33. Um idiota, um tatuador e Soju

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Yugyeom sentiu-se feliz pelo fato de que o irmão não lhe ouvira. Afinal, assim tivera mais tempo para pensar naquelas fotos que agora estavam congeladas na tela de seu celular; seus olhos estavam fixos sobre elas e algum tipo de rancor preenchia seu peito.

- Jinyoung... – Ele resmungou enquanto avaliava os traços do rapaz que tinha os lábios colados ao daquele outro cantorzinho. – E você ainda diz que ama meu irmão? – Questionou.

Kim estava confuso.

Tivera o azar de ver Christopher beijando Park e se pegava em um dilema: Contar ao irmão ou compreender que Jinyoung não tinha a obrigação de se manter casto por Im?

"Não, Yug... ele não precisa se manter virgem por causa de nosso irmão" lembrou das palavras de Kunpimook "porém, diga para Jaebeom... alerte-o de que Jinyoung não é tão santo quanto tenta parecer e, que enquanto tentar conquistar nosso irmão, beija outro".

Mas, era o certo a se fazer?

E se ele estivesse distorcendo todo um contexto?

"Avise Jaebeom" insistia Kunpimook em todas as vezes que Yugyeom parecera indeciso... ele deveria avisar pelo bem de Im ou o tailandês desejava isso por puro ranço do ator?

- Você ia avisar ontem à noite... qual a diferença de o fazer agora? – Encarou o celular e pensou também na grana que tais fotos renderiam se vendidas para a mídia certa. – Posso vender as fotos.... Então Jaebeom saberá quando ver na internet... – soltou uma risadinha e socou o volante do carro, acabando por buzinar.

Ele colocou seu celular de lado para não se incomodar com as notificações, onde seu Bhuwakul insistia que Kim fosse até a floricultura para contar o que vira; o jovem não queria se influenciar pelas vontades do irmão mais velho, entretanto, quando se deu conta, já tirava o carro do ponto morto e iniciava o caminho até o estabelecimento de Im.

Esterçava a guia do carro com uma das mãos, enquanto os dedos livres batucavam sobre o couro da calça que se esticava em suas fartas coxas. O tecido expandia ao seu máximo, refletindo o brilho da luz que a atingia e deixando Yugyeom ainda mais sexy; porém, sua beleza era apenas superficial... visto que sua sudorese triplicava devido ao calor que o material retia.

A tensão endurecia seus nervos e o corpo ficava mais desconfortável a cada segundo; o problema não era o que Park fizera, mas sim a reação que Jaebeom teria.

Não demorou para que ele estacionasse o carro e observasse os dois irmãos que dialogavam à frente da floricultura. Seus dedos firmaram o celular contra a palma da mão e então ele desceu do automóvel, usando o controle do mesmo para trancar as portas e ouvir o som que identificava o acionamento do alarme.

- Quem é vivo sempre aparece.

- Opa, então deixa eu ir embora. – Kim brincou com Jaebeom, indo cumprimentar o mesmo em seguida com um abraço. – Como você está? Soo não veio mesmo...?

- Claro que não, jumento. – Kunpimook interviu de modo carinhoso. – O cara era parente próximo dele, Yug.

- Mook e eu estávamos conversando sobre a notícia que saiu ainda a pouco sobre a morte. – Comentou Im, pigarreando e sentando-se no meio fio, ajeitando as muletas sobre as coxas. – Foi um assassinato e as características da cena do crime remetem à um antigo assassino em série que até hoje não foi encontrado...

- Minha nossa... – Yugyeom se benzeu e deu de ombros. – Espero que não atinja a mim ou quem eu amo. – Comentou. – Ah, e não ataque na boate... não conseguiríamos esconder outra morte. – Disse e levou um tapa do tailandês, no meio das costas.

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