e continuamos a andar mais um pouco pelo shopping. Compramos mais algumas coisas tanto para nós quanto para nossa pequena e nosso afilhado, e logo fomos para casa, esse tinha sido um dia cheio e Dulce estava cansada, e eu, ansioso pelo que faria a seguir.

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora