Capitulo XVII

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"Mesmo que interpretem seu amor fraterno como uma "cantada", não se esconda! Continue amando! Porque tudo que vem para a luz, torna-se luz."
Patrícia Assmann

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Pés descalços, pisando na grama fria, usando apenas uma camisola branca de seda. Luna corria desesperada pelos fundos da mansão, conforme a governanta da casa pediu. Ela não sabia o que estava acontecendo, não ouvia nada ao seu redor e tão pouco conseguia ajudar seus criados ficando e lutando ou gritando a todos os pulmões, era muda de surda e como as damas da escola de moça falavam; inválida.

Lágrimas escorriam pelo seu rosto e seu corpo tremia por ser ver cercadas por homens fardados. Afirmou seus olhos e notou que devia temer já que nenhuma deles usava fardas reais de Londres. Se encolheu tentando da meia volta e foi impedida quando notou está de fato cercada completamente de alguns homens. Sua reputação foi ficando fraca e o desespero tomando conta e como se caísse na real filha de quem era, já sabia que o ducado estava sendo atacado.

O seu medo era nítido e isso deixava os chineses radiantes. Alguns com canivetes em mãos pareciam se divertindo de pega-pega, pela tola tentativa dela de fugir e sobreviver. Percebia os lábios dos homens se movimentarem mais não conseguia decifrar o que falavam. Pela apareçam sabia que eram estrangeiros asiáticos e com toda certeza não estava falando seu idioma. Em um mundo sem som, se sentia muito além de invalida era uma inútil um peso morto para família.

Não iria se casar porque ninguém confiaria no seu potencial de educar filhos. Seus pais temiam tanto ter uma filha solteira, que ao ver o balanço financeiro do duque Antony, sem querer, notou que seu dote tinha multiplicado um valor que deixaria um plebeu tão nobre como um Marques. Fechando os olhos por sentir a respiração de um dos homens mais perto, respirou profundamente e chutou a parte íntima do soldado que Guniu de dor a pegando pelo cabelo e mordendo sua bochecha antes de jogá-la na grama.

Luna que era tão mimada, cuidado não somente pelos pais mais pelos irmãos, se sentiu de fato um lixo. Já estava a dias, deprimida pelas recusas que recebia dos conventos. Não podia simplesmente fugir e virar freira, devia ter certeza do que queria, fazer um voto com Deus e ter a bençãos dos seus tutores. Em época vitoriana, jovens milady só deixavam de ser responsabilidades do pai se casando. Por isso muitas solteironas eram tão amarguradas com a vida. Os pais as culpavam por continuarem sendo um gasto a mais. O que a caçula dos Kingston não queria era ser problema para os dois homens que deram uma família e principalmente uma casa repleta de paz e amor para morar.

Talvez morrer seria o melhor? Pensou tendo seu corpo puxado com força e apesar da brisa depressão, mesmo assim estava lutando para sobreviver. Na queda o rosto arranhou e sangrava bem no lugar que foi mordida, estava dolorido e roxeando por causa dentes do maldito que ficou cravado na sua pele, branca de Luna.

Como um acordo entre eles, teriam uma vingança mais particular contra o capitão e com as informações sobre toda a família real assim como os Kingston, eles estavam cientes em quem estavam prestes a machucarem a violar e manchar toda a honra de uma família.

Tendo os braços segurados por se debate no chão. Luna teve sua camisola rasgada até na altura do umbigo. Ruborizou de vergonha e sua pinta entre os seios a deixou com um ar de sexy causando um alvoroço entre os soldados que riam do seu desespero. Como não parava de chutar e fazer forças para escapar, seu rosto foi estapeado com tanta força que seus lábios carnudos, começaram a sangrar. Sentido a mão calejada do soldado subindo pela sua perna até sua virilha a fez paralisar completamente. Fechou os olhos por saber que agora seria molestada, só que alguém tão boa de coração jamais ficaria a mercê da crueldade de homens imundos. Criando coragem, abriu os olhos e viu apenas um vulto de alguém enorme, gruda do chines e jogá-lo longe.

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