47. Não seja como ele.

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Atualmente

Dois dias após o festival


Era tediante ficar naquele hospital. Inclusive quando ele afirmava, e sabia, que estava bem.

Suas pernas e coluna já haviam desinchado e já não sentia mais dores, entretanto por causa de todos os problemas que o menino já tivera devido seus problemas nas costas, ele não recebia a alta que tanto desejava.

Jaebeom odiava a sensação de impotência.

- Dessa vez ninguém vai dizer que eu morri, Jinyoung. – Im pensou enquanto apertava mais seu smartphone entre os dedos. Encarou bem a tela do mesmo e aguardou alguma mensagem, qualquer notificação que fosse... até tentou entrar em sites de fofocas para saber quais seriam as manchetes a respeito dele e do ator; mas Kunpimook bloqueara seu acesso a essas informações e ele não sabia como tirar esse comando de seu celular.

Não sabia o que tinha acontecido com Youngjae; não sabia como Jinyoung estava.

Não sabia nada.

- Por que esperar sua ligação? – Questionou-se, contudo, ainda assim hesitou em ligar. Já havia tentado outras vezes, mas era questão de segundos até que alguém entrar no quarto e lhe atrapalhar. – Ninguém vai atrapalhar agora, por Deus! – Pensou alto, indo em seus contatos e abrindo o número de Jinyoung; que havia sido salvo como "Jiny Akai ito". O próprio ator quem havia colocado daquele modo, Jaebeom amou e apenas deixou.

Sorriu para a tela do celular quando viu aquilo e lembrou-se dos momentos bons que viveram depois que finalmente cedeu e entendeu que sua raiva e ódio que estavam guardados no coração nunca seriam o seu sentimento verdadeiro. Por mais que ele tentasse, por mais que carregasse seus olhos com nojo e fúria para encarar Jinyoung; era o amor quem sempre faria suas pupilas dilatarem quando via o outro.

- Atende, por favor. – Pediu assim que clicou no ícone de telefone fixo que estava abaixo do número. Levou o celular até a orelha e escutou com atenção os toques que indicavam que sua tentativa estava acontecendo. O som irritante de ligação sendo completada era ouvido, mas nunca a voz de Park.

Nunca um: "Oi" ou então um "Eu estava pensando em você".

Jinyoung estaria bem ou então Youngjae teria morrido? Sua alma gêmea estaria desconsolada com a morte do melhor amigo? Ou melhor, por que Goeun acusara Jaebeom pelo que acontecera com Choi? Qual motivo ela possuía? E se Park não quisesse falar com ele por acha-lo culpado pela morte do outro?

Eram tantas as possibilidades e sua cabeça viajava pensando em todas elas.

- O que você está fazendo?

Im pulou na cama quando fora pego de surpreso. Kunpimook entrou no quarto silenciosamente, com os braços cruzados a frente do peito e encarando o mais velho como se possuísse alguma autoridade. Quando o silêncio foi maior, o tailandês novamente questionou: "O que está fazendo?"

- Eu te disse para não me visitar...

- E eu te perguntei o que você está fazendo. – O outro retrucou. – Não vá me dizer que está tentando ligar para Jinyoung novamente? Você não vê? Já fazem dois dias e ele ainda não te atendeu, será exatamente como dá última vez! – O menino se estressou, indo até o irmão e notando quando o mesmo recuou. – Ele te abandonou uma vez, por que acha que não vai acontecer agora também?

Jaebeom bufou e colocou o celular de lado, esticou-se um pouco para deixa-lo sobre a mesinha de cabeceira que havia ali no quarto, alcançando um copo de plástico avermelhado que estava sobre a mesa. Levou-o até seus lábios e ingeriu um pouco do liquido em temperatura ambiente, limpando sua garganta.

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