Capitulo XXII

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"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com frequência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar."
William Shakespeare

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Enquanto no ducado de Kinsey estavam em uma reunião amistosa no qual a chegada de um bebê estava sendo comemorado com champanhe. Heitor estava na taberna do vilarejo aliviando a tensão tomando o vigésimo copo de uísque. Um pouco alterado, mas ninguém se atrevia pará-lo. Era temido e um capitão de guerra, seria muito corajoso tomar o copo de sua mão e dizer para ir embroa. Se fosse preciso o dono da taberna ficaria até o por  do sol servindo se preciso.

— Outra!- Heitor pediu mais uma dose e o dono da taberna serviu sem questionamento. — Agradecido!- Respondeu virando o copo e resmungando da queimação na garganta.

A porta do lugar frequentado somente por homens e mulheres da vida, se abriu e homem bem trajado foi notado. Filipes, mesmo estando aposentado ainda era conhecido pela sua bravura e o título de duque era de menos, não possuía tanta importância para si como o de capito. Cumprimentou alguns cavalheiros que ali se encontrava também e puxou o banco do lado de Heitor e se sentou. Pediu uma doce de uísque em silêncio tomou. Estava ali mais por preocupação do que por diversão. Não era um homem de ficar em lugares tão movimentado e depois do casamento preferia sua casa a companhia da sua pequena esposa e dos filhos. Jamais teve olhos para outra mulher que não fosse sua doce esposa.

— Porque?

— Mulheres são complicadas.

— Como... deixa para lá – Heitor questionou o amigo que sorriu e tomou outra doce — Abra uma garrafa desta somente para nos, poupará tanto trabalho, homem - Falou para o humilde dono da taberna que abriu um sorriso gigantesco.— Quero o mais caro e forte que tiver - Ressaltou virando o copo.

— Sim, milorde. O mais caro de todo!

Filipe, balançou a cabeça de divertindo com alegria do velho com bigode atrás do balcão e suspirou pelo o homem destruído ao seu lado. Olha para Heitor era como lembrar do passado, na época que Margarida fez ele sofre, se questionar como homem e principalmente o motivo de ser rejeitado. Não era de gabar, mas os elogios que recebia pro ser viril fazia seu alto ego masculino ser sempre elevado. A questão era que ele queria entre todas a mulher que não queria ele.

— Irónico! Como estou me sentindo patético.

— De fato está, mas não te julgo- Filipes sussurrou elevando o copo e virando seu copo de uísque.

— Nao entendo como sou tão ferrado na vida. Talvez nasci para ser sozinho, mas não consigo aceitar este fato. Vê todos ao meu redor feliz me traz felicidade e ao mesmo tempo, inveja e tudo bem, já tinha me aceitado desta forma. Da guerra para casa da casa para guerra. Por sorte tenho quatro sobrinho varões que podem usufruir meu título. Gael se descobriu herdeiro de um condado, então, meu herdeiro será Nigel e ele se dará bem. Bom sobrinho, bom filho e um libertino nato. Tudo bem! Minha vida está escrita assim, mas aí...

— Mais aí de repente uma bela jovem solteira com uma filha nos braços, mudou tudo!

— Isso.

Filipes sorriu e olhou para trás quando a porta se abriu. Era seu filho tentando se esquivar de alguns olhares maldosos. Ele assobiou grave e foi possível não somente Felipe ouvi como todos que discretamente disfarçou os murmuro sobre altura do pequeno soldado.

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