Capítulo 39

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Christopher Uckermann


Ter me acertado com a Dulce com certeza fez toda a diferença, me sentia mais leve e com certeza mais disposto, o efeito dela em mim é gigantesco, isso me assusta mas é muito positivo.

Passamos o dia todo nos amando intensamente, eu sentia falta de minha esposa, estar com ela era minha realização, mas algo ainda pairava no ar, sabia que Dulce estava tensa por tudo que ainda tínhamos que fazer, mas eu não ia desistir, e muito menos deixá-la fazer isso.

- Apesar de nosso dia maravilhoso, não estou achando que você está tão feliz, o que foi, meu amor? - perguntei a ela enquanto acariciava seu braço, Dulce estava deitada em meu peito desde que transamos em nosso sofá.

- Ainda estou preocupada, Chris, apenas isso. Queria que esse pesadelo acabasse logo, não tem ideia do peso que eu sinto nas costas, e tudo por culpa daquela mulherzinha desgraçada. - suspirei e depositei um beijo em sua cabeça.

- Eu também estou preocupado, Dul, mas não podemos nos abalar com isso. E outra, amanhã conversamos juntos com Belinda e vemos o que mais ela descobriu, tá?

- Tudo bem mas por que juntos?

- Porque a gente pensa melhor junto, e eu quero me inteirar direito nessa história, não quero perder nenhum passo da Maite, também estou esgotado dessa história, meu amor, mas agora a gente não pode desistir.

- Acho tão lindo quando você me chama de "meu amor", até perco a concentração um pouco. - ela disse olhando em meus olhos, abri um sorriso e dei um longo selinho nela, apertando-a mais em meus braços.

- Te chamo assim porque você é mesmo o meu amor, só meu, desde sempre.

- Não desde sempre, Uckermann.

- Vai ficar brava se eu te disser que tinha uma queda por você na adolescência enquanto eu namorava Natália? A paranóia dela não era atoa, pequena.

- Mentira? - ela disse enquanto gargalhada, aquela risada era tão gostosa que passaria o dia ouvindo.

- É sério, aí você apareceu com Rodrigo e eu tive vontade de matar ele, o ciúmes era real.

- Nossa, se você tivesse me dito, tudo seria diferente, começando que eu gostava de você e Rodrigo só supriu minha carência. - ela suspirou.

- Pois é, mas apesar de tudo, eu não mudaria nada, sabia? Acho que tudo foi necessário para estarmos aqui agora, crescemos e aprendemos com a vida.

- Concordo. - ela se agarrou mais em mim quando seu telefone tocou. - me passa o celular, meu bem? - passei a ela e a vi tensionar, era Maite que a ligava, ela atendeu e colocou no viva voz.

telefone on

Dulce:
O que você quer, Maite? Estou ocupada, não tenho tempo para ficar escutando suas ameaças o dia inteiro.

Maite:
Nossa que mal humor, Dulcinha. Mas vou ser breve dessa vez, não quero atrapalhar o casalzinho,
aliás até quero,
mas não agora.

Dulce:
Fala logo, Maite, ou vou te deixar falando sozinha.

Maite:
Ok, é simples. Você tem até o fim da semana que vem para me pagar tudo o que deve, ou alguém da sua
família vai sofrer, aliás já
te mostro quem.

Dulce:
Do que você tá falando, sua louca?

Maite:
Olha seu Whatsapp querida,
até logo, te esperarei.

telefone off

Dulce olhou suas mensagens e arregalei os olhos com o que vi ali. Minha mulher estava chorando e tremendo de nervoso, eu tentava acalma-lá mas sabia que seria em vão. Maite tinha uma câmera de onde sua mãe, dona Blanca, estava, e dizia que se ela não pagasse a dívida, a minha sogra sofreria as consequências.

- Dul, calma, ela não vai fazer nada demais, vamos dar o dinheiro para ela e pronto, esquecemos essa história.

- Não, Christopher. - olhei confuso para ela que parecia até mais irritada que antes. - Agora isso já foi longe demais, ela não vai me manipular mais.

- Dulce...

- Não, Christopher. -  ela me interrompeu falando em um tom bem mais alto que o habitual - a gente vai entregar ela sim, nosso prazo apenas diminuiu. Hoje é quinta-feira, Belinda deve estar no jornal trabalhando, deve ter mais encontrado mais coisas contra essa cobra, com tudo que aconteceu com a gente, acabei me ausentando demais desse assunto, mas não vou descansar até descobrir tudo. - suspirei fundo, sabia que isso seria difícil mas Dulce estava certa.

- Liga para ela então, manda ela vir para cá após o expediente com tudo possível do caso da Maite. Tudo que eu tinha em meu escritório, tirei uma cópia e trouxe para casa, já vamos começar a pensar no que fazer.

- Certo, vou ligar para ela.

Pude ouvir Dulce conversando com Belinda e a chamou para vir o mais rápido possível, ela estava alterada mas eu entendia, ficaria assim pela minha mãe tambem, tia Blanca é alguém muito próxima a Dulce, elas moveriam o mundo uma pela outra.

Fui até o escritório é peguei todos os papéis que tinha relacionado à esse caso, passei na cozinha e peguei uma água para minha pequena, sei que ela precisava se acalmar, mas seria uma tarefa bem difícil. Cheguei na sala e a vi encolhida no sofá, abraçando as pernas, com o rosto inundado pelas lágrimas. Deixei os papéis na mesinha de centro e fui até ela, puxando-a para meu colo e tentando acalma-lá.

- Se acalma, Dul. Vamos conseguir, meu bem.

- Tudo bem, sei que vamos, mas está tão difícil, Chris. - ela levantou rapidamente enxugando as lágrimas. - me dá esses papéis aqui, me deixe ver, eu vou acabar com ela.

Belinda chegou um tempo depois trazendo mais vários papéis que provaram várias coisas contra Maite e Christian, o que me aliviava. Algumas dessas informações nem a polícia tinha ainda, estamos com o ouro nas mãos.

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a bomba vai estourar logo logo

amanhã eu volto 💚

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