UMA CARTA DE AMOR

Capitulo IV

"A felicidade é isso, pequenos momentos, pequenos gestos, a certeza da parceria, do companheirismo, do carinho e do afeto. Saber que existimos um para o outro, a todo momento. É a coisa mais linda que alguém pode sentir. A vontade de estar juntos, de planejar a vida. De fazer todas as coisas bem simples, porém, repletas de amor."
jeanrosana

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Amanhecer em casa era muito melhor do que olhar para os lados e perceber que estava dentro de uma barraca. Dormi no chão, ficar de vigia, andar armado, treinar feito um louco. Era uma rotina e tanto. Laércio estava tão exausto que não percebeu quando o marido acordou cedo, cobriu ele e deixou um beijo em sua fase. O conde deixaria dormir até quando achasse melhore acorda. Se não tivesse chovendo, ou melhor, caindo o céu em forma de água, Richards estaria andando pelos seus cafezais, vendo se tudo estava em perfeita organização e os homens trabalhando corretamente. Era ríspido não negava, porém, sempre educados com seu funcionário.

Com o tempo ele odiava denominar pessoas trabalhadoras como criado. Achava medonho demais tal denominação. Para ele era todos funcionários e ele o senhor que pagavam pelos serviços prestados. Nem de longe os cafezais lembravam o momento mais difícil da sua vida, quando a família estava falido.

Agora tudo tinha duplicado e o condado também estava com mais gente até um pequeno orfanato já possuíam. Todas as crianças eram bem cuidados por férias e faziam catequese para ficarem mais próximo de Deus. Aos domingos ele ia até o local e passava algumas horas observando tudo, conversando com as crianças para ver se estavam de fato sendo bem tratados.

Como amanheceu frio e chuvoso, dispensou todos os funcionários do campo e aproveitou para pedir para governanta, fazem um café além do comum. Queria que Laércio, se sentisse bem em seu lar. O sorriso não podia negar que era pela volta do marido. Não era de mostrar muitos os dentes, não porque não era feliz e sim por era seu jeito mesmo, reservado.

A irmã dizia que ele ficava lindo, sorrindo e isso deixava Richards, envergonhado. Não era bom para lidar com elogios, até mesmo do marido o homem que dividia a mesma cama todos os dias, ele não sabia como se comportar ao ser elogiado. De fato o menino, sonhador colocou em prática seus sonhos. Enriqueceu por si próprio e não pelo casamento fortunoso que fez. O condado era herança do seu pai assim como seu título e mesmo o marido tendo um castelo a disposição, deixou tudo para viver ali em uma mansão luxuosa, mas nada comparado com um castelo com diversas alas. Por Valério e Elizabeth, todos viveria tudo junto, mas só de pensar na gritaria das crianças o conde preferiu sua clamaria no condado.

Depois da carta escrita para sogra, informando que o marido estava bem, resolveu observar os quatro filhos, terríveis brincando na chuva sem a devida permissão. Era irônico demais como as crianças, julgava que o pai ainda estaria dormindo, logo Richards que desde adolescência tinha o costume de acordar com o barulho do galo, que ele odiava!

Ainda estava pensando de uma forma severa de repreende o seu menino. Loreto, mentiu na cara dura sobre o pai ter perdido os dois braços. Ouvi tal coisa quase fez o conde infartar. Amava alegria do filho o espírito livre, mas já estava na hora de educar ele corretamente e sabia como seria. O cafezal estava muito grande para pouquíssimo funcionário. Mais alguns aninhos, ele iria colher café, todos as manhãs, na companhia do pai.

Sorriu de canto por se sentir um excelente pai e respirou fundo, vendo a bagunça do lado de fora. Os filhos descalços, correndo pela grama, jogando lama um, no outro. Depois que ele quem lidaria com a consequência, garganta inflamada, febre alta, catarro e muito choradeira no seu ouvido. Há! Sem dúvidas os filhos entrariam em um belo castigo, para compensar toda dor de cabeça que iriam casuar para os pais.