◇ Amizade ◇

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Gilbert.

Eu não sabia como reagir a tudo que ela fez, eu tava envergonhado e muito calado e ela também. Ela sempre fazia as coisas muito rápido, a comida ela fazia rápido, ela arrumou meu quarto rápido e colocou as roupas pra lavar muito rápido. Me falaram que as mulheres fazem mil coisas ao mesmo tempo e agora sim eu posso confirmar isso. Eu era um inútil perto dela... acho que todo homem é inútil perto de uma mulher.

-Por que veio atrás de mim? -Tomo um gole do suco que ela tinha feito e ela continua em silêncio. Ela sempre ficava  assim quando tinha muitos problemas pra resolver. -Por que veio? -Pergunto novamente.
-Porquê eu me importo com você. -Ela me dá o prato que tem o almoço que ela fez. -Fiquei preocupada.
-Não queria te deixar preocupada. -Coloco a comida na boca. -Desculpa.
-Não foi nada. -Ela continua com a mesma expressão.
-Mas você não parece muito bem, o que aconteceu? -Olho fixo pra ela.
-Não importa. -Ela se senta no sofá.
-Preciso saber como você tá. -Respondo.
-Você não precisa Gilbert. -Ela responde fria.
-Mas eu. -Insisto de novo e ela bate na mesa de centro da sala já estressa com minha insistência.
-Olha Gilbert, Não precisa se preocupar comigo. -Ela vai em direção a escada. -E come logo essa comida pra não ficar fria. -Ela sobe as escadas e vai pro meu quarto.

Anne.

Tava estressada e sem paciência pra nada, não sei se era porquê eu tava sem usar as minhas drogas, não sei se era pelo Gilbert, ou talvez porque eu tava menstruada e cheia de cólica, eu não sei de nada, eu me sinto tão idiota.

Eu sempre colocava um muro ao redor do meu coração pra ninguém se aproximar, eu sempre fazia isso porque    eu não quero que ninguém se machuque, eu não quero ver ninguém sofrer porque já basta eu. Apenas lembre de sorrir.

Me deitei na cama do Gilbert e fiquei lá por um bom tempo, mas quando senti sua energia se aproximando do quarto eu fechei os olhos e fingi dormir.

-Eu queria cuidar de você. -Ele deita do meu lado e me abraça.

Minha respiração fica mais rápida e eu sei que ele sabe que eu não tô dormindo. 

-E eu sei que você não tá dormindo. -Ele solta uma risada.
-To começando a achar que você é um psicopata. -Viro pra ele ainda nos seus braços.
-Eu posso te garantir que não sou um. -Ele me dá um selinho demorado.
-Você tá se aproveitando da situação. -Digo. -To brava.
-Eu tenho que aproveitar o tempo que ainda tenho você em meus braços. -Ele me abraça mais forte. -E você ta bravinha é? -Ele fava com a voz manhosa e começa a fazer cosquinhas.
-Tô. -Falo como uma criança mimada. -E para porquê eu tô com cólica. -Respondo e aperto um pouco o pé da minha barriga com a dor que veio.
-Ela tá sensível hoje, oh meu deus. -Ele fala com a voz manhosa de novo e me abraça mais forte. -Eu vou matar esse tal de cólica que te deixa cheia de dor. -Ele engrossa a voz pra parecer puto.
-Idiota. -Bato no braço e acabei dormindo no mesmo.

 -Bato no braço e acabei dormindo no mesmo

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