Gilbert
Eu pensei em mil formas de te pedir em casamento, pensei em mil formas de como eu devo expressar o meu amor por ti, meu pequeno raio de sol. Mas cheguei na conclusão que nada é tão único como eu e você, sozinhos. Me ajoelhar na frente de um palco lotado parecia loucura e uma sensação inexplicável, porém, eu não ia conseguir falar tudo que eu sinto, e o quanto eu sou grato por ter você em meu lado.
Me sentir vivo? impossível. Me sentia assim até meus olhos cruzarem com os seus daquele corredor da faculdade lotado, parecia que só tava eu e você, duas almas destinadas a ficarem juntas. Você soltou um sorriso fraco e cansado como o meu, pude por 5 segundo sentir sua dor se juntando com a minha.
Seu olhos profundos e cheios de mistérios, sempre me chamavam atenção. Como se você carregasse toda a dor do mundo neles. Um azul que te trazia paz e medo ao mesmo tempo, eu gosto dos teus olhos azuis como o céu.
Suas sardas, você leva todas as estrelas desde o dia pisou na terra. Tatuagens naturais como o universo planejou. Você, filha do sol, carrega todas as suas irmãs na pele, constelações.
Seu cabelo, pigmento ruivo e inigualável. seus cabelos grandes e intensos passando por mim naquele dia e um cheiro doce tomou conta do lugar, me enfeitiçando como um bruxa. filha do fogo.
- Tá mas porque minha casa tá com uma vibe ''vontade de ressuscitar o cazuza?'' - Anne entra em casa colocando a bolsa no mármore da cozinha.
- Ah obrigado, que bom que passa essa vibe. - Digo e ela solta uma risada.
- Eu não acho uma péssima ideia. fez o que hoje? - Anne senta ao meu lado no sofá.
- Fui no estúdio e resolvi algumas coisas com a josie. - Expliquei o mínimo.
- Sabia que o cole quer abrir sua própria marca de roupa? -Ela comenta.
- Sim, já conversamos muito sobre isso e eu pretendo ajudar, ele é incrível. - Digo soltando um sorriso orgulhoso.
- To empolgada, acho que até mais que ele. - Ela diz elétrica com um sorriso largo.
- Preciso te perguntar uma coisa. -Vou direto ao ponto.
- O que? pelo amor de deus, não vem me dizer que você quebrou alguma coisa daqui. - Ela olha ao redor.
- Não calma. - Começo a rir com a situação e ela faz o mesmo. tiro uma caixa preta do bolso. - Pode abrir.
- O que é isso? - Ela olha curiosa e abre a caixa. - Bonito, pra quem é? vai pedir minha vó em namoro? ela vai amar.
- As vezes nem é pelo dinheiro sabe... - Entro na piada e ela rir. - Quer casar comigo?
- Sai mano, tu é gay? - Anne solta um sorriso fraco como se eu estivesse brincando.
- Eu não mas você é. -Digo e ela faz uma cara convencida.
- Sim eu aceito casar com você. -Um silêncio entrou no ambiente por segundos e ela continua. - Agora para com essa coisa brega de casal, eu esperava comida e não um anel.
- Ah, obrigado pela consideração. - Cruzo os braços fingindo está magoado.
- Deixa de drama e pede alguma coisa pra comer logo. -Ela me da um beijo e vai até o quarto. - Te amo praga.
Anne.
Nunca soube demostrar muitos sentimentos pelos pessoas, nunca soube como demonstrar carinho. E esse é o tipo de coisa que afasta as pessoas, porque soa como se você não se importasse, mas no fundo você se importa, e muito, só que pra mim é como se todo mundo fosse passageiro e de certa forma é então eu só não tento demonstrar pra não me machucar e machucar a pessoa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Love is not over
FanfictionAnne Shirley, uma cantora de 24 anos que tem problemas com drogas. Faz turnês pelo mundo com sua produtora musical e o seu guitarrista. Gilbert Blythe, um cantor de 26 anos famosinho entre os jovens e sofre de depressão. Faz turnês pelo mundo com su...