38. Cáspia e lavanda

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Atualmente

- Mas... – Jinyoung olhou para o casal que mal conversava entre si. – Você vai ir assim mesmo?

- Jinyoung, eu sei que está passando por um momento difícil, mas o pai desse aí precisa de ajuda. – Apontou para Youngjae a contra gosto. – Eu quero que ele fique, para te fazer companhia e te ajudar... mas acho que senhor Choi é meu patrão e prefere fazer quer.

Park observava as farpas que a mulher lançava e Youngjae apenas abaixava a cabeça, ouvindo-as sem retrucar por saber que era o errado da situação... não por o clichê de que a mulher está sempre certa; mas porque ele realmente havia feito merda e mexido com o emocional da jovem que desistiu de pedir em noivado.

- Ele é seu sogro, Goeun... e eu seu namorado. Pode parar de agir assim? Pelo menos na frente do Jiny? – Questionou enquanto colocava as malas no bagageiro, ele evitava contato com a namorada, que terminava de arrumar suas madeixas em um longo rabo de cavalo.

- Eu prefiro discutir com você agora do que no carro... sabe quantos casais sofrem acidentes dessa forma? – Ela bufou e abaixou o porta-bagagem, quase esmagando o dedo de Youngjae no processo. – Quanto sua observação, vamos ver por quanto tempo ele vai ser meu sogro...

- Uau, você está mesmo insinuando isso?

- Insinuando o quê? – Ela deu de ombros. – Foi você que começou quando disse que era minha obrigação por ser advogada da empresa. Eu não tenho nenhuma obrigação com aquele velho e faço isso por amor a você, só que a partir do momento que, na discussão, me diz: "Coloque-se no seu lugar de funcionária"... eu me coloco, senhor. – Ela abriu a porta traseira e esperou que Jinyoung entrasse, visto que o menino lhes acompanharia até o aeroporto da cidade. – Apesar de seu pai não conhecer o conceito de patrão não beijar o proletariado, eu conheço e é por isso que quero distância da sua boca.

- Você está sendo infantil...

- Profissional, eu diria. – Goeun voltou a dar de ombros e tomou as chaves da mão de Youngjae, tomando o lugar de motorista e colocando sua bolsa sobre o banco do passageiro, indicando que Choi deveria sentar-se junto a Jinyoung nos traseiros. – Coloquem os cintos. – Ordenou enquanto ligava o rádio e colocava uma música qualquer, para evitar conversar enquanto dirigia.

- Amor... – Youngjae bufou e apenas observou a namorada dar partida. Embora a mesma estivesse reagindo daquela forma, seu coração estava partido e a menina não demonstrava; as palavras de seu amor magoaram-na tanto e seria complicado para que o mesmo se retratasse pelo erro cometido. – Eu apenas disse que ela deveria defender meu pai...

Park deu de ombros e então fez um bico, reconhecendo o lado dos dois e preferindo não tomar partido... ambos teriam que se resolver sozinho e, um tempo em Seoul, poderia ser ótimo. Conversar, debater e esfriar a cabeça. Coco ficaria com Jinyoung, embora o coração de Youngjae implorar para que a mesma fora; contudo, sem a filha por perto, o mesmo teria tempo de planejar o jantar romântico que tanto desejava.

Jinyoung estava preocupado com os dois, embora soubesse que na próxima vez que se encontrassem já estaria tudo bem... não teve com quem falar do último beijo com Jaebeom e pensava em passar os dias que viriam na companhia de Christopher, que não sairia de seu pé por um minuto sequer. A viagem fora em silêncio, quando chegaram no aeroporto apenas passar as bagagens e a si mesmos pelo detector de metais, logo indo para o embarque e pegando o voo.

Park despediu-se com abraços, beijinhos na testa e passou alguns segundos abraçado com Goeun. A menina disse que voltaria em breve e que o ator deveria ligar a qualquer inconveniente que acontecesse; Jinyoung queria chorar, relutando em soltar os amigos. Contudo, não demorou a ver os mesmos embarcando no avião... era apenas um até logo, mas a ansiedade que preenchia o coração do menino fazia parecer que seria uma eternidade separados.

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