Capitulo XV

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Dias de chuva nos trazem nostalgia... saudades de ser bom, de amar e compartilhar. Chuva é Deus lavando a casa do coração
Patrícia Assmann

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Castelo da família real  Marvel.

Céus sem estrelas e pensamentos tão longos como o irmão já esteve um di- de ti. O capitão Romeno estava gozando como sempre da sua solidão. Tudo que tal homem tentava entender era a si mesmo. Porque não podia ser normal? Um homem comum, com sonhos e desejo de possuir uma família, ter filhos. Cornel, achou belo a forma que o irmão falava sobre sua família, como ele almejava um prole e sangue pouco se importava ele só queria uma. Era grato a Deus por está vivo e agora junto a pessoa que sempre sonhou reencontrar. Gael tão vivo e ele tão morto por dentro.

Seria uma inveja que estava sentindo pelo irmão? Talvez sim, talvez não. Cornel era honrado demais para ter inveja de algo que sabia que o próprio culpado para não possuir era ele. Carrasco demais, neutro em modo autoritário. Era sempre ele que afastava as pessoas de perto de ti. Mil vez ser temido do que amado. Cresceu ouvindo o pai soletra isso em seu ouvido, todas as vezes que era treinado para ser um capitão de guerra e não apenas um mero soldado. Não morava na parte que o pertencia no palácio, para se esquivar do ser que se titulava como pai. Odiava com todo seu ser e tão pouco se importava se estava pecando ou nao, ele apenas odiava o pai ao ponto de querer deixa quem mais amava longe de tal homem.

— Cornel, posso ter um minuto da sua atenção?

Laercio quebrou o momento solitário do capitão o chamando e o soldado tirou os olhos da fogueira e se levantou, indicando o tronco a sua a frente para o nobre se sentar. Ele e as filhas possuíam tanta semelhança que se não tivesse ouvido a história sobre sua paternidade jamais se atreveria a dizer: que as princesas Marvel, não possua seu sangue.

— O que deseja, príncipe? - Cornel perguntou sendo autoritário, porém educado.

— Desejo que me chame somente de Laercio. Estamos a sós.

— Claro.

Cornel e o principe se olharam como se quisessem  não está compartilhando o momento na companhia um do outro. De fato tal desejo era real. O capitão gostava de ficar a sós e o príncipe na ausência do amado, mas a conversa era de nível importante demais para continuar sendo deixada de lado. Laércio queria ter certeza que tudo que o irmão o marido revelou era de fato verdade, mesmo que tal comprovação levaste sua preciosa filha para longe.

Em silêncio sem saber como iniciar a conversa pois foi treinado para ser príncipe e não pai. O príncipe observava a fogueira com a mesma intensidade que o homem sentado a sua frente. Com os punhos fechados relembrando tudo que escutou com detalhe da boca de um soldado mais velho da guarda real de Londres, o romeno só conseguia ter ódio no coração e sede de vingança

— Espero que tenha matado os malditos que fizeram mau a elas - Cornel, pronunciou com a voz baixa e no seu tom habitual.

— Matei não somente os que estava presente mais um parlamento todo e possui um lista de malditos homens que apreciavam a prisão de crianças em jaulas. Garanto para ti Cornel que ainda me vigarei um por um destes malditos que se atreveram a sucumbirem da inocência de crianças. Minhas filhas me escolheram com pai, mais outras não tiveram está honra. Raika, Romena e Rose, são tudo que possui na vida. Meu título a minha fortuna jogo ao vento se preciso por elas.

—Meu Irmao... passou por isso? - Cornel perguntou.

— Gael teve uma infância difícil e graças a Deus ele jamais passou o que minhas filhas, Ella e Camile passou. Quando encontramos as meninas foi algo que me fez perceber que de fato seres humanos são podres. Era pequenas ainda e apesar de lindas, pareciam cadáveres de tanto que fediam carniça, por estarem machucadas. Camile era uma adolescente que foi torturada desde da infância, cresceu em uma jaula assim como Ella.

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