Capítulo 59

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Maite Perroni


Eu estava presa a dois dias já e me sentia sufocada nesse lugar. Sempre fui uma pessoa livre, gostava da minha privacidade, até por que minha mente não parava, e agora eu estava em uma cela, presa, com uma colega de quarto que me odeia, só preciso saber por que.

Estava tomando banho de sol no pátio quando uma mulher veio falar comigo, mas logo a reconheci. Carla era uma das pessoas que me ajudavam a desviar dinheiro, ela trabalhava no banco junto comigo, mas foi burra o suficiente para se envolver com tráfico de drogas, e numa dessas, foi pega. Eu sabia que boa parte da quadrilha havia sido presa, mas nenhuma das mulheres estavam aqui comigo, a minha maior dúvida era o que tinha acontecido com Christian, até por que, ele tinha feito coisas horríveis também, mas ajudou a me entregar, deu de mão beijada todas as provas para Christopher e a sonsa da Dulce Maria.

— Oi, Perroni. Que surpresa você por aqui.... quer dizer, nem tanto.

— Se veio me encher o saco, pode ir para outro lugar, Carla, não estou com paciência. — ela deu uma risada sarcástica e se aproximou mais de mim.

— Eu estou presa por sua causa, Maizinha, acha que eu não estou com raiva?

— Você está presa por tráfico e posse de drogas, a culpa não é minha se você não presta nem para isso.

— Graças a você, eu fui condenada por mais tempo, por ser sua cúmplice, está feliz? — nesse momento, eu percebi que não estávamos sozinhas, um arrepio percorreu por meu corpo e meu coração disparou.

— Carla, se afasta de mim, eu não tenho culpa de nada, você se envolveu nisso por que quis. — ela deu uma risada sarcástica, jogando e cabeça para trás. Sua mão subiu na altura do meu rosto e ela passou algo afiado na lateral do meu olho, cortando minha pele.

— Se você abrir a boca, eu te mato agora mesmo.

— Se afasta de mim, sua vagabunda. — nesse momento, eu dei um empurrão em Carla, que quase caiu, mas foi escorada por uma das mulheres que estavam ali.

— Olha a audácia da morena, você era mais ajuizada antes, Perroni. — ela segurou em meu pescoço me enforcando, me deixando totalmente sem ar.

— Me solta, caralho.

— Você vai se arrepender disso, olha em sua volta, não tem ninguém para te proteger, não tem para onde correr, e agora, eu vou matar você, sua desgraçada.

Ela veio para cima de mim com toda força e violência possível, Carla era muito maior do que eu e estava com mais pessoas a apoiando, o que dificultava totalmente para mim. Tentei sair dali mas fui pressionada contra a parede, a esse ponto, já estava com os olhos lacrimejando, comecei a sentir socos em minha barriga, minha vista foi escurecendo e senti minha garganta rasgar, logo eu não vi mais nada, meu fim havia chego.

Dulce Maria


telefone on

Belinda:
— Maite está morta, Dulce.

Dulce:
— O que?????

Belinda:
— Ela entrou em uma briga, aparentemente com uma pessoa que era cúmplice dela na quadrilha, ela foi enforcada e depois cortaram a garganta dela.

Dulce:
— Bel, eu não sei nem o que te dizer, e agora?

Belinda:
— Bom, o processo vai ser anulado, apenas os cúmplices dela vão responder.

Dulce:
— Eu e Christopher temos mais algum envolvimento?

Belinda:
— Não, vocês estão livres disso, Dul!

Dulce:
— Não sabe o quanto eu fico aliviada, Bel. Claro, foi uma fatalidade, mas eu não me sinto mal sobre, muito pelo contrário.

Belinda:
— Você está no seu direito, sabe disso. Queria te perguntar também os próximos passos no jornal.

Dulce:
— Todas as decisões são suas, Bel. Precisamos recuperar nossa reputação, então eu confio em você. Mais alguém sabe o que aconteceu? Digo, entre os veículos de comunicação...

Belinda:
— Não, eu tive a notícia de primeira mão.

Dulce:
— Então, vamos dar a notícia de primeira mão também, pode publicar.

Belinda:
— Vou fazer isso já! Obrigada Dul, agora respire e fique calma, tudo acabou.

Dulce:
— Obrigada, Bel!

telefone off

— O que aconteceu, pequena? — Christopher se aproximou de mim e segurou minhas mãos, eu estava tremendo de nervoso.

— A Maite está morta, Chris. — ele arregalou os olhos e respirou fundo. Contei tudo que Belinda havia me dito, ele ouviu atentamente e não conteve a surpresa quando eu disse que a morte dela tinha sido cruel.

— Bom, estamos livres agora, amor. Eu sinto muito por ela, mas foi algo que ela procurou, ela entrou em um caminho perigoso e se arriscou com os outros, isso foi só as consequências das atitudes dela.

— É, eu sei, não sei o que sentir, parece errado estar aliviada.

— Dulce, ela ameaçou nossa família, trouxe intriga ao nosso casamento e quase destruiu sua empresa, você está mais do que no direito de se sentir assim.

— Acho que você tem razão, é complicado isso.

— Sim, estou aqui com você, amor.

— Obrigada, meu bem.

Ficamos ali abraçados por um bom tempo, Christopher acariciava meu cabelo enquanto víamos os jornais divulgarem a morte da Maite e falarem bem do meu jornal, suspirei longamente e acabei adormecendo, finalmente eu teria paz.

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o que acharam do fim da Maite?

esse capítulo foi dedicado especialmente para a CVondy e teve a ajuda da vonuck

Te Daría TodoOnde histórias criam vida. Descubra agora