Notas do Autor: A história contém um elenco, seus nomes não são alterados. Alguns personagens são personagens originais.
por Elaine Walcher
Estava amarrando meus cadarços com rapidez, atrasada para buscar meu sobrinho na casa da minha irmã.
Odiava ficar sozinha em casa, e meu sobrinho sempre ficava comigo nos sábados aos domingos.
Já era bem tarde, pra quem ia a pé, umas 6:40, o sol já estava a se pôr. Eu estava muito apressada, me perguntando por que demorei tanto num maldito encontro, foi até legal, porém também foi estranho.
Confirmei se todas as luzes estavam apagadas, peguei as chaves e tranquei a porta.
Eram 30 minutos a pé até a casa de Sheila, minha bicicleta estava no concerto então não seria rápido como de costume, e segunda-feira tinha escola e trabalho, ou seja, seria muita correria para piorar minha situação.
17 anos e já morava sozinha, mesmo que não falte-se muito tempo pros meus 18 anos. Meus pais eram muito intolerantes, e Sheila sabe do que estou falando, o contrário de mim, ela conseguiu lidar até seus 20 anos.
Pedi minha emancipação e fui morar em bairro meio isolado, a casa mais próxima da minha irmã, já que próximo dela, teria um apoio.
Durante o caminho, vi que a rua estava muito pouco movimentada, passava apenas alguns carros, mas de pessoas não havia ninguém.
Sentia uma sensação inquietante, olhei pra trás e continuei andando. Sempre muito paranoica e desconfiada, mas aquela era uma sensação maior, meus sentidos me diziam que havia algo de errado, mas mesmo assim, eu comecei a me forçar a acreditar menos em minhas próprias intuições, que muitas vezes não eram necessárias, apenas para não parecer uma delirante maluca.
Lembrei de uma rua que tinha de passar, era cheia de pessoas arrogantes e convencidas, já tive problemas com eles uma vez. Decidi virar uma esquina antes, apesar que a rua em que tinha virado era bastante estranha e silenciosa, tanto de noite quanto de dia, bastante morta.
Ainda sentia aquela sensação, e era horrível.
Vi uma carro preto parado próxima ao final da rua, o que já me deu calafrios, mas eu precisava passar por ali, eu não iria voltar a rua inteira agora.
Em poucos minutos, antes de eu finalmente adentrar a próxima rua, fui puxada, pude sentir um tecido tampar minha boca e nariz, e um cheiro estranho introduzir minhas narinas.
A minha visão ficou rapidamente embaçada e meu corpo dormente, e tudo virou breu.
E agora estou aqui... neste quarto sórdido e gelado.

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O Cativeiro
FanfictionElaine tem um passado guardado em sete chaves, após ser sequestrado por um homem e passar dias sem poder ver seu rosto, estás memórias são desencadeadas, fazendo a notar que o inaudito cenário em que está vivendo tem uma razão. - [...] Lhe perder p...